Dinâmica de liberação de nutrientes de rochas silicáticas em solos de diferentes texturas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GRECCO, M. F.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1099984
Resumo: A agricultura brasileira emprega um grande volume de fertilizantes para obter a máxima produção de alimentos. A maioria dos fertilizantes são importados gerando uma dependência do mercado externo. Uma alternativa para o uso de fertilizantes são as rochas silicáticas, em especial aquelas portadoras de potássio na sua estrutura. Essa dissertação tem por objetivo geral realizar uma revisão sobre o potencial de fornecimento de potássio a partir de rochas silicáticas para a agricultura bem como avaliar quatro tipos de rochas silicáticas portadoras de minerais com potássio quanto à sua capacidade de liberação de nutrientes em um estudo com colunas de lixiviação e em experimento de incubação. As rochas silicáticas utilizadas nos experimentos foram: Monzogranito, Dacito, Ultrapotássica e Granada biotita gnaisse. Os dois estudos foram conduzidos na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, Capão do Leão, RS, utilizando dois tipos de solo: um Planossolo Háplico, coletado em área sob pousio por 5 anos no Capão do Leão, RS, e um Nitossolo Vermelho, coletado em área anexa ao campo experimental no IFRS de Sertão, RS. O delineamento experimental do Estudo I - incubação foi em blocos casualizados com quatro repetições e o delineamento de tratamento teve arranjo fatorial 2x4, sendo o fator 1 (tipo de rocha) do tipo qualitativo - com cinco níveis: Monzogranito, Dacito, Ultrapotássica e Granada biotita gnaisse, e o fator 2 (dose de rocha) do tipo quantitativo, com quatro níveis: 0; 5.000; 10.000 e 20.000 kg ha-1. O ensaio de incubação foi conduzido em sala com temperatura ambiente, sendo a unidade experimental constituída de um pote plástico de volume de 0,4 dm-3. O período de incubação foi de 4 meses. No Estudo II ? colunas de lixiviação, o arranjo experimental foi composto por 5 tratamentos, 2 tipos de solos e 3 repetições, perfazendo 30 unidades experimentais. Para simular o regime de precipitação, foram aplicados 300 mL (40 mm) de água destilada, de forma gradual na parte superior das colunas de lixiviação, uma vez por semana durante 15 semanas. Dentre as litologias avaliadas, a rocha Ultrapotássica (Bagé, RS) apresentou desempenho superior quanto ao incremento de atributos químicos dos dois tipos de solo. A rocha Ultrapotássica disponibilizou Ca, Mg e alterou os índices de acidez e de saturação por bases dos solos estudados. Os teores de P disponível do solo foram alterados positivamente por todas as rochas em pelo menos alguma das doses em experimento de incubação, sendo mais provável esse efeito relacionado à liberação de ácido monossilícico, deslocando íons PO4- para a fase disponível. Considerando o K, as rochas pouco ou nada alteraram os valores médios do K extraível dos solos e as quantidades acumuladas, provavelmente porque as rochas silicáticas não apresentam teores significativos de K solúvel em água. Dessa forma, a metodologia de incubação rocha:solo utilizada neste estudo demonstrou ser apropriada para avaliar a dinâmica de liberação da maioria dos nutrientes de rochas para o solo, com exceção de K. Em estudos futuros, recomenda-se a utilização de experimentos com espécies de plantas tais como as gramíneas, com alta capacidade de extração de K.
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