Fenologia da floração e frutificação da Erythrina falcata (BENTH) (LEGUMINOSEAE), em áreas de Floresta Ombrófila Mista.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RÊGO, G. M.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: SOUZA, F. C.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/287315
Resumo: A corticeira-do-seco (Erythrina falcata) é uma espécie que ocorre exclusivamente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, desde as florestas úmidas costeiras até as vegetações mais secas que adentram o planalto. As flores, de coloração laranja-avermelhada, confere a espécie grande beleza, por isso é usada como planta ornamental e na recuperação de matas ciliares. O estudo teve como objetivo, obter informações sobre o desenvolvimento reprodutivo desta espécie, em área de Floresta com Araucária. Foram realizadas observações quinzenais durante o período de setembro de 2002 a março de 2006, em cinco indivíduos, numa população localizada no município de Colombo (PR). Foram adotados os índices segundo a escala de Fournier, para as fenofases observadas. Observou-se que a floração foi mais intensa, entre os meses de setembro a dezembro. Os indivíduos produziram em média 22 flores por inflorescência, sem todavia produzirem frutos. Os indivíduos que floresceram no mês de dezembro produziram pequeno número de frutos, estes somente na parte basal da copa, sem contudo ter sido registrada uma razão explícita para tal ocorrência. Os poucos frutos formados podem ter sido decorrentes da heterogênea disponibilidade adequada de temperatura e luminosidade, possibilitando o amadurecimento concomitante das estruturas reprodutivas. Na microrregião, onde o estudo foi realizado, o período da floração foi de 55 dias. Os frutos formados são vagens de cor parda, possuindo de duas a três sementes e necessitaram em média de 40 dias para sua maturação. No período da floração, ocorreu uma queda acentuada de flores, em torno de 70%, devido a predação feita por papagaios e por abelhas que utilizam o néctar do nectário, situado muito próximo ao pedúnculo. As inflorescências apresentam panículas compostas, com flores de tamanhos distintos, na base, no meio e no ápice. As sementes apresentam dormência tegumentar e necessitam de tratamentos com para indução da germinação.
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