Pimenta-de-macaco: a bioprospecção na Amazônia descobrindo um novo inseticida botânico.

• Autor(a) principal: FAZOLIN, M.
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
• Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1014930
• topic: Dilapiol; Dillapiol; Insecticidas botánicos; Aceites esenciales; Investigación agraria; Pesquisa agrícola; Inseticida de origem vegetal; Pimenta de macaco; Óleo essencial; Agricultural research; Botanical insecticides; Piper aduncum; Essential oils

Há estudos que comprovam possibilidade de o óleo essencial de P. aduncum substituir o butóxido de piperonila (PBO), sinérgico de inseticida mais utilizado no mundo, obtido por síntese química a partir de safrol. Uma das vantagens do óleo de P. aduncum sobre o PBO reside no fato de que o processo para sua obtenção, destilação por arraste de vapor, é considerado de baixa complexidade de execução e custo, além de não necessitar de nenhum processo adicional de síntese, apenas retificação fracionada para que os níveis adequados de dilapiol sejam garantidos. A P. aduncum é uma espécie encontrada na maioria dos estados brasileiros, mas nos Vales dos Rios Juruá, Purus e no Sul do Estado do Amazonas é que são encontrados os quimiotipos ricos em dilapiol. Existem outras espécies de plantas que são produtoras de óleo essencial rico em dilapiol: Ligusticum mutellina (L.) Crantz. e Anethum sowa Roxb. (Apiaceae), Artemisia absinthium L. e A. scoparia (Asteraceae), Perilla frutescens Britton (Labiate), Ocotea cymbarum (H.B.K.) (Lauraceae) e Piper cubeba L. (Piperaceae). No entanto, a P. aduncum é a que apresenta em curto espaço de tempo viabilidade de ser produzida em escala comercial, uma vez que o sistema de cultivo e extração é conhecido, necessitando apenas de pequenos ajustes para serem validados.