Autoecologia de Guadua aff. paraguayana Döll (Poaceae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GALVÃO, F.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: AUGUSTIN, C. R., CURCIO, G. R., DOMANOWSKI, B. P., KOSERA, C., SAWCZUK, A. T., BONNET, A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/659181
Resumo: Bambus são agentes de remediação natural, mas sua irrupção numa paisagem já estabelecida pode ter repercussão intensa, alterando completamente a florística da área. Para estabelecer os efeitos da presença de Guadua aff. paraguayana Döll (Poaceae) ? um dos pouco conhecidos bambus maciços do planeta ? sobre os últimos remanescentes da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, nas áreas de preservação permanente do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi, unidade de conservação em processo de criação no Segundo Planalto Paranaense, está-se desenvolvendo o estudo de sua autoecologia. Esta espécie lenhosa, agressiva e oportunista, forma touceiras vigorosas devido ao desenvolvimento de rizomas do tipo paquimorfo de pescoço curto e se estabelece apenas nas feições mais projetadas da planície aluvial degradada. As touceiras têm área média de 2,79 m², com 11 colmos/m². A fase de brotação dura, em média, quatro meses e ocorre entre a primavera e o verão. Os colmos têm comprimento médio de 13 m, com incremento de 18 cm/dia no período de estiramento. O diâmetro médio a 1,30 m é de 4,25 cm. As touceiras são formadas por apenas um indivíduo que se expande a partir de brotações extremamente robustas. Quando superam o dossel e recebem radiação direta, formam uma espécie de trançado de ramos e folhas capaz de aumentar fortemente o sombreamento e suprimir a vegetação instalada, modificando os padrões de sucessão local.
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