Produção de maracujazeiro-amarelo no estado de Mato Grosso.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RONCATTO, G.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: BOTELHO, S. de C. C., OLIVEIRA, S. S., ROMANO, M. R.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104041
Resumo: O estado de Mato Grosso possui uma das mais baixas produções de maracujá, ao representar apenas 1% da produção brasileira, com 6.324 toneladas em uma área de 412 ha, e uma produtividade de 15 t ha-1 (IBGE, 2018). Diante desse contexto, a fruta acaba sendo importada de outras regiões produtoras. A baixa produção e produtividade do maracujazeiro no estado, bem como a menor qualidade de frutos são causadas por vários fatores, entre eles, a falta de tecnologias adaptadas para a região, os problemas fitossanitários, as técnicas inadequadas de cultivo e a baixa utilização de cultivares melhoradas (Gonçalves et al., 2007; Krause et al., 2012a). E, no caso do maracujazeiro amarelo, a propagação sexuada, utilizada para a produção de mudas dependendo da cultivar utilizada, apresenta várias limitações, tais como, a baixa produtividade, os frutos pequenos, os pomares desuniformes com plantas produtivas e improdutivas, a suscetibilidade a pragas e a doenças. Novas tecnologias mais apropriadas devem ser geradas, métodos alternativos para os sistemas de produção de maracujazeiro devem ser oferecidos aos produtores, para explorar o potencial da cultura em sua plenitude. Um desses métodos, é a utilização de cultivares, que proporciona a possibilidade de cultivo de plantas produtivas, resistentes ou tolerantes à seca, às pragas, aos nematóides e às doenças, tais como, a fusariose (Fusarium oxysporum Schlecht. f. passiflorae Purss.), evitando, assim, a morte prematura de plantas. A falta de uma cultivar homogênea e produtiva, tolerante às principais moléstias que afetam a cultura, tem sido um fator limitante para elevar a qualidade e a produtividade dos pomares (Meletti et al., 2000). Entre as cultivares de maracujazeiro disponíveis no Brasil, se destacam as geradas pela Flora Brasil, que foram obtidas através da mistura de vários genótipos desenvolvidos na região de Araguari-MG, e pela Embrapa, com objetivo de obter frutos para a indústria, entretanto, usase para o consumo in natura, pois tem como características frutos com maior uniformidade de tamanho, formato e cor (peso médio de 240 g), maior resistência durante o transporte, rendimento de polpa em torno de 36%, sólidos solúveis totais (SST) de 14,0 ºBrix, com potencial produtivo de 50 t ha-1. A cultivar BRS Gigante Amarelo apresenta fruto amarelo, formato oblongo, com base e ápice ligeiramente achatados, pesando de 120 a 350 g e rendimento de polpa em torno de 40%.
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