Exploração da diversidade bacteriana de esponjas marinhas por abordagem dependente e independente de cultivo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, D. T.
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1065086
Resumo: Resumo: Exploração da diversidade bacteriana de esponjas marinhas por abordagem dependente e independente de cultivo Este estudo descreve a diversidade das comunidades bacterianas associadas a cinco esponjas marinhas e o potencial destes microrganismos como produtores de substâncias bioativas com propriedades fungicidas. Esponjas vivem em simbiose com microrganismos que apresentam alto interesse ecológico, evolutivo e biotecnológico. Contudo, este sistema microbiano permanece pobremente entendido. Para totalmente compreender a biologia desses animais e necessário descrever os fatores ecológicos e evolutivos influenciando a estrutura e dinâmica de sua microbiota. Nessa tese e defendida a hipótese de que a composição taxonômica e estrutura das comunidades bacterianas se correlaciona com o parentesco filogenético de seus hospedeiros. Neste trabalho, comunidades bacterianas associadas às esponjas Aplysina fulva, Aiolochroia crassa, Chondrosia collectrix, Didiscus oxeata e Scopalina ruetzieri foram examinadas usando a plataforma lon torrent para sequenciamento parcial do gene 16S rRNA. Água do mar circundante aos espécimes foram coletadas para comparações com a microbiota de esponjas. As análises detectaram um complexo e específico sistema microbiano vivendo em esponjas, com as unidades taxonômicas operacionais dominantes classificadas nos filos: Acidobacteria, Actinobacteria, Chiorofiexi, Proteobacteria e Gemmatimonadetes. Apesar da ocorrência simpátrica dos espécimes, as comunidades bacterianas diferiram significativamente entre as espécies de esponjas e a água do mar. Contudo, foi observado que as comunidades bacterianas habitando esponjas filogeneticamente mais próximas {A. fulva e A. crassa) são mais similares uma para com a outra, do que quando comparado com as comunidades em um taxon mais distante filogeneticamente (C. collectrix). O isolamento de bactérias e actinobactérias foi realizado a partir das esponjas D. oxeata e S. ruetzieri. Cinquenta e seis linhagens foram isoladas e classificadas em três filos: Actinobacteria, Proteobacteria e Firmicutes. Analises filogenéticas indicaram cinco possíveis novas espécies bacterianas. Com base na taxonomia polifásica, um dos isolados, denominado ASPSP 40, foi caracterizado como pertencente a uma nova espécie do gênero Saccharopolyspora, para qual o nome Saccharopolyspora spongiae sp. nov. foi proposto. Dois isolados bacterianos demonstraram forte atividade antagonica contra as seguintes espécies de Pythium: P. aphanidermatum, P. graminicola e P. ultimum. Metabólitos secundários desses isolados, assim identificados como pertencentes aos gêneros Terrabacter sp. ASPSP 140 e Bacilius sp. ASPSP 434, foram caracterizados por LC-MS/MS como sendo uma mistura de dipepitideos cíclicos pertencentes a classe das dicetopiperazinas (DKP). Este e o primeiro relato da atividade fungicida e consequentemente a detecção de DKP a partir do gênero Terrabacter.
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