Avaliação fungitóxica e caracterização química dos óleos essenciais e extratos obtidos após diferentes processos de extração de Cipó vick (Tanaecium nocturnum) e João-Brandim (Piper piscatorum).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PIMENTEL, F. A.
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/506202
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido em quatro experimentos, visando à caracterização química por IV, CG-EM e CG-DIC de óleos essenciais e extratos obtidos por diferentes processos de extração das espécies Piper piscatorum e Tanaecium nocturnum, nativas do estado do Acre, e à avaliação da toxicidade sobre o Aspergillus flavus. No primeiro, avaliou-se a eficiência de extração de raízes frescas e secas de Piper piscatorum, empregando as técnicas de hidrodestilação, técnicas de extração por refluxo e a frio com solventes de crescentes polaridades; no segundo, trabalhando com a mesma espécie, avaliou-se a eficiência de extração com folhas frescas e secas, utilizando CO2 supercrítico e co-solventes (10 % etanol e 10 % metano!) à 40°C e 70°C e pressão de 400 bar; no terceiro caracterizaram-se quimicamente os óleos essenciais obtidos por hidrodestilações de folhas, caules e raízes frescos e secos (30°C e 40°C) de Tanaecium nocturnum; e no quarto, avaliou-se a toxicidade do óleo essencial de folhas frescas de Tanaecium nocturnum sobre o Aspergillus flavus, isolado da castanha-do-Brasil. Pelos resultados do primeiro experimento, verificou-se que os principais componentes identificados no óleo essencial de Piper piscatorum foram o selin-11-en-4-a-ol (57,63%) e benzoato de benzila.(16,32%), e no extrato, o selin-II-en-4-a-ol (40,69%), tetradecanol (26,31%), piperovatina (22,46%) e hidrocarbonetos (36,43%). Os maiores rendimentos de extratos ocorreram com solventes polares sob refluxo. Os teores de piperovatina, pipercalIosidina e pipercalIosina, com potencial anestésico, foram mais elevados em extratos de raíz fresca, utilizando-se acetato de etila para as técnicas de extração por refluxo e a frio. Já no segundo, os maiores rendimentos (% p/p) do extrato, piperovatina e pipercalIosidina, foram obtidos de folhas frescas de Piper piscatorum extraídas com CO2 + etanol a 40°C. A secagem analisada nos dois primeiros experimentos reduziu os rendimentos de óleo essencial e do extrato, exceto, para os ensaios com CO2, utilizando o etanol como co-solvente. Os principais componentes identificados nesses extratos foram a piperovatina, seguido de ácido palmítico, pentadecano e pipercalIosidina. Devido à matéria prima, esse tratamento promoveu modificações nas suas composições químicas, principalmente nas reduções dos teores de amidas presentes. Os compostos majoritários encontrados nos óleos essenciais da espécie Tanaecium noctumum foram benzaldeido, álcool benzílico e mandelonitrila. Para essas matérias primas, ocorreram perdas do óleo essencial com modificações de suas composições químicas, com ênfase para a eliminação (folhas) ou redução (caules e raízes) do teor de mandelonitrila, proporcionado pela secagem. Pelos resultados da avaliação de fungitoxidade desse óleo essencial sobre o Aspergillus flavus, realizado até 10 dias de incubação, constatou-se que a inibição total do seu crescimento micelial ocorreu quando se utilizou o óleo essencial nas concentrações de 0,5 µL/rnLna técnica de contato e de 1,0 µL/rnL na técnica de fumigação. Em ambas as técnicas, essa essência inibiu a esporulação a partir da concentração de 0,5 µL/rnL.
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