Caracterização fenotípica da resistência a antimicrobianos de Staphylococcus spp. isolados da mastite bovina.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MENEZES, C. A. de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1087216
Resumo: A mastite bovina é a doença infecciosa mais frequente e economicamente relevante em rebanhos leiteiros. Dentre os patógenos causadores de infecção intramamária no Brasil, o gênero Staphylococcus ssp. é o mais prevalente e responsável por grandes perdas prejuízos à pecuária leiteira. Infecções causadas por Staphylococcus spp. podem ter longa duração, com tendência a se tornarem crônicas, com baixa taxa de cura e grande perda na produção de leite. O uso de antibióticos para tratamento dos casos clínicos e na terapia da vaca seca constitui componente essencial das estratégias estabelecidas para o controle da mastite. Entretanto, o uso incorreto e indiscriminado de antimicrobianos é um dos principais fatores que influenciam no aumento da resistência. Estudos avaliando a resistência do gênero Staphylococcus spp. isolados de mastite em diferentes regiões do Brasil, demonstraram resultados variados e com aumento crescente do padrão de resistência. Considerando a importância socioeconômica da pecuária leiteira para o estado de Rondônia e os estudos demonstrando a importância do gênero Staphylococcus spp. na epidemiologia da mastite, este trabalho teve o objetivo de identificar o perfil de resistência de Staphylococcus spp. isolados de rebanhos leiteiros localizados nas três principais microrregiões produtoras de leite do estado. Dos 161 animais avaliados, foram obtidos 68 isolados de Staphylococcus aureus, 29 Staphylococcus spp. coagulase negativo (SCN) e 11 Staphylococcus spp. coagulase positivo (SCP). Os resultados demonstraram frequência de resistência que variaram de 0 a 13,8% para S. aureus, 0 a 72,7 % SCP e 0 a 31,0% SCN, sendo a maior para penicilina, seguido da ampicilina e tetraciclinas. Dos isolados de Staphylococcus spp. resistentes, foram observados dois padrões de resistência prevalentes, ampicilina e penicilina (n=12) e penicilina, ampicilina e tetraciclina (n=7). Os resultados demonstram maior frequência de resistência para tetraciclinas e betalactâmicos, antibióticos amplamente utilizados para o controle da mastite no estado.
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