Enraizamento e morfo-anatomia de estacas caulinares de Erythrina crista-galli L. (Fabaceae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CHAVES, M. C. R.
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: ZUFFELLATO-RIBAS, K. C., BONA, C., CARPANEZZI, A. A., TAVARES, F. R.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/283810
Resumo: Erythrina crista-galli L. (Fabaceae) é uma espécie nativa, de grande potencial ornamental devido suas flores vistosas. É excelente para o uso como cerca viva, sombreamento, produção de biomassa e forração. Possui ainda potencial medicinal devido a produção de diversos alcalóides e taninos. Este trabalho teve como objetivo estudar o enraizamento e a morfo-anatomia de dois tipos de estacas caulinares de E. cristagalli. Na primavera/2002 foram coletadas estacas oriundas de ramos terminais de brotações de árvores adultas (tipo A) e estacas provenientes de mudas de sementes (tipo B). As estacas do tipo A foram confeccionadas com 17 cm de comprimento, 1 cm de diâmetro e sem folhas e as estacas do tipo B com 15 cm de comprimento, 0,7 cm de diâmetro e com folhas, sendo submetidas às seguintes concentrações de ácido indol butírico (IBA): 0, 1500, 3000 e 6000 mg.L-1 . As amostras para análise anatômica foram fixadas em FAA, emblocadas em resina (JB4) e seccionadas transversalmente. As lâminas foram submetidas a vários testes histoquímicos. Após 60 dias em casa-de-vegetação as estacas do tipo A apresentaram a maior porcentagem de enraizamento quando tratadas com 3000 mg.L-1 IBA (8,33%). Para estacas do tipo B, 3000 mg.L-1 IBA também foi o melhor tratamento, apresentando 95% de enraizamento. Percebe-se que a idade fisiológica da estaca é de relevante importância para o sucesso do enraizamento. As estacas dos tipos A e B apresentam epiderme uniestratificada, córtex parenquimático, endoderme unisseriada, fibras pericíclicas, crescimento secundário e medula parenquimática. As estacas do tipo A se diferenciam por apresentarem cortéx com clorênquima, cristais prismáticos na endoderme, maior quantidade de fibras pericíclicas e compostos fenólicos e estádio mais avançado do crescimento secundário. A baixa porcentagem de enraizamento nas estacas do tipo A provavelmente está relacionada a maior quantidade de esclerênquima e compostos fenólicos presentes.
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