Estratégias de manejo do pastejo para pastos consorciados na Amazônia Ocidental.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/500047 |
Resumo: | Dois experimentos foram realizados no Campo Experimental da Embrapa Acre, objetivando definir alvos de manejo para pastos consorciados, constituídos por gramíneas e leguminosas forrageiras recomendadas para a Amazônia Ocidental. O primeiro experimento foi realizado entre outubro de 2002 e dezembro de 2003, em uma pastagem composta pelo consórcio do capim-massai (Panicum maximum x P. infestum cv. Massai) com o amendoim forrageiro (Arachis pintoi Ac 01). A pastagem foi submetida a três ofertas diárias de forragem (9,0; 14,5 e 18,4% do peso vivo), sob lotação rotacionada, com período de ocupação de dois dias e ciclos de pastejo de 28 dias (outubro a março) ou 35 dias (abril a setembro). Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. A condição do pasto foi caracterizada em cada ciclo de pastejo, em termos de altura, massa de forragem e porcentagem de solo descoberto (pré e pós-pastejo). A composição botânica do pasto (gramínea, leguminosa e invasoras) foi monitorada antes de cada período de ocupação. Outros parâmetros avaliados foram a produtividade e a intensidade de desfolha do pasto, a profundidade de pastejo, a composição morfológica do capim-massai e a morfologia das plantas de amendoim forrageiro. Houve aumento linear da altura e da massa de forragem do pasto com o incremento da oferta de forragem, e maiores valores ocorreram durante o período de máxima precipitação. Já a porcentagem de solo descoberto aumentou, principalmente, na menor oferta de forragem. A porcentagem de amendoim forrageiro aumentou progressivamente ao longo do período experimental, sendo favorecida pelo uso de menores ofertas de forragem. No último trimestre do período experimental, representou 23,5; 10,6 e 6,4% da massa seca do pasto, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. Pastos mantidos com maiores ofertas de forragem, embora mais produtivos, foram utilizados com menor eficiência e tenderam a apresentar deterioração da estrutura das touceiras do capim-massai. Para as condições da Amazônia Ocidental, foram sugeridos os seguintes alvos de manejo do pastejo para o pasto de capim-massai e amendoim forrageiro sob lotação rotacionada: altura pós-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 35-40 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 50-55 cm (junho a setembro) ou 65-70 cm (outubro a maio). O segundo experimento foi realizado de janeiro a dezembro de 2003, em uma pastagem constituída pelo consórcio da Brachiaria brizantha cv. Marandu com as leguminosas Pueraria phaseoloides e A. pintoi Ap 65. A pastagem foi submetida a quatro ofertas diárias de forragem (6,6; 10,3; 14,5 e 17,9% do peso vivo), sob lotação rotacionada, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. A condução do experimento e as avaliações realizadas foram semelhantes às descritas para o primeiro experimento. Pastos utilizados com menores ofertas de forragem se caracterizaram por apresentar menor altura e massa de forragem, e maior porcentagem de solo descoberto. Esta condição favoreceu o crescimento do amendoim forrageiro, que representou 21,1; 15,2; 8,4 e 3,8% da massa seca do pasto no último trimestre do período experimental, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. A puerária foi sensível a todos os níveis de oferta de forragem utilizados e sua participação na composição botânica do pasto apresentou forte redução durante o período experimental, especialmente no período de menor precipitação (julho e setembro). O uso de maiores ofertas de forragem favoreceu a produtividade do pasto, porém reduziu a intensidade de desfolha. Não foi possível estabelecer uma estratégia de manejo do pastejo para o consórcio com a puerária. Para o consórcio do capim-marandu com o amendoim forrageiro, a condição ideal do pasto foi estabelecida com a oferta de forragem de 10,3% do peso vivo. Seu manejo sob lotação rotacionada nas condições da Amazônia Ocidental deve ser baseado nos seguintes alvos de manejo do pastejo: altura pós-pastejo de 20-25 cm (junho a setembro) ou 25-30 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 45-50 cm (outubro a maio). |
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A condição do pasto foi caracterizada em cada ciclo de pastejo, em termos de altura, massa de forragem e porcentagem de solo descoberto (pré e pós-pastejo). A composição botânica do pasto (gramínea, leguminosa e invasoras) foi monitorada antes de cada período de ocupação. Outros parâmetros avaliados foram a produtividade e a intensidade de desfolha do pasto, a profundidade de pastejo, a composição morfológica do capim-massai e a morfologia das plantas de amendoim forrageiro. Houve aumento linear da altura e da massa de forragem do pasto com o incremento da oferta de forragem, e maiores valores ocorreram durante o período de máxima precipitação. Já a porcentagem de solo descoberto aumentou, principalmente, na menor oferta de forragem. A porcentagem de amendoim forrageiro aumentou progressivamente ao longo do período experimental, sendo favorecida pelo uso de menores ofertas de forragem. No último trimestre do período experimental, representou 23,5; 10,6 e 6,4% da massa seca do pasto, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. Pastos mantidos com maiores ofertas de forragem, embora mais produtivos, foram utilizados com menor eficiência e tenderam a apresentar deterioração da estrutura das touceiras do capim-massai. Para as condições da Amazônia Ocidental, foram sugeridos os seguintes alvos de manejo do pastejo para o pasto de capim-massai e amendoim forrageiro sob lotação rotacionada: altura pós-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 35-40 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 50-55 cm (junho a setembro) ou 65-70 cm (outubro a maio). O segundo experimento foi realizado de janeiro a dezembro de 2003, em uma pastagem constituída pelo consórcio da Brachiaria brizantha cv. Marandu com as leguminosas Pueraria phaseoloides e A. pintoi Ap 65. A pastagem foi submetida a quatro ofertas diárias de forragem (6,6; 10,3; 14,5 e 17,9% do peso vivo), sob lotação rotacionada, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. A condução do experimento e as avaliações realizadas foram semelhantes às descritas para o primeiro experimento. Pastos utilizados com menores ofertas de forragem se caracterizaram por apresentar menor altura e massa de forragem, e maior porcentagem de solo descoberto. Esta condição favoreceu o crescimento do amendoim forrageiro, que representou 21,1; 15,2; 8,4 e 3,8% da massa seca do pasto no último trimestre do período experimental, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. A puerária foi sensível a todos os níveis de oferta de forragem utilizados e sua participação na composição botânica do pasto apresentou forte redução durante o período experimental, especialmente no período de menor precipitação (julho e setembro). O uso de maiores ofertas de forragem favoreceu a produtividade do pasto, porém reduziu a intensidade de desfolha. Não foi possível estabelecer uma estratégia de manejo do pastejo para o consórcio com a puerária. Para o consórcio do capim-marandu com o amendoim forrageiro, a condição ideal do pasto foi estabelecida com a oferta de forragem de 10,3% do peso vivo. Seu manejo sob lotação rotacionada nas condições da Amazônia Ocidental deve ser baseado nos seguintes alvos de manejo do pastejo: altura pós-pastejo de 20-25 cm (junho a setembro) ou 25-30 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 45-50 cm (outubro a maio).Tese (Doutorado em Zootecnia) - Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2004.CARLOS MAURICIO SOARES DE ANDRADE, CPAF-AC.ANDRADE, C. M. S. de2017-05-25T17:10:02Z2017-05-25T17:10:02Z2005-01-1420042017-05-25T17:10:02Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis159 p.2004.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/500047porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2017-08-16T04:26:00Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/500047Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542017-08-16T04:26falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542017-08-16T04:26Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
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Dois experimentos foram realizados no Campo Experimental da Embrapa Acre, objetivando definir alvos de manejo para pastos consorciados, constituídos por gramíneas e leguminosas forrageiras recomendadas para a Amazônia Ocidental. O primeiro experimento foi realizado entre outubro de 2002 e dezembro de 2003, em uma pastagem composta pelo consórcio do capim-massai (Panicum maximum x P. infestum cv. Massai) com o amendoim forrageiro (Arachis pintoi Ac 01). A pastagem foi submetida a três ofertas diárias de forragem (9,0; 14,5 e 18,4% do peso vivo), sob lotação rotacionada, com período de ocupação de dois dias e ciclos de pastejo de 28 dias (outubro a março) ou 35 dias (abril a setembro). Foi utilizado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. A condição do pasto foi caracterizada em cada ciclo de pastejo, em termos de altura, massa de forragem e porcentagem de solo descoberto (pré e pós-pastejo). A composição botânica do pasto (gramínea, leguminosa e invasoras) foi monitorada antes de cada período de ocupação. Outros parâmetros avaliados foram a produtividade e a intensidade de desfolha do pasto, a profundidade de pastejo, a composição morfológica do capim-massai e a morfologia das plantas de amendoim forrageiro. Houve aumento linear da altura e da massa de forragem do pasto com o incremento da oferta de forragem, e maiores valores ocorreram durante o período de máxima precipitação. Já a porcentagem de solo descoberto aumentou, principalmente, na menor oferta de forragem. A porcentagem de amendoim forrageiro aumentou progressivamente ao longo do período experimental, sendo favorecida pelo uso de menores ofertas de forragem. No último trimestre do período experimental, representou 23,5; 10,6 e 6,4% da massa seca do pasto, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. Pastos mantidos com maiores ofertas de forragem, embora mais produtivos, foram utilizados com menor eficiência e tenderam a apresentar deterioração da estrutura das touceiras do capim-massai. Para as condições da Amazônia Ocidental, foram sugeridos os seguintes alvos de manejo do pastejo para o pasto de capim-massai e amendoim forrageiro sob lotação rotacionada: altura pós-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 35-40 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 50-55 cm (junho a setembro) ou 65-70 cm (outubro a maio). O segundo experimento foi realizado de janeiro a dezembro de 2003, em uma pastagem constituída pelo consórcio da Brachiaria brizantha cv. Marandu com as leguminosas Pueraria phaseoloides e A. pintoi Ap 65. A pastagem foi submetida a quatro ofertas diárias de forragem (6,6; 10,3; 14,5 e 17,9% do peso vivo), sob lotação rotacionada, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com três repetições. A condução do experimento e as avaliações realizadas foram semelhantes às descritas para o primeiro experimento. Pastos utilizados com menores ofertas de forragem se caracterizaram por apresentar menor altura e massa de forragem, e maior porcentagem de solo descoberto. Esta condição favoreceu o crescimento do amendoim forrageiro, que representou 21,1; 15,2; 8,4 e 3,8% da massa seca do pasto no último trimestre do período experimental, respectivamente, da menor para a maior oferta de forragem. A puerária foi sensível a todos os níveis de oferta de forragem utilizados e sua participação na composição botânica do pasto apresentou forte redução durante o período experimental, especialmente no período de menor precipitação (julho e setembro). O uso de maiores ofertas de forragem favoreceu a produtividade do pasto, porém reduziu a intensidade de desfolha. Não foi possível estabelecer uma estratégia de manejo do pastejo para o consórcio com a puerária. Para o consórcio do capim-marandu com o amendoim forrageiro, a condição ideal do pasto foi estabelecida com a oferta de forragem de 10,3% do peso vivo. Seu manejo sob lotação rotacionada nas condições da Amazônia Ocidental deve ser baseado nos seguintes alvos de manejo do pastejo: altura pós-pastejo de 20-25 cm (junho a setembro) ou 25-30 cm (outubro a maio), e altura pré-pastejo de 30-35 cm (junho a setembro) ou 45-50 cm (outubro a maio). |
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