Sítios parasitários de Excorallana berbicensis Boone, 1918 em Acestrorhynchus falcirostris Cuvier, 1819 do rio Araguari, estado do Amapá, Amazônia Oriental.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BRANDÃO, E. M.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: VASCONCELOS, H. C. G., SÁ-OLIVEIRA, J. C., SALOMÃO, D. da C. O., AIRES, M. C., TAVARES-DIAS, M., SILVA, S. G., SILVA, J. S., BRITO, T. M., SILVA, I. M., LIMA, W. R. da S., ISACKSSON, E. D. G. S.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1109875
Resumo: Espécies do subfilo Crustacea (Arthropoda) compõem o zooplâncton e podem influenciar o habitat preferencial dos peixes devido ao seu duplo papel de recurso alimentar e parasito. Excorallana são isópodes da família Corallanidae constituídos por 20 espécies que ocorrem, predominantemente, em ambientes marinhos de latitudes tropicais e subtropicais. Excorallana berbicensis é a única espécie desse grupo descrita parasitando peixes de água doce. O objetivo deste estudo foi identificar os sítios de infestação de machos e fêmeas de E. berbicensis em hospedeiros da espécie Acestrorhynchus falcirostris do rio Araguari, Estado do Amapá. As coletas do peixe-hospedeiro ocorreram entre outubro/2012 e outubro/2013, em seis pontos amostrais distintos. Foram utilizadas malhadeiras (malhas 20, 30, 40, 50 e 60 mm), compondo baterias com 100m de comprimento. Para identificar os biótopos parasitários, foram examinados imediatamente após a captura a boca, câmara branquial, tegumento e nadadeiras. Os crustáceos ectoparasitos foram sexados e fixados em álcool 70%, glicerinado a 10%. A prevalência parasitária (P) para cada biótopo foi determinada. A prevalência para machos e fêmea de E. berbicensis foi comparada através do teste de Mann-Whitney, com aproximação em Z. Foram analisados 62 peixes e 22,6% estavam parasitados por 134 espécimes de E. berbicensis. Desses, estavam parasitados apenas por fêmeas 21,4%, parasitados apenas por machos 35,7% e parasitados simultaneamente por machos e fêmeas 42,9%. As fêmeas de E. berbicensis estavam localizadas, preferencialmente, na superfície corporal de A. falcirostris (P=32,4%), seguido da nadadeira anal (P=14,3%) e boca (P=13,3%). Os machos estavam localizados na superfície corporal (P=41,4%), seguido da nadadeira anal e caudal (ambas com P=13,8%). Os dados de prevalência para fêmeas e machos de E. berbicensis por biótopo parasitário foram similares (Z=-0,6301; p=0,5286). Frequentemente, Excorallana spp. infestam as brânquias, boca e cavidade nasal de peixes marinhos. O crustáceo ectoparasito E. berbicensis foi capturado na boca, câmara branquial, superfície corporal, nadadeira dorsal, peitoral, pélvica, anal e caudal de A. falcirostris, apresentando pouca restrição quanto ao sítio preferencial de infestação.
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