Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ROLIM NETO, F. C.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: SCHAEFER, C. E. G. R., FERNANDES FILHO, E. I., CORRÊA, M. M., COSTA, L. M. da, PARAHYBA, R. da B. V., GUERRA, S. M. S., HECK, R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/659026
https://doi.org/10.1590/S0100-06832009000600028
Resumo: Pouco se conhece sobre a diferenciação pedogenética no Alto Paranaíba (MG), quando são comparados materiais de composição química tão variada, como tufitos, rochas ígneas alcalinas e ultramáficas e carbonatitos, todos de ocorrência na região. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente os solos representativos de três topolitossequências do Alto Paranaíba. Para isso, foram descritos e coletados 11 perfis de solos, entre os municípios de Serra do Salitre, Patrocínio e Coromandel, representando as variações litológicas na faixa do contato geológico entre os grupos Bambuí, rochas vulcânicas ultramáficas e Araxá. Nas amostras de solos foram realizadas análises físicas e químicas de rotina, além de determinações de Fe, Al e Si após extração por ataque sulfúrico; Fe por DCB e oxalato; Fe, Ca, Mg, K, P, Ti e outros metais pesados após digestão total (ataque triácido); e determinação dos diferentes componentes da fração argila por difratometria de raios X. Os Latossolos do Alto Paranaíba são extremamente intemperizados e com índices Ki e Kr muito baixos, indicativos de solos ricos em óxidos de Fe e de Al, não possuindo uma filiação definida com os materiais de origem subjacente, indicando intensa pedoturbação e provável mistura com materiais alóctones. As assinaturas geoquímicas indicativas da natureza ultramáfica são os teores elevados de Cr, Ni, Mn, Fe e Mg. A mineralogia da fração argila dos Latossolos indica a coexistência de vermiculita com hidroxi-Al entrecamadas, caulinita, gibbsita e anatásio, evidenciando uma gênese policíclica dos minerais da fração mais fina e o elevado grau de intemperismo. Nos Cambissolos, a rápida dessilificação atual conduz à coexistência de gibbsita e óxidos de Fe com esmectitas e illitas, em virtude da rápida ação do intemperismo nos substratos de rochas máficas ou ultramáficas-alcalinas, pobres em sílica.
id EMBR_990c39bc4af2e6aab2c86ce96030cdd4
oai_identifier_str oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/659026
network_acronym_str EMBR
network_name_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository_id_str 2154
spelling Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.LatossolosRochas MáficasTriângulo MineiroExtração sequencialIntemperismoPouco se conhece sobre a diferenciação pedogenética no Alto Paranaíba (MG), quando são comparados materiais de composição química tão variada, como tufitos, rochas ígneas alcalinas e ultramáficas e carbonatitos, todos de ocorrência na região. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente os solos representativos de três topolitossequências do Alto Paranaíba. Para isso, foram descritos e coletados 11 perfis de solos, entre os municípios de Serra do Salitre, Patrocínio e Coromandel, representando as variações litológicas na faixa do contato geológico entre os grupos Bambuí, rochas vulcânicas ultramáficas e Araxá. Nas amostras de solos foram realizadas análises físicas e químicas de rotina, além de determinações de Fe, Al e Si após extração por ataque sulfúrico; Fe por DCB e oxalato; Fe, Ca, Mg, K, P, Ti e outros metais pesados após digestão total (ataque triácido); e determinação dos diferentes componentes da fração argila por difratometria de raios X. Os Latossolos do Alto Paranaíba são extremamente intemperizados e com índices Ki e Kr muito baixos, indicativos de solos ricos em óxidos de Fe e de Al, não possuindo uma filiação definida com os materiais de origem subjacente, indicando intensa pedoturbação e provável mistura com materiais alóctones. As assinaturas geoquímicas indicativas da natureza ultramáfica são os teores elevados de Cr, Ni, Mn, Fe e Mg. A mineralogia da fração argila dos Latossolos indica a coexistência de vermiculita com hidroxi-Al entrecamadas, caulinita, gibbsita e anatásio, evidenciando uma gênese policíclica dos minerais da fração mais fina e o elevado grau de intemperismo. Nos Cambissolos, a rápida dessilificação atual conduz à coexistência de gibbsita e óxidos de Fe com esmectitas e illitas, em virtude da rápida ação do intemperismo nos substratos de rochas máficas ou ultramáficas-alcalinas, pobres em sílica.FERNANDO CARTAXO ROLIM NETO, UFRPE; CARLOS ERNESTO G. R. SCHAEFER, UFV; ELPIDIO INACIO FERNANDES FILHO, UFV; MARCELO METRI CORRÊA, UFRPE; LIOVANDO MARCIANO DA COSTA, UFV; ROBERTO DA BOA VIAGEM PARAHYBA, CNPS; SÉRGIO MONTHEZUMA SANTOIANNI GUERRA, UFRPE; RICHARD HECK, UNIVERSIDADE DE GUELF.ROLIM NETO, F. C.SCHAEFER, C. E. G. R.FERNANDES FILHO, E. I.CORRÊA, M. M.COSTA, L. M. daPARAHYBA, R. da B. V.GUERRA, S. M. S.HECK, R.2019-09-10T00:55:48Z2019-09-10T00:55:48Z2010-02-2620092019-09-12T11:11:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleRevista Brasileira de Ciência do solo, v. 33, n. 6, p. 1795-1809, dez. 2009.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/659026https://doi.org/10.1590/S0100-06832009000600028porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2019-09-10T00:55:55Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/659026Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542019-09-10T00:55:55falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542019-09-10T00:55:55Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false
dc.title.none.fl_str_mv Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
title Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
spellingShingle Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
ROLIM NETO, F. C.
Latossolos
Rochas Máficas
Triângulo Mineiro
Extração sequencial
Intemperismo
title_short Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
title_full Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
title_fullStr Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
title_full_unstemmed Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
title_sort Topolitossequências de solos do Alto Paranaíba: atributos físicos, químicos e mineralógicos.
author ROLIM NETO, F. C.
author_facet ROLIM NETO, F. C.
SCHAEFER, C. E. G. R.
FERNANDES FILHO, E. I.
CORRÊA, M. M.
COSTA, L. M. da
PARAHYBA, R. da B. V.
GUERRA, S. M. S.
HECK, R.
author_role author
author2 SCHAEFER, C. E. G. R.
FERNANDES FILHO, E. I.
CORRÊA, M. M.
COSTA, L. M. da
PARAHYBA, R. da B. V.
GUERRA, S. M. S.
HECK, R.
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv FERNANDO CARTAXO ROLIM NETO, UFRPE; CARLOS ERNESTO G. R. SCHAEFER, UFV; ELPIDIO INACIO FERNANDES FILHO, UFV; MARCELO METRI CORRÊA, UFRPE; LIOVANDO MARCIANO DA COSTA, UFV; ROBERTO DA BOA VIAGEM PARAHYBA, CNPS; SÉRGIO MONTHEZUMA SANTOIANNI GUERRA, UFRPE; RICHARD HECK, UNIVERSIDADE DE GUELF.
dc.contributor.author.fl_str_mv ROLIM NETO, F. C.
SCHAEFER, C. E. G. R.
FERNANDES FILHO, E. I.
CORRÊA, M. M.
COSTA, L. M. da
PARAHYBA, R. da B. V.
GUERRA, S. M. S.
HECK, R.
dc.subject.por.fl_str_mv Latossolos
Rochas Máficas
Triângulo Mineiro
Extração sequencial
Intemperismo
topic Latossolos
Rochas Máficas
Triângulo Mineiro
Extração sequencial
Intemperismo
description Pouco se conhece sobre a diferenciação pedogenética no Alto Paranaíba (MG), quando são comparados materiais de composição química tão variada, como tufitos, rochas ígneas alcalinas e ultramáficas e carbonatitos, todos de ocorrência na região. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente os solos representativos de três topolitossequências do Alto Paranaíba. Para isso, foram descritos e coletados 11 perfis de solos, entre os municípios de Serra do Salitre, Patrocínio e Coromandel, representando as variações litológicas na faixa do contato geológico entre os grupos Bambuí, rochas vulcânicas ultramáficas e Araxá. Nas amostras de solos foram realizadas análises físicas e químicas de rotina, além de determinações de Fe, Al e Si após extração por ataque sulfúrico; Fe por DCB e oxalato; Fe, Ca, Mg, K, P, Ti e outros metais pesados após digestão total (ataque triácido); e determinação dos diferentes componentes da fração argila por difratometria de raios X. Os Latossolos do Alto Paranaíba são extremamente intemperizados e com índices Ki e Kr muito baixos, indicativos de solos ricos em óxidos de Fe e de Al, não possuindo uma filiação definida com os materiais de origem subjacente, indicando intensa pedoturbação e provável mistura com materiais alóctones. As assinaturas geoquímicas indicativas da natureza ultramáfica são os teores elevados de Cr, Ni, Mn, Fe e Mg. A mineralogia da fração argila dos Latossolos indica a coexistência de vermiculita com hidroxi-Al entrecamadas, caulinita, gibbsita e anatásio, evidenciando uma gênese policíclica dos minerais da fração mais fina e o elevado grau de intemperismo. Nos Cambissolos, a rápida dessilificação atual conduz à coexistência de gibbsita e óxidos de Fe com esmectitas e illitas, em virtude da rápida ação do intemperismo nos substratos de rochas máficas ou ultramáficas-alcalinas, pobres em sílica.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009
2010-02-26
2019-09-10T00:55:48Z
2019-09-10T00:55:48Z
2019-09-12T11:11:11Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Revista Brasileira de Ciência do solo, v. 33, n. 6, p. 1795-1809, dez. 2009.
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/659026
https://doi.org/10.1590/S0100-06832009000600028
identifier_str_mv Revista Brasileira de Ciência do solo, v. 33, n. 6, p. 1795-1809, dez. 2009.
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/659026
https://doi.org/10.1590/S0100-06832009000600028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron:EMBRAPA
instname_str Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
collection Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
repository.mail.fl_str_mv cg-riaa@embrapa.br
_version_ 1794503479959486464