Importância do uso de caprino e ovinos naturalizados na produção de carne, leite e peles na Região de Semi-árido do Nordeste.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAUJO, A. M. de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: SILVA, F. L. R. da, SOBREIRA, R. R., CARVALHO, G. M. C., OLIVEIRA, M. J. de
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/889386
Resumo: Uma das ferramentas que o produtor dispõem para aumentar a eficiência econômica da unidade de produção rural é o melhoramento genético do seu rebanho. Melhorar não necessariamente implica em produzir mais, mas com a mesma ou menor produção pode-se também aumentar o lucro (Madalena, 1986). Por melhoramento genético entende-se a mudança do material hereditário dos animais de forma a capacitá-los a produzir mais economicamente num determinado ambiente, caracterizado pela localização geográfica, micro-clima, os recursos naturais e estruturais de interesse para a produção de alimentos para os animais (aguadas, solos, relevo, área) e organização técnica da fazenda. O melhoramento genético começa pela escolha do tipo de animal apropriado para a empresa rural. Aquelas com maior potencial para produção, podem utilizar animais especializados, geralmente de raças importadas, que possuem maior exigência no trato. É indispensável equilibrar a parte genética com as condições de ambiente da exploração animal e a produção esperada é dependente da racionalização dessas duas forças (Pereira, 1999). As definições acima, clássicas do melhoramento animal, parecem ser assimiladas facilmente nos meios acadêmicos. Entretanto, na realidade rural, outros conceitos estão mais fixados entre técnicos e produtores. Os produtores brasileiros, em qualquer nível tecnológico que se encontrem, almejam sempre o aumento de produtividade, e o caminho mais usual para o alcance deste alvo tem sido a incorporação de animais superiores ao plantel. Os baixos índices zootécnicos encontrados são freqüentemente criticados pelos técnicos, ignorando o conceito múltiplo de ambiente e os custos necessários para alterar um ambiente. Para os socioeconomistas, produtividade é conceitualmente diferente de eficiência. A eficiência é calculada conhecendo-se o nível de recursos utilizados no sistema de produção (inputs) e os resultados ou produtos obtidos (outputs). Este conceito pode ser utilizado para avaliar o processo de intensificação de sistemas de produção agropecuários, que nem sempre produzem uma eficiência maior (Abreu, 2006). Portanto, tal perspectiva de que o modelo implantado pelos agricultores do semi-árido (de baixo input) está ?errado? coloca a ovinocaprinocultura do Nordeste em paradoxo. Esquecem-se os técnicos de procurar entender quais as reais possibilidades de mudança no sistema diagnosticado, dentro do conceito de eficiência: seja pela adversidade ambiental, econômica ou social.
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