Caracterização da dormência hibernal em gemas de macieira.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, H. P. dos
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: REVERS, L. F., LEITE, G. B., BERNARDI, J.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/913233
Resumo: A macieira (Malus x domestica Borkh), como outras espécies de clima temperado, apresenta no final do ciclo a queda de folhas e o estabelecimento da dormência hibernal (endodormência). Durante a endodormência, a maioria das cultivares desta espécie necessita de regularidade e intensidade de baixas temperaturas (> 600h, T≤7,2°C), para que inicie a brotação e, consequentemente, se estabeleça um novo ciclo vegetativo e produtivo (PETRI et al., 2002). Entretanto, em regiões de clima temperado marginais, como a Região Sul do Brasil, mesmo com o emprego de práticas paliativas de manejo para alcançar um padrão adequado de brotação (ex.: tratamento químico), em muitos invernos ocorrem flutuações de temperatura que resultam em grandes quedas de produção (BERNARDES; GODOY, 1988). Estes efeitos são observados principalmente nas cultivares exigentes em frio, como Gala e Fuji, que, coincidentemente, são as de maior valor comercial. Neste cenário, o problema da quebra de dormência tende a ser mais acentuado quando se considera que a região Sul do Brasil está sujeita a aumentos médios de temperatura na ordem de 2°C até 2050, conforme as previsões de mudanças climáticas globais (HULME; SHEARD, 1999; LIMA et al., 2001). Essa é uma preocupação imediata e crescente na fruticultura de clima temperado nacional, pois, considerando-se todos estes cenários, se ações para compreender melhor a dormência e minimizar a dependência elevada de frio hibernal não iniciarem, o Brasil corre o risco de deixar a posição de exportador para o de importador de maçã.
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