Fatores de patogenicidade de Staphylococcus spp. em leite de vacas com tratamento não convencional da mastite.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1127580 |
Resumo: | Objetivou-se caracterizar e comparar a formação de biofilme, suscetibilidade a antimicrobianos in vitro, presença e distribuição de genes de virulência e de resistência antimicrobiana, além de determinar a diversidade clonal de estirpes de Staphylococcus spp. isoladas em leite de vacas tratadas e não tratadas com homeopatia. Os isolados de Staphylococcus spp. foram identificados por reação em cadeia da polimerase-espaço transcrito interno (ITS-PCR) e foram investigados quanto a presença dos genes sea, seb, sec, sed, see, tsst-1, pvl e eta codificadores de toxinas, dos genes icaABCD, bap, aap, atlE e bhp relacionados com a produção de biofilme e dos genes blaZ e mecA associados com a resistência antimicrobiana. Amostras mecA positivas foram tipadas para o tipo SCCmec por Multiplex Polymerase Chain Reaction (PCR Multiplex), enquanto a pesquisa de produção in vitro de bioflme ocorreu pelo método de aderência em placas de poliestireno. O perfil de resistência antimicrobiana foi determinado pelo método de disco-difusão em ágar e o perfil de restrição enzimática por Pulsed-Field Gel Electroforesis (PFGE). Clusters de S. aureus e S. epidermidis com três ou mais isolados tiveram uma linhagem selecionada para tipagem por Multilocus Sequence Typing (MLST), cujas sequências foram analisadas por banco de dados (http://www.mlst.net). Verificou-se prevalência de S. aureus (50,5%), que apresentou distribuição semelhante nos dois grupos, enquanto Staphylococcus spp. coagulasenegativos (CoNS) (70,8%) foram frequentes em vacas tratadas (p=0,036). O gene sec ocorreu apenas em S. chromogenes, com maior frequência em animais tratados (p=0,004) e o gene pvl foi encontrado em 66,7% de S. aureus. O operon icaADBC e os genes icaA e icaD associados prevaleceram em S. aureus, porém o gene icaD foi predominante no grupo de vacas tratadas (p=0,012). Os genes atlE e aap foram carreados apenas por S. epidermidis. Entre as estirpes com produção de biofilme in vitro, 76,8% continham pelo menos um gene relacionado com esta característica. Os genes mecA e Blaz apresentaram distribuição similar em vacas tratadas e não tratadas, porém mecA foi identificado apenas em S. epidermidis (12,1%), todos tipados como SCCmec tipo I. A susceptibilidade antimicrobiana revelou um perfil de multirresistência em 29,3% das estirpes. Houve predominância de um cluster majoritário em S. epidermidis e S. chromogenes, o que não ocorreu para S. aureus. A sequência do tipo (ST) 81 foi predominante em S. epidermidis, enquanto as STs 1, 5 e 126 em S. aureus. A presença de genes de toxinas, resistência antimicrobiana e biofilme, bem como a produção in vitro deste fator de patogenicidade, aliados à persistência de perfis clonais bacterianos, demonstram que sistemas em transição para manejos orgânicos podem representar risco à saúde pública pela circulação de patógenos zoonóticos em leite bovino. Medidas eficazes devem ser tomadas no controle dos produtos lácteos e manejo dos animais. |
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