Recentes avanços em forragicultura e pastagens na Embrapa Agrossilvipastoril.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEDREIRA, B. C. e
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: PEREIRA, D. H.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104019
Resumo: A pecuária é uma das atividades mais importantes do Brasil, o qual apresenta condições singulares no que diz respeito à produção animal, cuja alimentação do rebanho é feita com base em pastagens. Isso ocorre porque quando se compara os custos de produção da alimentação de rebanhos em pastagens, com sistemas que utilizam animais confinados e grãos na dieta, a pastagem aparece como a fonte mais econômica para alimentação de ruminantes. Nesse caso, a planta forrageira desempenha uma função de extrema importância, que reflete tanto no aspecto econômico, quanto na sustentabilidade do sistema (Sbrissia; Da Silva, 2001). No entanto, o que se pode observar são respostas lenientes do sistema produtivo com relação a melhorias na produção de forragem e sua utilização. Antes de fazer um bom manejo da pastagem e do pastejo, os pecuaristas têm trabalhado no sentido de aumentar a área de pastagens (suprimento) para fornecer alimento a um mesmo rebanho (demanda). Em muitos casos investe-se em adubação antes mesmo de conseguir colher eficientemente o que produz, gerando grandes perdas de forragem, e o que é pior, levando a degradação dos pastos devido a sua má utilização. As áreas cultivadas com pastagens no Brasil expandiram desde a década de 1970, devido principalmente à expansão da pecuária na região de Cerrado e da Amazônia (Faria et al., 1996). Desde então, o que eram aproximadamente 25 milhões de hectares de pastagens cultivadas, passaram a pouco mais de 100 milhões de hectares em 2006 (IBGE, 2008). Esse aumento deveu-se, em parte, ao aumento do cultivo de espécies de gramíneas do gênero Brachiaria que, na década de 1990, já representavam cerca de 85% da área cultivada com pastagens no Cerrado brasileiro (Macedo, 1995). Dentre as espécies de Brachiaria, uma das mais utilizadas é o capim-marandu [Brachiaria brizantha (A.Rich.) Stapf, sinonímia Urochloa brizantha (A.Rich.) R.D.Webster], caracterizado pela resistência à cigarrinha (Zulia spp. e Deois spp.), bom valor nutritivo, alta produção de matéria seca e de sementes (Nunes et al., 1984). O estado do Mato Grosso (MT) tem cerca de 29 milhões de cabeças de bovinos, e 26 milhões de hectares de pastagens, pelo menos a metade é plantada com Brachiaria brizantha cv. Marandu. As áreas de lavoura temporária e de pastagens cultivadas aumentaram quase quatro vezes de 1980 para 2006 (IBGE, 2008).
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