Pegadas de carbono e hídrica da manga em sistemas conservacionistas de produção.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102271 |
Resumo: | A manga é um importante produto agrícola brasileiro que vem sendo consumido internamente e exportado in natura e na forma de polpa concentrada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área destinada à colheita no Vale do São Francisco em 2015, foi em torno de 14 mil hectares, com rendimento médio de produção de 22 quilos/hectare. Inúmeras transformações ambientais oriundas das atividades agrícolas vêm acontecendo no planeta, como as mudanças climáticas e a degradação dos recursos hídricos. O objetivo deste trabalho é avaliar a pegada de carbono e hídrica da manga produzida na região do Submédio do São Francisco, considerando os sistemas conservacionistas de cultivo de manga, em área experimental, seguindo as etapas da avaliação do ciclo de vida (ACV), de acordo com as normas ISO 14040 (NBR, 2014), 14046 (NBR, 2009a, 2014) e ISO 14067 (ISO, 2013). Os dados de uso de insumos na produção de manga foram coletados em experimento implantado na Estação Experimental de Bebedouro, em Petrolina - PE e conduzido em uma área de um hectare com quatro blocos casualizados. Para cada bloco do campo experimental, avaliaram-se dois sistemas de manejo do solo (com incorporação (CI) e sem incorporação (SI)) e tipos de adubos verdes, contendo leguminosas, gramíneas e oleaginosas, cultivados nas entrelinhas das mangueiras. O estudo foi realizado adotando como unidade funcional a produção de um quilo de manga em um hectare, considerando toda a fase de crescimento da mangueira, ou seja, a produção em um hectare ao longo dos seis primeiros anos do pomar. A produção agrícola abrangeu as atividades de preparo do solo, plantio, tratos culturais, irrigação, adubação e controle fitossanitário. Para a avaliação ambiental, foram selecionados quatro sistemas conservacionistas: 1. Adubação Verde sem incorporação - 75% leguminosa + 25% não leguminosa (AV_SI_ 75%L+25%NL); 2. Adubação verde com vegetação espontânea, sem incorporação (AV_SI_VE); 3. Adubação verde com incorporação -75% leguminosa + 25% não leguminosa (AV_CI_ 75%L+25%NL); e 4. Adubação verde com vegetação espontânea, com incorporação (AV_CI_VE). A escolha desses tratamentos foi feita considerando as diferenças significativas das médias de produtividades em todos os sistemas originalmente avaliados. O inventário contemplou as seguintes fases: i) abertura de área agrícola, com a vegetação sendo transformada de caatinga para mangueira; ii) plantio, relativo à implementação e formação do pomar no primeiro ano de cultivo; e iii) 5 crescimento, considerando o desenvolvimento da planta do segundo ao sexto ano de cultivo. Os resultados indicaram que não houve emissão de CO2 eq. e sim um sequestro, o sistema AV_SI_VE obteve a melhor pegada de carbono dentre os quatro sistemas analisados com -3,65 kg de CO2 Eq./ kg de manga. Para as categorias eutrofização de águas doces, toxicidade humana (câncer e não câncer) e depleção hídrica o tratamento AV_CI_75%L+25%NL obteve o menor valor: em 1,36E-04 kg de P eq., 1,50E-11 CTUh, 9,86E-11CTUh, 6,34 m3 de H2O. Para a categoria de eutrofização marinha, o resultado apresentou-se como um impacto positivo com valor de -6,26E-03 Kg de N eq. Para a categoria de ecotoxicidade o sistema AV_CI_VE apresentou o menor impacto ambiental, com 0,1 CTUe. Os principais processos impactantes foram: produção em campo, produção de fertilizantes, defensivos. |
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