Sobrevivência de Colletotrichum Gossypii var. Cephalosporioides, agente causal da ramulose, em sementes de algodoeiro.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAUJO, A. E. de
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: MENTEN, J. O. M., NOBREGA, M. B. de M., DIAS, C. T. dos S., MORAES, M. H. D.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1084869
Resumo: A ramulose, é uma doença do algodoeiro causada por Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, que induz sintomas nas folhas mais jovens, caracterizados por manchas necróticas de formato circular que evoluem e o tecido necrosado se rompe, dando origem a perfurações na folha com formato de estrela. O crescimento desigual do tecido induz o enrugamento do limbo. Logo após o surgimento das primeiras lesões foliares, ocorre a morte do meristema apical do ramo afetado, paralisando o seu crescimento e estimulando a produção de gemas laterais, que culmina com a formação de um aglomerado de ramos com entrenós curtos e intumescidos, dando à planta um aspecto envassourado. O inóculo inicial é constituído por restos de cultura e sementes infectadas, uma vez que o patógeno pode ser transportado e transmitido pelas sementes. A doença vem perdendo importância nos últimos anos em virtude do aumento significativo da área plantada com cultivares resistentes, e pelo incremento no número de aplicações de fungicidas para o controle da mancha de ramulária, os quais também atuam contra o agente causal da ramulose. O objetivo deste trabalho foi determinar o período em que o patógeno pode sobreviver nas sementes de algodoeiro armazenadas sob diferentes condições de temperatura e níveis de infecção da semente, bem como em diferentes cultivares. Sementes de algodoeiro das cultivares BRS Cedro, BRS Ipê e Delta Opal, deslintadas com ácido sulfúrico, foram submetidas à assepsia com hipoclorito de sódio a 2% e colocadas para secar à sombra por 24 horas. A seguir foram submetidas ao teste de sanidade pelo método do papel de filtro e ao teste de germinação a fim de assegurar que estivessem isentas do patógeno. A seguir as sementes foram colocadas em contato com micélio e conídios do patógeno crescido em placas de Petri de 9 cm de diâmetro em um total de 50 sementes por placa. As placas foram agitadas e deixadas em repouso por 24 horas. As sementes inoculadas foram adicionadas a sub-amostras do lote original de modo que se obtivessem os percentuais de 1,5; 2,0; 5,0 e 6,0% de infecção. Posteriormente, as sementes foram armazenadas sob condições de laboratório, à temperatura ambiente e em câmara fria a 100C pelo período de 0, 2, 4, 6 e 8 meses. Passados cada período as amostras eram retiradas e submetidas ao teste de sanidade pelo método do papel de filtro. O experimento foi inteiramente ao acaso em fatorial 3 x 2 x 4 x 5, três cultivares, dois ambientes, quatro níveis de infecção das sementes e cinco períodos de armazenamento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância utilizando-se o procedimento GLM do SAS®, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi observado efeito significativo da cultivar, com o patógeno sobrevivendo por maior período nas cultivares BRS Ipê e BRS Cedro e menor período na cultivar Delta Opal. Quanto ao efeito dos níveis de infecção das sementes com o patógeno, verificou-se que o mesmo sobreviveu mais tempo com níveis de infecção das sementes maiores (entre 5 e 6%). Também verificou-se interação significativa entre o ambiente de armazenamento e o tempo de armazenamento, com o patógeno sobrevivendo por menor período na câmara fria (dois meses), entretanto, quando armazenadas em condições de ambiente (laboratório) o patógeno sobreviveu durante todo o período de armazenamento (8 meses).
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