Seletividade e eficácia de controle de plantas daninhas com doses de Chlorimuron aplicadas em pré-emergência em cultivares de soja RR e STS.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, J. N. da
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: IKEDA, F. S., CAVALIERI, S. D., LIMA JUNIOR, F. de M., METZ, L. H., BALAN, M. A., FONSECA, B. T., FERNANDES, D. O., CHAPLA, M. V.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1088752
Resumo: O controle de plantas daninhas na cultura da soja deve ser realizado com base em um conjunto de técnicas que visam manter a área de cultivo livre de espécies invasoras, tanto no período de safra como na entressafra, visando a diminuição de plantas daninhas que podem ser possíveis hospedeiras de doenças e insetos pragas que comprometem a produtividade, além de disputarem por espaço, nutrientes e água com o cultivo principal (Gazziero et al., 2008). Com o advento da soja RR, caracterizada pela resistência à molécula de glyphosate, o manejo de plantas infestantes em áreas produtoras de soja foi facilitado devido ao seu amplo espectro de ação e versatilidade na época de aplicação. Porém, essa facilidade no controle levou ao uso contínuo da tecnologia, reduzindo a associação entre as técnicas de manejo que até então eram utilizadas. As aplicações repetitivas da molécula de glyphosate promoveram mudanças na dinâmica das populações de plantas daninhas devido à alta pressão de seleção que fora produzida, levando a seleção de espécies tolerantes e resistentes. Nesse caso, define-se tolerância como a habilidade inata da espécie em sobreviver e se reproduzir com a aplicação de uma dose letal do herbicida, enquanto na resistência a espécie anteriormente susceptível ao produto deixa de ser controlada e se reproduz os quais quando submetidos ás doses recomendadas do herbicida não sofriam qualquer tipo de dano (Monquero, 2003). A seleção de espécies resistentes à ação do glyphosate, tem sido detectada no Brasil em várias plantas daninhas como, por exemplo, a buva (Conyza spp.), o capim-amargoso (Digitaria insularis), o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e a poaia-branca (Richardia brasiliensis) (Gazziero et al., 2012) etc. Os mecanismos de resistência ainda não são bem definidos, mas para alguns autores a absorção e a translocação diferencial são as principais causas, visto que a absorção do herbicida pode ser prejudica pelo o aumento da camada cuticular dessas espécies. O surgimento de biótipos resistentes ao glyphosate e a seleção de espécies tolerantes ao herbicida vem levando à necessidade de formas alternativas de controle das plantas daninhas, alterando as aplicações sucessivas da mesma molécula para a integração de técnicas de manejo, como a rotação de culturas, utilização de herbicidas com diferentes mecanismos de ação e ao desenvolvimento de novas cultivares resistentes a herbicidas com outros mecanismos de ação como as cultivares de soja STS. A tecnologia STS foi desenvolvida através da técnica de mutagênese de sementes utilizando o agente alquilante etilmetasulfonato (EMS). Nesse caso, não se trata de uma cultura transgênica, já que o agente EMS não causa mutação pela inserção no DNA e sim por provocar uma modificação na base já existente através da introdução de um radical aquil. Isso proporciona à planta maior tolerância às doses dos herbicidas pertencentes ao grupo das sulfoniluréias, sendo recomendado doses até quatro vezes maiores quando comparado com genótipos não tolerantes (Silva, 2015). As sulfoniluréias são responsáveis por inibir a produção de acetolactato sintase, enzima catalisadora que participa dos processos de síntese dos aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina). E, assim que é absorvido pela planta, rapidamente é translocado para as regiões meristemáticas, aonde atua na paralisação do crescimento vegetal (Vidal, 2002). É um grupo de herbicidas muito utilizado e que apresenta entre seus principais representantes o chlorimuron-ethyl, o metsulfuron-methyl e o nicosulfuron. O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade e a eficácia de controle de plantas daninhas com doses de chlorimuron-ethyl na pré-emergência de cultivares de soja RR e STS.
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Porém, essa facilidade no controle levou ao uso contínuo da tecnologia, reduzindo a associação entre as técnicas de manejo que até então eram utilizadas. As aplicações repetitivas da molécula de glyphosate promoveram mudanças na dinâmica das populações de plantas daninhas devido à alta pressão de seleção que fora produzida, levando a seleção de espécies tolerantes e resistentes. Nesse caso, define-se tolerância como a habilidade inata da espécie em sobreviver e se reproduzir com a aplicação de uma dose letal do herbicida, enquanto na resistência a espécie anteriormente susceptível ao produto deixa de ser controlada e se reproduz os quais quando submetidos ás doses recomendadas do herbicida não sofriam qualquer tipo de dano (Monquero, 2003). A seleção de espécies resistentes à ação do glyphosate, tem sido detectada no Brasil em várias plantas daninhas como, por exemplo, a buva (Conyza spp.), o capim-amargoso (Digitaria insularis), o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e a poaia-branca (Richardia brasiliensis) (Gazziero et al., 2012) etc. Os mecanismos de resistência ainda não são bem definidos, mas para alguns autores a absorção e a translocação diferencial são as principais causas, visto que a absorção do herbicida pode ser prejudica pelo o aumento da camada cuticular dessas espécies. O surgimento de biótipos resistentes ao glyphosate e a seleção de espécies tolerantes ao herbicida vem levando à necessidade de formas alternativas de controle das plantas daninhas, alterando as aplicações sucessivas da mesma molécula para a integração de técnicas de manejo, como a rotação de culturas, utilização de herbicidas com diferentes mecanismos de ação e ao desenvolvimento de novas cultivares resistentes a herbicidas com outros mecanismos de ação como as cultivares de soja STS. A tecnologia STS foi desenvolvida através da técnica de mutagênese de sementes utilizando o agente alquilante etilmetasulfonato (EMS). Nesse caso, não se trata de uma cultura transgênica, já que o agente EMS não causa mutação pela inserção no DNA e sim por provocar uma modificação na base já existente através da introdução de um radical aquil. Isso proporciona à planta maior tolerância às doses dos herbicidas pertencentes ao grupo das sulfoniluréias, sendo recomendado doses até quatro vezes maiores quando comparado com genótipos não tolerantes (Silva, 2015). As sulfoniluréias são responsáveis por inibir a produção de acetolactato sintase, enzima catalisadora que participa dos processos de síntese dos aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e valina). E, assim que é absorvido pela planta, rapidamente é translocado para as regiões meristemáticas, aonde atua na paralisação do crescimento vegetal (Vidal, 2002). É um grupo de herbicidas muito utilizado e que apresenta entre seus principais representantes o chlorimuron-ethyl, o metsulfuron-methyl e o nicosulfuron. O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade e a eficácia de controle de plantas daninhas com doses de chlorimuron-ethyl na pré-emergência de cultivares de soja RR e STS.JACKSON NOGUEIRA DA SILVA, UFMT-SINOP; FERNANDA SATIE IKEDA, CPAMT; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA; FÉLIX DE MORAIS LIMA JUNIOR, UFMT-SINOP; LUÍS HENRIQUE METZ, UFMT-SINOP; MATHEUS AGOSTINHO BALAN, UFMT-SINOP; BÁRBARA THAIS FONSECA, UFMT-SINOP; DIEGO ORTEGA FERNANDES, UFMT-SINOP; MARCOS VINICIUS CHAPLA, UFMT-SINOP.SILVA, J. N. daIKEDA, F. S.CAVALIERI, S. D.LIMA JUNIOR, F. de M.METZ, L. H.BALAN, M. A.FONSECA, B. T.FERNANDES, D. O.CHAPLA, M. V.2022-02-07T18:01:40Z2022-02-07T18:01:40Z2018-03-072017Artigo em anais e proceedingsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionIn: ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAS AGROSSUSTENTÁVEIS; JORNADA CIENTÍFICA DA EMBRAPA AGROSSILVIPASTORIL, 6., 2017, Sinop, MT. Resumos... Sinop, MT: Embrapa Agrossilpastoril, 2017. p. 120-123.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1088752porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2022-02-07T18:01:49Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1088752Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542022-02-07T18:01:49Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false
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