Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ADAIME, R.
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: LIMA, A. L., SOUSA, M. S. M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1089028
Resumo: As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) estão entre as principais pragas da agricultura mundial, causando expressivos prejuízos econômicos. Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os parasitoides (Hymenoptera) têm se destacado, especialmente por sua efetividade. O objetivo deste trabalho é abordar o conhecimento atual sobre os parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, sugerindo formas de maximizar o controle biológico natural. Estão assinaladas na região oito espécies de Braconidae, sendo Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan as mais abundantes e amplamente distribuídas. Também ocorrem três espécies de Figitidae, com predomínio de Aganaspis pelleranoi (Brèthes). Algumas espécies vegetais atuam como multiplicadoras de parasitoides, como Spondias mombin (Anacardiaceae), com índices de parasitismo de até 50% dos pupários de moscas-das-frutas. Outras plantas atuam como reservatório de parasitoides, como Bellucia grossularioides (Melastomataceae) e Geissospermum argenteum (Apocynaceae). Em B. grossularioides é possível obter até 20% de parasitismo, sendo relevante em função de sua elevada abundância e ampla distribuição. Em G. argenteum geralmente há parasitismo inferior a 10%, o que é compensado pelo alto índice de infestação por moscas-das-frutas não consideradas pragas (mais de 1.000 pupários/kg de fruto). Essas espécies vegetais devem ser conservadas em seus ambientes de ocorrência natural para garantir a manutenção da população de parasitoides. Elas também podem ser cultivadas nas bordas dos pomares. Assim, as plantas contribuiriam para a redução das populações das moscas-das-frutas consideradas praga. Estudos básicos ainda precisam ser realizados, por exemplo, fenologia das espécies vegetais nos locais de ocorrência natural, detalhando o período de frutificação, o número de frutos produzidos por planta, a consequente infestação por moscas-das-frutas e o correspondente índice de parasitismo ao longo do ano. Por outro lado, também é necessário realizar levantamentos de parasitoides em localidades pouco amostradas, para que seja possível ampliar o conhecimento sobre esses inimigos naturais.
id EMBR_d40c3eab77942f7a5f7869beec777127
oai_identifier_str oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1089028
network_acronym_str EMBR
network_name_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository_id_str 2154
spelling Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.Opius bellusControle naturalParasitoDefesa vegetalAnastrephaDoryctobracon areolatusAs moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) estão entre as principais pragas da agricultura mundial, causando expressivos prejuízos econômicos. Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os parasitoides (Hymenoptera) têm se destacado, especialmente por sua efetividade. O objetivo deste trabalho é abordar o conhecimento atual sobre os parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, sugerindo formas de maximizar o controle biológico natural. Estão assinaladas na região oito espécies de Braconidae, sendo Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan as mais abundantes e amplamente distribuídas. Também ocorrem três espécies de Figitidae, com predomínio de Aganaspis pelleranoi (Brèthes). Algumas espécies vegetais atuam como multiplicadoras de parasitoides, como Spondias mombin (Anacardiaceae), com índices de parasitismo de até 50% dos pupários de moscas-das-frutas. Outras plantas atuam como reservatório de parasitoides, como Bellucia grossularioides (Melastomataceae) e Geissospermum argenteum (Apocynaceae). Em B. grossularioides é possível obter até 20% de parasitismo, sendo relevante em função de sua elevada abundância e ampla distribuição. Em G. argenteum geralmente há parasitismo inferior a 10%, o que é compensado pelo alto índice de infestação por moscas-das-frutas não consideradas pragas (mais de 1.000 pupários/kg de fruto). Essas espécies vegetais devem ser conservadas em seus ambientes de ocorrência natural para garantir a manutenção da população de parasitoides. Elas também podem ser cultivadas nas bordas dos pomares. Assim, as plantas contribuiriam para a redução das populações das moscas-das-frutas consideradas praga. Estudos básicos ainda precisam ser realizados, por exemplo, fenologia das espécies vegetais nos locais de ocorrência natural, detalhando o período de frutificação, o número de frutos produzidos por planta, a consequente infestação por moscas-das-frutas e o correspondente índice de parasitismo ao longo do ano. Por outro lado, também é necessário realizar levantamentos de parasitoides em localidades pouco amostradas, para que seja possível ampliar o conhecimento sobre esses inimigos naturais.RICARDO ADAIME DA SILVA, CPAF-AP; ADILSON LOPES LIMA, CPAF-AP; MARIA DO SOCORRO MIRANDA DE SOUSA, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical. Unifap.ADAIME, R.LIMA, A. L.SOUSA, M. S. M.2018-03-14T00:34:42Z2018-03-14T00:34:42Z2018-03-1320182019-04-23T11:11:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleInnovations Agronomiques, v. 64, p. 47-59, Fév. 2018.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1089028porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2018-03-14T00:34:48Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1089028Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542018-03-14T00:34:48falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542018-03-14T00:34:48Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false
dc.title.none.fl_str_mv Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
title Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
spellingShingle Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
ADAIME, R.
Opius bellus
Controle natural
Parasito
Defesa vegetal
Anastrepha
Doryctobracon areolatus
title_short Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
title_full Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
title_fullStr Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
title_full_unstemmed Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
title_sort Controle biológico conservativo de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira.
author ADAIME, R.
author_facet ADAIME, R.
LIMA, A. L.
SOUSA, M. S. M.
author_role author
author2 LIMA, A. L.
SOUSA, M. S. M.
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv RICARDO ADAIME DA SILVA, CPAF-AP; ADILSON LOPES LIMA, CPAF-AP; MARIA DO SOCORRO MIRANDA DE SOUSA, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical. Unifap.
dc.contributor.author.fl_str_mv ADAIME, R.
LIMA, A. L.
SOUSA, M. S. M.
dc.subject.por.fl_str_mv Opius bellus
Controle natural
Parasito
Defesa vegetal
Anastrepha
Doryctobracon areolatus
topic Opius bellus
Controle natural
Parasito
Defesa vegetal
Anastrepha
Doryctobracon areolatus
description As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) estão entre as principais pragas da agricultura mundial, causando expressivos prejuízos econômicos. Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os parasitoides (Hymenoptera) têm se destacado, especialmente por sua efetividade. O objetivo deste trabalho é abordar o conhecimento atual sobre os parasitoides de moscas-das-frutas na Amazônia brasileira, sugerindo formas de maximizar o controle biológico natural. Estão assinaladas na região oito espécies de Braconidae, sendo Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e Opius bellus Gahan as mais abundantes e amplamente distribuídas. Também ocorrem três espécies de Figitidae, com predomínio de Aganaspis pelleranoi (Brèthes). Algumas espécies vegetais atuam como multiplicadoras de parasitoides, como Spondias mombin (Anacardiaceae), com índices de parasitismo de até 50% dos pupários de moscas-das-frutas. Outras plantas atuam como reservatório de parasitoides, como Bellucia grossularioides (Melastomataceae) e Geissospermum argenteum (Apocynaceae). Em B. grossularioides é possível obter até 20% de parasitismo, sendo relevante em função de sua elevada abundância e ampla distribuição. Em G. argenteum geralmente há parasitismo inferior a 10%, o que é compensado pelo alto índice de infestação por moscas-das-frutas não consideradas pragas (mais de 1.000 pupários/kg de fruto). Essas espécies vegetais devem ser conservadas em seus ambientes de ocorrência natural para garantir a manutenção da população de parasitoides. Elas também podem ser cultivadas nas bordas dos pomares. Assim, as plantas contribuiriam para a redução das populações das moscas-das-frutas consideradas praga. Estudos básicos ainda precisam ser realizados, por exemplo, fenologia das espécies vegetais nos locais de ocorrência natural, detalhando o período de frutificação, o número de frutos produzidos por planta, a consequente infestação por moscas-das-frutas e o correspondente índice de parasitismo ao longo do ano. Por outro lado, também é necessário realizar levantamentos de parasitoides em localidades pouco amostradas, para que seja possível ampliar o conhecimento sobre esses inimigos naturais.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-03-14T00:34:42Z
2018-03-14T00:34:42Z
2018-03-13
2018
2019-04-23T11:11:11Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Innovations Agronomiques, v. 64, p. 47-59, Fév. 2018.
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1089028
identifier_str_mv Innovations Agronomiques, v. 64, p. 47-59, Fév. 2018.
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1089028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron:EMBRAPA
instname_str Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
collection Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
repository.mail.fl_str_mv cg-riaa@embrapa.br
_version_ 1794503450917076992