Diversidade de isolados brasileiros de Ralstonia solanacearum da biovar 2.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTANA, B. G.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/663869
Resumo: A bactéria de solo Ralstonia solanacearum (Rs), responsável pela murcha bacteriana em diversas espécies hospedeiras, é um complexo específico devido à sua diversidade genética. Historicamente, Rs tem sido classificada em biovares, baseado na utilização de açúcares e álcoois como fonte de carbono, e em raças, baseado na capacidade de infectar diferencialmente espécies hospedeiras. Esses sistemas de classificação, entretanto, não são adequados para explicar toda a variabilidade deste patógeno. Por isso, Fegan e Prior (2005) propuseram uma nova classificação em filotipos com base na região ITS (Intergenic Transcribed Sequence) entre os genes de RNA ribossomal 16S e 23S e sequevares baseados na sequência do gene da enzima endoglucanase . As recentes pesquisas indicam que o filotipo I foi originado na Ásia, o filotipo II nas Américas, o filotipo III originado na África e o filotipo IV na Indonésia. Neste trabalho, foram analisados 60 isolados brasileiros de Ralstonia solanacearum de procedência geográfica variada, a maioria deles associados à cultura da batata. Todos os isolados, pertencentes à coleção da Embrapa Hortaliças, foram confirmados como pertencentes ao complexo específico Ralstonia solanacearum por meio de PCR com primers universais e posteriormente foram confirmados como sendo pertencentes à biovar 2. A classificação em filotipos, realizada por meio de uma PCR multiplex, indicou que todos os isolados apresentaram fragmento amplificado correspondente ao filotipo II, com exceção de um isolado, obtido de pimentão em Brasília (filotipo IV). Esses resultados corroboram a expectativa da prevalência do filotipo II nas Américas. Sequenciamento e análise do gene endoglucanase (egl/0, mostrou que eles pertencem à sequevar 1 e 5 e que a variação entre linhagens de uma mesma região é baixa. Resultados de "fingerprint" de Box-PCR indicam que os isolados brasileiros são agrupados por região onde foram isolados e época de sua ocorrência.
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