Zoneamento agroclimático da heveicultura no Estado de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARIN, F. R.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: BARRETO JÚNIOR, C. E. F.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/9072
Resumo: O zoneamento de aptidão climática considera a escala macroclimática e é instrumento de grande utilidade para o planejamento de investimentos na implantação de novos sistemas de produção e para a indicação dos principais fatores limitantes à atividade em determinada região. A cultura da seringueira (Hevea brasiliensis Muell.Arg.) é de grande importância para a economia brasileira. O Estado de São Paulo é o principal produtor do País e conta com mais de 3000 produtores e produção total de látex em torno de 70000 toneladas por ano. A heveicultura é atividade altamente dependente das condições climáticas, que tanto beneficia ou limita o desenvolvimento e a produção da planta, quanto favorece ou inibe a ocorrência de surto do mal-das-folhas, principal doença da cultura. Segundo CAMARGO (1976), a seringueira se desenvolve melhor e produz mais látex quando a temperatura média anual é igual ou maior que 20ºC. GASPAROTTO (1988) verificou que os folíolos da seringueira têm seu crescimento paralisado quando expostos a temperaturas inferiores a 16ºC. CAMARGO et al. (2003) utilizaram temperatura média anual igual a 18o C como limite inferior para o desenvolvimento da heveicultura, obtendo um mapa de aptidão com boa coerência em relação às áreas produtoras no Estado de São Paulo. Sobre o mal-das-folhas, CAMARGO et al. (1967) diagnosticaram que o Microcyclus ulei (P.Henn) v. Arx, causador da doença, exige temperatura elevada e longos períodos com orvalho sobre as folhas para manifestar-se de forma epidêmica e CAMARGO et al. (1975) enfatizaram que a doença ocorreu apenas em terrenos baixos e mal drenados, expostos por longo tempo a condições úmidas. Mais recentemente, trabalhos de base fisiológica identificaram que a produção de látex envolve grande drenagem de energia metabólica e, por isso, é muito dependente da radiação solar (TUPY, 1989). Para este autor, em uma árvore saudável, o nível de sucrose no látex é um primeiro indicador da atividade metabólica dos laticíferos. Esses níveis foram considerados suficientemente elevados quando a insolação foi de 5,6h.
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