Manejo alimentar de ruminantes em sistemas de base agroecológica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SA, J. L. de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: SA, C. O. de
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/162828
Resumo: Ao longo da história da humanidade, os agricultores desenvolveram estratégias de sobrevivência baseadas no uso sustentável das diversas espécies vegetais e animais. Ainda hoje esse processo é utilizado pela maioria dos agricultores familiares que naturalmente apresentam uma característica de certa forma agroecológica. Porém, em função dos pacotes tecnológicos, a grande maioria não apropriada para o pequeno produtor, se perdeu em parte esta característica. O resgate do conhecimento do pequeno agricultor juntamente com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas para ele é primordial para o equilíbrio no meio rural, sendo que, a agroecologia é uma ciência que se adequa perfeitamente à agricultura familiar (Altieri, 2002). A agroecologia tem sido utilizada no intuito de promover o manejo adequado dos recursos naturais e reduzir os impactos sociais econômicos e ambientais negativos, causados pela mal denominada agricultura moderna. Ela é caracterizada pela biodiversidade, pela preservação das espécies, pelo bem estar animal, pela produção sem agressão da natureza e pela obtenção de um produto livre de agrotóxicos e medicamentos que possam prejudicar a saúde humana (Sundrum, 2001), sendo que, o aporte fundamental da Agroecologia tem uma natureza social, uma vez que se apóia na ação social coletiva de determinados setores da sociedade civil vinculados ao manejo dos recursos naturais, razão pela qual é também, neste sentido, sociológica (Sevilla Guzman, 2002). A agroecologia permite trabalhar diferentes formas de conhecimento onde a perspectiva sociológica tem um papel central. Isso se deve à amplitude do enfoque agroecológico que, desde a propriedade pretende compreender toda a complexidade de processos biológicos, tecnológicos (fundamentalmente durante a produção), socioeconômicos e políticos (basicamente durante a circulação dos bens produzidos até que cheguem ao consumidor), que intervém na transformação de uma semente ou de um animal em um produto de consumo (Caporal e Costabeber, 2000). Já desenvolvimento sustentável, princípio básico da agroecologia, em sua formulação mais ampla, significa a realização de potencialidades socioculturais e econômicas de uma sociedade em perfeita sintonia com o seu ambiente. O desenvolvimento deve respeitar os distintos modos de vida e as diferentes culturas, favorecendo a biodiversidade. Entretanto, o termo desenvolvimento sustentável tem sido utilizado, algumas vezes, como crescimento econômico sem considerar as questões sociais e ambientais (Caporal e Costabeber, 2000). As regiões semi-áridas normalmente destinadas para a produção animal e fortemente relacionadas à agricultura familiar, apresentam características que propiciam o desenvolvimento de atividades seguindo os princípios agroecológicos. Uma das vantagens comparativas do ambiente semi-árido é a salubridade de seu clima com respeito à ocorrência de doenças tanto dos animais como das plantas. A maior parte dos problemas de saúde animal, nesta região, são reflexos diretos ou indiretos de uma alimentação deficiente, agravados pela utilização de genética e manejo inadequados. Portanto, acreditando que dadas as possibilidades científicas, técnicas e organizacionais existentes, há fetivamente, a possibilidade, também na produção agropecuária, do processo de produção ser plenamente realizado pela família produtora, sem implicar necessariamente, em perdas de produtividade ou eficiência (Jones e Bressan, 2000) e que, se somado a isso, for explorada a maior facilidade do controle sanitário no semi-árido, pode-se dizer, que apesar da dificuldade causada pela inconstância das chuvas, a região semi-árida é propícia para o desenvolvimento de sistemas agroecológicos de produção familiar (Carvalho Filho, 2000).
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A agroecologia tem sido utilizada no intuito de promover o manejo adequado dos recursos naturais e reduzir os impactos sociais econômicos e ambientais negativos, causados pela mal denominada agricultura moderna. Ela é caracterizada pela biodiversidade, pela preservação das espécies, pelo bem estar animal, pela produção sem agressão da natureza e pela obtenção de um produto livre de agrotóxicos e medicamentos que possam prejudicar a saúde humana (Sundrum, 2001), sendo que, o aporte fundamental da Agroecologia tem uma natureza social, uma vez que se apóia na ação social coletiva de determinados setores da sociedade civil vinculados ao manejo dos recursos naturais, razão pela qual é também, neste sentido, sociológica (Sevilla Guzman, 2002). A agroecologia permite trabalhar diferentes formas de conhecimento onde a perspectiva sociológica tem um papel central. Isso se deve à amplitude do enfoque agroecológico que, desde a propriedade pretende compreender toda a complexidade de processos biológicos, tecnológicos (fundamentalmente durante a produção), socioeconômicos e políticos (basicamente durante a circulação dos bens produzidos até que cheguem ao consumidor), que intervém na transformação de uma semente ou de um animal em um produto de consumo (Caporal e Costabeber, 2000). Já desenvolvimento sustentável, princípio básico da agroecologia, em sua formulação mais ampla, significa a realização de potencialidades socioculturais e econômicas de uma sociedade em perfeita sintonia com o seu ambiente. O desenvolvimento deve respeitar os distintos modos de vida e as diferentes culturas, favorecendo a biodiversidade. Entretanto, o termo desenvolvimento sustentável tem sido utilizado, algumas vezes, como crescimento econômico sem considerar as questões sociais e ambientais (Caporal e Costabeber, 2000). 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Portanto, acreditando que dadas as possibilidades científicas, técnicas e organizacionais existentes, há fetivamente, a possibilidade, também na produção agropecuária, do processo de produção ser plenamente realizado pela família produtora, sem implicar necessariamente, em perdas de produtividade ou eficiência (Jones e Bressan, 2000) e que, se somado a isso, for explorada a maior facilidade do controle sanitário no semi-árido, pode-se dizer, que apesar da dificuldade causada pela inconstância das chuvas, a região semi-árida é propícia para o desenvolvimento de sistemas agroecológicos de produção familiar (Carvalho Filho, 2000).JOSE LUIZ DE SA, CPATSA; CRISTIANE OTTO DE SA, CPATSA.SA, J. L. deSA, C. 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