Características anatômicas e físico-químicas de frutos de macieira (Malus domestica Borkh.) e sua relação com a lenticelose.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873034 |
Resumo: | A presente proposta teve como objetivo avaliar aspectos anatômicos e físico-químicos em frutos de macieiras (Malus domestica Borkh.), Gala e Galaxy, cultivadas em três diferentes altitudes, buscando correlacioná-las ao distúrbio fisiológico, conhecido por lenticelose (lenticel breakdown), caracterizado pelo escurecimento das lenticelas e ocorrência de depressões de coloração parda ao redor destas estruturas. Os frutos maduros foram colhidos na safra 2008-09, em pomares comerciais localizados em cada uma das três áreas produtoras: Vacaria (RS), Fraiburgo (SC) e São Joaquim (SC), localizadas a 971, 1.048 e 1.353 m de altitude, respectivamente. As avaliações foram realizadas nos frutos maduros recém-colhidos e durante o armazenamento, quando os frutos foram submetidos a duas condições distintas: refrigeração (0ºC e 90% UR) e atmosfera controlada (1,5% O2; 2,5% CO2; 0ºC e 90% UR). Os frutos foram avaliados anatomicamente na colheita e durante o armazenamento quando detectado algum distúrbio fisiológico relacionado às lenticelas. A superfície dos frutos maduros de macieiras Gala e Galaxy, recém-coletados nas três localidades e ao final do armazenamento nas condições estudadas, foram analisadas ao microscópio eletrônico de varredura a fim de comparar a deposição das ceras epicuticulares. Adicionalmente os frutos foram avaliados em intervalos de 30 dias, durante os armazenamentos quanto ao teste de tingimento de lenticelas (número) e aos seguintes atributos de qualidade: cor, firmeza, índice de maturação, teor de sólidos solúveis, acidez titulável e, ou outros distúrbios fisiológicos. Também foi analisada a estrutura anatômica dos frutos de macieiras Gala e Galaxy, coletados em Vacaria (RS), em diferentes fases do desenvolvimento a fim de caracterizar a formação dos diferentes tipos de lenticelas. Não houve diferenças no padrão de formação das lenticelas entre Gala e Galaxy e entre os locais de produção. Nos frutos com o sintoma da lenticelose havia uma depressão na superfície resultante da obliteração de células da epiderme e camadas subepidérmicas, sendo que no parênquima subjacente à depressão havia amplos espaços formados pela lise das células. Nem sempre a área sintomática estava associada à presença da lenticela. Os resultados mostraram que a altitude não interferiu na espessura cuticular nem no padrão de deposição de ceras epicuticulares nos frutos de macieiras Gala e Galaxy. Nos frutos recém-colhidos de Gala e Galaxy foi observada a deposição de ceras na forma de plaquetas paralelas e o mecanismo de rompimento e reparo. Após quatro meses de armazenamento, houve alteração no formato das ceras epicuticulares de plaquetas para aglomerados esféricos ou amorfos nos frutos da Gala e Galaxy provenientes de todas as localidades. As alterações foram mais evidentes na condição de armazenamento em atmosfera controlada. Não houve diferenças significativas entre as duas condições de armazenamento e a manifestação dos sintomas nas macieiras Gala e Galaxy procedentes das três regiões produtoras em relação aos parâmetros físico-químicos analisados. A maior incidência ocorreu em frutos Gala provenientes de São Joaquim (SC) ao final do período de armazenamento. |
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A presente proposta teve como objetivo avaliar aspectos anatômicos e físico-químicos em frutos de macieiras (Malus domestica Borkh.), Gala e Galaxy, cultivadas em três diferentes altitudes, buscando correlacioná-las ao distúrbio fisiológico, conhecido por lenticelose (lenticel breakdown), caracterizado pelo escurecimento das lenticelas e ocorrência de depressões de coloração parda ao redor destas estruturas. Os frutos maduros foram colhidos na safra 2008-09, em pomares comerciais localizados em cada uma das três áreas produtoras: Vacaria (RS), Fraiburgo (SC) e São Joaquim (SC), localizadas a 971, 1.048 e 1.353 m de altitude, respectivamente. As avaliações foram realizadas nos frutos maduros recém-colhidos e durante o armazenamento, quando os frutos foram submetidos a duas condições distintas: refrigeração (0ºC e 90% UR) e atmosfera controlada (1,5% O2; 2,5% CO2; 0ºC e 90% UR). Os frutos foram avaliados anatomicamente na colheita e durante o armazenamento quando detectado algum distúrbio fisiológico relacionado às lenticelas. A superfície dos frutos maduros de macieiras Gala e Galaxy, recém-coletados nas três localidades e ao final do armazenamento nas condições estudadas, foram analisadas ao microscópio eletrônico de varredura a fim de comparar a deposição das ceras epicuticulares. Adicionalmente os frutos foram avaliados em intervalos de 30 dias, durante os armazenamentos quanto ao teste de tingimento de lenticelas (número) e aos seguintes atributos de qualidade: cor, firmeza, índice de maturação, teor de sólidos solúveis, acidez titulável e, ou outros distúrbios fisiológicos. Também foi analisada a estrutura anatômica dos frutos de macieiras Gala e Galaxy, coletados em Vacaria (RS), em diferentes fases do desenvolvimento a fim de caracterizar a formação dos diferentes tipos de lenticelas. Não houve diferenças no padrão de formação das lenticelas entre Gala e Galaxy e entre os locais de produção. Nos frutos com o sintoma da lenticelose havia uma depressão na superfície resultante da obliteração de células da epiderme e camadas subepidérmicas, sendo que no parênquima subjacente à depressão havia amplos espaços formados pela lise das células. Nem sempre a área sintomática estava associada à presença da lenticela. Os resultados mostraram que a altitude não interferiu na espessura cuticular nem no padrão de deposição de ceras epicuticulares nos frutos de macieiras Gala e Galaxy. Nos frutos recém-colhidos de Gala e Galaxy foi observada a deposição de ceras na forma de plaquetas paralelas e o mecanismo de rompimento e reparo. Após quatro meses de armazenamento, houve alteração no formato das ceras epicuticulares de plaquetas para aglomerados esféricos ou amorfos nos frutos da Gala e Galaxy provenientes de todas as localidades. As alterações foram mais evidentes na condição de armazenamento em atmosfera controlada. Não houve diferenças significativas entre as duas condições de armazenamento e a manifestação dos sintomas nas macieiras Gala e Galaxy procedentes das três regiões produtoras em relação aos parâmetros físico-químicos analisados. A maior incidência ocorreu em frutos Gala provenientes de São Joaquim (SC) ao final do período de armazenamento. |
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