Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, M. de J.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1120449
Resumo: Na busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanol ou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso (TSPM) e de caroço de algodão (TCA) pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in natura era de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processo cultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).
id EMBR_f5bc79b77b1e1cf0bfbd5882e12127f2
oai_identifier_str oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1120449
network_acronym_str EMBR
network_name_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository_id_str 2154
spelling Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).AscomicetosTorta de caroço de algodãoTorta semente de pinhão-mansoDestoxificaçãoBasidiomicetosGossipolNa busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanol ou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso (TSPM) e de caroço de algodão (TCA) pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in natura era de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processo cultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Bicombustíveis da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como requisito para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr.a Nísia Andrade Villela D. Pinto. Coorientador: Dr. Félix Gonçalves de Siqueira, pesquisador da Embrapa Agroenergia.Mírian de Jesus Souza, UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI.SOUZA, M. de J.2020-02-20T18:08:58Z2020-02-20T18:08:58Z2020-02-2020192020-04-20T11:11:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis64 p.Brasília, DF, 2019.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1120449porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2020-02-20T18:09:05Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1120449Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542020-02-20T18:09:05Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false
dc.title.none.fl_str_mv Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
title Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
spellingShingle Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
SOUZA, M. de J.
Ascomicetos
Torta de caroço de algodão
Torta semente de pinhão-manso
Destoxificação
Basidiomicetos
Gossipol
title_short Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
title_full Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
title_fullStr Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
title_full_unstemmed Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
title_sort Fungo como agentes destoxificadores de tortas de algodão (Gossypium) e pinhão-manso (Jatropha Curcas L.).
author SOUZA, M. de J.
author_facet SOUZA, M. de J.
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Mírian de Jesus Souza, UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI.
dc.contributor.author.fl_str_mv SOUZA, M. de J.
dc.subject.por.fl_str_mv Ascomicetos
Torta de caroço de algodão
Torta semente de pinhão-manso
Destoxificação
Basidiomicetos
Gossipol
topic Ascomicetos
Torta de caroço de algodão
Torta semente de pinhão-manso
Destoxificação
Basidiomicetos
Gossipol
description Na busca de fontes renováveis de energia destaca-se a produção de biodiesel, bicombustível obtido pelo processo de transesterificação realizada mediante a mistura de óleo vegetal ou gordura animal em metanol ou etanol, na presença de um catalisador. Um dos principais resíduos gerados pela produção de óleos para obtenção de biodiesel é torta, e que apresenta alto potencial para complementação da alimentação animal. Entretanto algumas tortas apresentam compostos tóxicos naturais em sua composição o que limita seu uso. Entre estas tortas temos a de caroço de algodão, que possui em sua formulação gossipol livre e a torta de semente de pinhão-manso que apresenta ésteres de forbol em sua composição que é tóxico para animais e humanos. Diante da limitação para o uso destas tortas devido á presença de compostos tóxicos, o presente estudo tem como objetivo promover a destoxificação de torta de semente de pinhão-manso (TSPM) e de caroço de algodão (TCA) pelo processo de fermentação em estado sólido usando os fungos filamentosos do filo dos ascomicetos (MB 2.1, MB 2.7 e MB 2.13B) e basidiomicetos (EF 41, EF 71 e EF 79). Os fungos filamentosos que apresentaram maior potencial de redução do gossipol livre foram EF 79, com redução do gossipol livre em 86,67%, e MB 2.7 com redução do gossipol livre em 72,80%. O teor de gossipol livre presente na torta in natura era de 8,43 mgg-1, após o processo de fermentação o teor foi reduzido para 1,12mgg-1 com EF 79 e 2,29 mgg-1 com MB 2.7. Dos fungos utilizados no processo de fermentação para a torta de semente de pinhão-manso, após 15 dias de fermentação EF 71 e MB 2.13B reduziram em meia 90% dos ésteres de forbol. O EF 71 promoveu à redução dos 92,02% dos ésteres de forbol e MB 2.13B a redução de 90,46%. O teor dos ésteres na torta in natura era de 1,15 mgg-1, após a fermentação com o fungo EF 71 o teor observado foi de 0,09 mgg-1 e, com o fungo MB2.13B foi de 0,11mgg-1. Após o processo cultivo microbiano foi possível a redução dos compostos tóxicos na torta, como também melhorar sua qualidade nutricional, observado por meio dos resultados de análises bromatológicas. Dessa forma o processo de cultivo estado sólido usando os fungos apresentou-se como uma alternativa viável para agregar valor aos resíduos agroindustriais destinados á alimentação animal, que poderão ser confirmados quando dos ensaios in vivo com adição de tortas pré-tratadas biologicamente pelos fungos insumos para composição de ração de animais (monogástricos ou poligástricos).
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019
2020-02-20T18:08:58Z
2020-02-20T18:08:58Z
2020-02-20
2020-04-20T11:11:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Brasília, DF, 2019.
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1120449
identifier_str_mv Brasília, DF, 2019.
url http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1120449
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 64 p.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron:EMBRAPA
instname_str Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
collection Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
repository.mail.fl_str_mv cg-riaa@embrapa.br
_version_ 1817695587659677696