O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) |
Texto Completo: | https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1586 |
Resumo: | O presente trabalho busca compreender se e de que forma o discurso de critérios diferenciadores entre os gêneros afeta ou não a integração feminina no Exército Brasileiro (EB). A hipótese levantada no trabalho é a de que a integração feminina no Exército Brasileiro está relacionada com a interpretação dos militares sobre as diferenças de gênero. Seus objetivos específicos são: a) discutir as limitações da integração feminina no ambiente castrense do Exército no Brasil, a partir da revisão bibliográfica de produções e autores relevantes ao tema como: Adão (2008, 2010, 2014), Carreiras (2004, 2006, 2018), Janowitz (1967), Moskos (1977, 2000), Segal (1995) e Silva (2008); b) abordar teoricamente as limitações estruturais para o alcance de igualdade e equidade de gênero nos quartéis, através dos autores: Barros (2010, 2018), Bourdieu (1989, 2003), Hirata e Kergoat (2008), e Scott (1988, 2005); c) depreender, a partir de pesquisa de campo, a percepção de militares do EB relativa ao discurso de diferença aplicado a questão de gênero. A pesquisa de campo realizada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e no Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC), baseou-se na aplicação de questionário e entrevistas semi-estruturadas. Seus resultados apontaram para uma relação entre a interpretação de diferenças de gênero e o tipo de instituição militar do ponto de vista de seu grau de convergência com a sociedade. Evidenciaram, também, a tendência de adesão ou abandono de crenças discriminatórias nas áreas psicológica, social e física, simultaneamente, sinalizando a ausência de pesos diferenciados entre elas. Situações de assédio sexual e preconceitos de gênero em geral foram relatadas por participantes de ambos os quartéis, revelando a percepção de um desacordo entre o discurso propagado pela instituição militar e o vivenciado na prática, pelas mulheres entrevistadas. |
id |
ESG_fe8e67395e8db91608c35b8b1338d715 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.esg.br:123456789/1586 |
network_acronym_str |
ESG |
network_name_str |
Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) |
repository_id_str |
|
spelling |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferençaMulher militarExército Brasileiro - Integração militarForças Armadas - BrasilGêneroO presente trabalho busca compreender se e de que forma o discurso de critérios diferenciadores entre os gêneros afeta ou não a integração feminina no Exército Brasileiro (EB). A hipótese levantada no trabalho é a de que a integração feminina no Exército Brasileiro está relacionada com a interpretação dos militares sobre as diferenças de gênero. Seus objetivos específicos são: a) discutir as limitações da integração feminina no ambiente castrense do Exército no Brasil, a partir da revisão bibliográfica de produções e autores relevantes ao tema como: Adão (2008, 2010, 2014), Carreiras (2004, 2006, 2018), Janowitz (1967), Moskos (1977, 2000), Segal (1995) e Silva (2008); b) abordar teoricamente as limitações estruturais para o alcance de igualdade e equidade de gênero nos quartéis, através dos autores: Barros (2010, 2018), Bourdieu (1989, 2003), Hirata e Kergoat (2008), e Scott (1988, 2005); c) depreender, a partir de pesquisa de campo, a percepção de militares do EB relativa ao discurso de diferença aplicado a questão de gênero. A pesquisa de campo realizada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e no Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC), baseou-se na aplicação de questionário e entrevistas semi-estruturadas. Seus resultados apontaram para uma relação entre a interpretação de diferenças de gênero e o tipo de instituição militar do ponto de vista de seu grau de convergência com a sociedade. Evidenciaram, também, a tendência de adesão ou abandono de crenças discriminatórias nas áreas psicológica, social e física, simultaneamente, sinalizando a ausência de pesos diferenciados entre elas. Situações de assédio sexual e preconceitos de gênero em geral foram relatadas por participantes de ambos os quartéis, revelando a percepção de um desacordo entre o discurso propagado pela instituição militar e o vivenciado na prática, pelas mulheres entrevistadas.This master thesis seeks to understand whether and in what way the discourse of differentiating criteria between genders affects or not female integration in the Brazilian Army (BA). The hypothesis raised in the work is that female integration is related to the military's interpretation of gender differences. Its specific objectives are: a) to discuss the limitations of female integration in the military environment of the Army in Brazil, based on the bibliographic review of productions and authors relevant to the theme such as: Adão (2008, 2010, 2014), Carreiras (2004, 2006, 2018), Janowitz (1967), Moskos (1977, 2000), Segal (1995) and Silva (2008); b) theoretically address the structural limitations for achieving gender equality and equity in barracks, through the authors: Barros (2010, 2018), Bourdieu (1989, 2003), Hirata and Kergoat (2008), and Scott (1988, 2005 ); c) to understand, based on field research, the perception of military personnel in the BA regarding the discourse of difference applied to gender. The field research carried out at the Army Command and General Staff School (ECEME) and at the Center for Personnel Studies and Fort Duque de Caxias (CEP / FDC), was based on the application of a questionnaire and semi-structured interviews. Their results pointed to a relationship between the interpretation of gender differences and the type of military institution in terms of their degree of convergence with society. They also evidenced the tendency to adhere or abandon discriminatory beliefs in the psychological, social and physical areas, simultaneously, signaling the absence of differentiated weights between them. Situations of sexual harassment and gender bias in general were reported by participants from both barracks, revealing the perception of a disagreement between the discourse propagated by the military institution and that experienced in practice, by the women interviewed.Escola Superior de GuerraPrograma de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID)Costa, Lara Denise Góes daResende, Stella Maria Vargas2023-01-11T23:42:32Z2023-01-11T23:42:32Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.esg.br/handle/123456789/1586porreponame:Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG)instname:Escola Superior de Guerra (ESG)instacron:ESGinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-01-12T09:25:17Zoai:repositorio.esg.br:123456789/1586Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.esg.brpatricia.ajus@esg.bropendoar:2023-01-12T09:25:17Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) - Escola Superior de Guerra (ESG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
title |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
spellingShingle |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença Resende, Stella Maria Vargas Mulher militar Exército Brasileiro - Integração militar Forças Armadas - Brasil Gênero |
title_short |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
title_full |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
title_fullStr |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
title_full_unstemmed |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
title_sort |
O que é ser diferente? A integração feminina no Exército Brasileiro à luz do discurso da diferença |
author |
Resende, Stella Maria Vargas |
author_facet |
Resende, Stella Maria Vargas |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Costa, Lara Denise Góes da |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Resende, Stella Maria Vargas |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mulher militar Exército Brasileiro - Integração militar Forças Armadas - Brasil Gênero |
topic |
Mulher militar Exército Brasileiro - Integração militar Forças Armadas - Brasil Gênero |
description |
O presente trabalho busca compreender se e de que forma o discurso de critérios diferenciadores entre os gêneros afeta ou não a integração feminina no Exército Brasileiro (EB). A hipótese levantada no trabalho é a de que a integração feminina no Exército Brasileiro está relacionada com a interpretação dos militares sobre as diferenças de gênero. Seus objetivos específicos são: a) discutir as limitações da integração feminina no ambiente castrense do Exército no Brasil, a partir da revisão bibliográfica de produções e autores relevantes ao tema como: Adão (2008, 2010, 2014), Carreiras (2004, 2006, 2018), Janowitz (1967), Moskos (1977, 2000), Segal (1995) e Silva (2008); b) abordar teoricamente as limitações estruturais para o alcance de igualdade e equidade de gênero nos quartéis, através dos autores: Barros (2010, 2018), Bourdieu (1989, 2003), Hirata e Kergoat (2008), e Scott (1988, 2005); c) depreender, a partir de pesquisa de campo, a percepção de militares do EB relativa ao discurso de diferença aplicado a questão de gênero. A pesquisa de campo realizada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e no Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC), baseou-se na aplicação de questionário e entrevistas semi-estruturadas. Seus resultados apontaram para uma relação entre a interpretação de diferenças de gênero e o tipo de instituição militar do ponto de vista de seu grau de convergência com a sociedade. Evidenciaram, também, a tendência de adesão ou abandono de crenças discriminatórias nas áreas psicológica, social e física, simultaneamente, sinalizando a ausência de pesos diferenciados entre elas. Situações de assédio sexual e preconceitos de gênero em geral foram relatadas por participantes de ambos os quartéis, revelando a percepção de um desacordo entre o discurso propagado pela instituição militar e o vivenciado na prática, pelas mulheres entrevistadas. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021 2023-01-11T23:42:32Z 2023-01-11T23:42:32Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1586 |
url |
https://repositorio.esg.br/handle/123456789/1586 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Escola Superior de Guerra Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID) |
publisher.none.fl_str_mv |
Escola Superior de Guerra Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) instname:Escola Superior de Guerra (ESG) instacron:ESG |
instname_str |
Escola Superior de Guerra (ESG) |
instacron_str |
ESG |
institution |
ESG |
reponame_str |
Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) |
collection |
Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Escola Superior de Guerra (ESG) - Escola Superior de Guerra (ESG) |
repository.mail.fl_str_mv |
patricia.ajus@esg.br |
_version_ |
1814817832497577984 |