EPISCOPAL NO VATICANO II O CONCÍLIO CONVIDA-NOS A RESGATAR UM DADO FUNDAMENTAL DA TRADIÇÃO ECLESIAL

• Autor(a) principal: Barros, Paulo César
• Data de Publicação: 2005
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Perspectiva Teológica (Online)
• DOI: 10.20911/21768757v37n102p199/2005
• Texto Completo: https://www.faje.edu.br/periodicos/index.php/perspectiva/article/view/392
• topic: Vaticano II; colegialidade; episcopado; papado; comunhão.

A colegialidade episcopal constitui um dos mais importantes temas eclesiológicos do Concílio Vaticano II. Com o intuito de fazer contrapeso ao ensinamento do Concílio Vaticano I sobre o ministério petrino, os Padres conciliares, no Vaticano II, acentuaram o valor no episcopado e explicitaram a forma colegial como aquela própria do governo eclesiástico. É de se lamentar, contudo, que os caminhos abertos pelo Vaticano II em termos de colegialidade episcopal não tenham sido ainda trilhados, o que traria frutos para a vida eclesial como um todo, e para o progresso do ecumenismo em particular. Já passados quarenta anos da conclusão do Vaticano II, as Conferências Episcopais não gozam da autonomia que mereceriam enquanto lugar natural de se praticar a colegialidade, e o Sínodo dos Bispos, por seu turno, não se tem mostrado como instrumento apto a promover uma maior comunhão entre os prelados e, conseqüentemente, entre as Igrejas locais.ABSTRACT: Episcopal collegiality constitutes one of the most important ecclesiological themes of Vatican II. In order to counterbalance Vatican I teachings on the Petrine ministry, during the Vatican II the conciliar Fathers emphasized the camvalue of the episcopacy and the collegiality as the way of ecclesiastical government. It is regrettable, however, that the ways opened by the Vatican II in terms of Episcopal collegiality have not been trod yet. This would have bore fruits to the ecclesial life as a whole, and to the progress of ecumenism in particular. It has been forty years since the Vatican II conclusion and the Episcopal Conferences do not enjoy the autonomy they would deserve as natural place of practicing the collegiality. Similarly, the Synod of Bishops has not been working as an apt instrument to promote a greater communion among the prelates and, consequently, among the local Churches.