Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa,Bernadete Maria de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Nascimento,Ana Elisa Resgalla do, Gomides,Samuel Campos, Rios,Celso Henrique Varela, Hudson,Alexandre de Assis, Novelli,Iara Alves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biota Neotropica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032010000200016
Resumo: Os dados sobre a fauna reptiliana em Minas Gerais são pontuais e revelam carência de informações sobre esse grupo, principalmente em regiões de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. A área do estudo está situada no município de Ritápolis (21° 01' 37.07" S e 44° 19' 11.84" O), microrregião Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Pretendeu-se com a presente pesquisa conhecer a composição da fauna de répteis local. As observações, capturas e coletas foram realizadas quinzenalmente, durante dois dias consecutivos, de agosto de 2005 a julho de 2006. As capturas foram realizadas por meio de armadilhas de interceptação e queda, distribuídas em oito sítios, sendo quatro em área de mata de galeria e quatro em área aberta, perfazendo um esforço amostral de 6.912 horas-balde. Foi também realizada procura ativa e encontros ocasionais com registros fotográficos dos espécimes, e, no caso de serpentes, alguns exemplares foram entregues por terceiros quando encontradas mortos. Registrou-se a presença de 31 espécies de répteis, sendo duas espécies de cágados, nove de lagartos, duas de anfisbenas e 18 de serpentes. Apenas os lagartos Cercosaura ocellata, Enyalius bilineatus e Tupinambis merianae e as serpentes Leptodeira annulata e Apostolepis assimilis foram capturados nas armadilhas de queda. Os lagartos mais comuns foram Ameiva ameiva e Mabuya frenata, e as serpentes mais abundantes foram Oxyrhophus guibei e Sibynomorphus mikanii. Os lagartos estão bem representados na área, com espécies típicas de mata, como Enyalius bilineatus, e de áreas aberta de cerrado, como Ameiva ameiva e Mabuya frenata. A fauna de serpentes possui representantes típicos de áreas abertas do Cerrado, como O. guibei e Micrurus frontalis, e de regiões florestadas, como Liophis poecilogyrus e Philodryas olfersii. A diversidade de espécies de répteis e o registro prévio de Amphisbaena dubia e Hydromedusa tectifera para o Estado de Minas Gerais indicam a grande potencialidade do Campo das Vertentes em revelar a ocorrência de espécies novas ou a ampliação na distribuição de outras.
id FAPESP-1_0071ad5ca18b2605a77aaff300652109
oai_identifier_str oai:scielo:S1676-06032010000200016
network_acronym_str FAPESP-1
network_name_str Biota Neotropica
repository_id_str
spelling Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do BrasilTestudinesSquamataRitápolisCerradoMata AtlânticaOs dados sobre a fauna reptiliana em Minas Gerais são pontuais e revelam carência de informações sobre esse grupo, principalmente em regiões de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. A área do estudo está situada no município de Ritápolis (21° 01' 37.07" S e 44° 19' 11.84" O), microrregião Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Pretendeu-se com a presente pesquisa conhecer a composição da fauna de répteis local. As observações, capturas e coletas foram realizadas quinzenalmente, durante dois dias consecutivos, de agosto de 2005 a julho de 2006. As capturas foram realizadas por meio de armadilhas de interceptação e queda, distribuídas em oito sítios, sendo quatro em área de mata de galeria e quatro em área aberta, perfazendo um esforço amostral de 6.912 horas-balde. Foi também realizada procura ativa e encontros ocasionais com registros fotográficos dos espécimes, e, no caso de serpentes, alguns exemplares foram entregues por terceiros quando encontradas mortos. Registrou-se a presença de 31 espécies de répteis, sendo duas espécies de cágados, nove de lagartos, duas de anfisbenas e 18 de serpentes. Apenas os lagartos Cercosaura ocellata, Enyalius bilineatus e Tupinambis merianae e as serpentes Leptodeira annulata e Apostolepis assimilis foram capturados nas armadilhas de queda. Os lagartos mais comuns foram Ameiva ameiva e Mabuya frenata, e as serpentes mais abundantes foram Oxyrhophus guibei e Sibynomorphus mikanii. Os lagartos estão bem representados na área, com espécies típicas de mata, como Enyalius bilineatus, e de áreas aberta de cerrado, como Ameiva ameiva e Mabuya frenata. A fauna de serpentes possui representantes típicos de áreas abertas do Cerrado, como O. guibei e Micrurus frontalis, e de regiões florestadas, como Liophis poecilogyrus e Philodryas olfersii. A diversidade de espécies de répteis e o registro prévio de Amphisbaena dubia e Hydromedusa tectifera para o Estado de Minas Gerais indicam a grande potencialidade do Campo das Vertentes em revelar a ocorrência de espécies novas ou a ampliação na distribuição de outras.Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP2010-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032010000200016Biota Neotropica v.10 n.2 2010reponame:Biota Neotropicainstname:Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)instacron:BIOTA - FAPESP10.1590/S1676-06032010000200016info:eu-repo/semantics/openAccessSousa,Bernadete Maria deNascimento,Ana Elisa Resgalla doGomides,Samuel CamposRios,Celso Henrique VarelaHudson,Alexandre de AssisNovelli,Iara Alvespor2011-07-29T00:00:00Zoai:scielo:S1676-06032010000200016Revistahttps://www.biotaneotropica.org.br/v20n1/pt/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||juliosa@unifap.br1676-06111676-0611opendoar:2011-07-29T00:00Biota Neotropica - Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
title Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
spellingShingle Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
Sousa,Bernadete Maria de
Testudines
Squamata
Ritápolis
Cerrado
Mata Atlântica
title_short Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
title_full Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
title_fullStr Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
title_full_unstemmed Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
title_sort Répteis em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil
author Sousa,Bernadete Maria de
author_facet Sousa,Bernadete Maria de
Nascimento,Ana Elisa Resgalla do
Gomides,Samuel Campos
Rios,Celso Henrique Varela
Hudson,Alexandre de Assis
Novelli,Iara Alves
author_role author
author2 Nascimento,Ana Elisa Resgalla do
Gomides,Samuel Campos
Rios,Celso Henrique Varela
Hudson,Alexandre de Assis
Novelli,Iara Alves
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sousa,Bernadete Maria de
Nascimento,Ana Elisa Resgalla do
Gomides,Samuel Campos
Rios,Celso Henrique Varela
Hudson,Alexandre de Assis
Novelli,Iara Alves
dc.subject.por.fl_str_mv Testudines
Squamata
Ritápolis
Cerrado
Mata Atlântica
topic Testudines
Squamata
Ritápolis
Cerrado
Mata Atlântica
description Os dados sobre a fauna reptiliana em Minas Gerais são pontuais e revelam carência de informações sobre esse grupo, principalmente em regiões de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. A área do estudo está situada no município de Ritápolis (21° 01' 37.07" S e 44° 19' 11.84" O), microrregião Campo das Vertentes, Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Pretendeu-se com a presente pesquisa conhecer a composição da fauna de répteis local. As observações, capturas e coletas foram realizadas quinzenalmente, durante dois dias consecutivos, de agosto de 2005 a julho de 2006. As capturas foram realizadas por meio de armadilhas de interceptação e queda, distribuídas em oito sítios, sendo quatro em área de mata de galeria e quatro em área aberta, perfazendo um esforço amostral de 6.912 horas-balde. Foi também realizada procura ativa e encontros ocasionais com registros fotográficos dos espécimes, e, no caso de serpentes, alguns exemplares foram entregues por terceiros quando encontradas mortos. Registrou-se a presença de 31 espécies de répteis, sendo duas espécies de cágados, nove de lagartos, duas de anfisbenas e 18 de serpentes. Apenas os lagartos Cercosaura ocellata, Enyalius bilineatus e Tupinambis merianae e as serpentes Leptodeira annulata e Apostolepis assimilis foram capturados nas armadilhas de queda. Os lagartos mais comuns foram Ameiva ameiva e Mabuya frenata, e as serpentes mais abundantes foram Oxyrhophus guibei e Sibynomorphus mikanii. Os lagartos estão bem representados na área, com espécies típicas de mata, como Enyalius bilineatus, e de áreas aberta de cerrado, como Ameiva ameiva e Mabuya frenata. A fauna de serpentes possui representantes típicos de áreas abertas do Cerrado, como O. guibei e Micrurus frontalis, e de regiões florestadas, como Liophis poecilogyrus e Philodryas olfersii. A diversidade de espécies de répteis e o registro prévio de Amphisbaena dubia e Hydromedusa tectifera para o Estado de Minas Gerais indicam a grande potencialidade do Campo das Vertentes em revelar a ocorrência de espécies novas ou a ampliação na distribuição de outras.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032010000200016
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032010000200016
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1676-06032010000200016
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP
publisher.none.fl_str_mv Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP
dc.source.none.fl_str_mv Biota Neotropica v.10 n.2 2010
reponame:Biota Neotropica
instname:Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)
instacron:BIOTA - FAPESP
instname_str Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)
instacron_str BIOTA - FAPESP
institution BIOTA - FAPESP
reponame_str Biota Neotropica
collection Biota Neotropica
repository.name.fl_str_mv Biota Neotropica - Instituto Virtual da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP)
repository.mail.fl_str_mv ||juliosa@unifap.br
_version_ 1754575897243942912