Levantamento da ictiofauna da Floresta Nacional de Canela, na região superior da bacia hidrográfica do Rio Caí, Rio Grande do Sul, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biota Neotropica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032009000200021 |
Resumo: | Neste trabalho são apresentados dados referentes a um inventário da fauna de peixes da Floresta Nacional de Canela, uma Unidade de Conservação Federal localizada no trecho superior da bacia hidrográfica do Rio Caí, em elevadas altitudes da Serra Geral do Rio Grande do Sul. Foram amostrados nove pontos de coleta em diversos ambientes aquáticos, incluindo um banhado, açudes e arroios, situados tanto no interior quanto no entorno da unidade. Para a captura dos exemplares utilizou-se puçá, picaré, linhas de pesca, redes de emalhar e armadilhas do tipo covo. Ao total, foram encontradas 20 espécies pertencentes a 10 famílias e 6 ordens. Hyphessobrycon luetkenii teve distribuição mais ampla, ocorrendo em quase todos os pontos amostrados, enquanto Callichthys callichthys foi registrado somente em um ponto. Nos açudes, a ordem Perciformes foi a mais representativa, seguida por Cypriniformes e Characiformes. Esses ambientes caracterizaram-se pela predominância da família Cichlidae (Perciformes), cuja maioria das espécies Neotropicais tem preferência por ambientes de água parada. Com distribuição restrita aos açudes, destaca-se a ocorrência de 4 espécies exóticas introduzidas (Ctenopharingodon idella, Cyprinus carpio, Hypophthalmichthys molitrix e Micropterus salmoides). Para os arroios, foi observado maior riqueza específica de Characiformes e Siluriformes de pequeno porte, padrão já encontrado em muitos estudos nos riachos sul-americanos. Destaca-se a presença de espécies com "status" taxonômico indefinido, tais como Trichomycterus sp. e Astyanax aff. scabripinnis, reforçando a importância dos levantamentos em riachos nas cabeceiras de rios do Rio Grande do Sul, para a obtenção de informações que subsidiem medidas de conservação desses ambientes. Embora as espécies exóticas tenham sido registradas apenas em açudes, recomenda-se a erradicação destas da unidade de conservação, em função das ameaças que podem representar à ictiofauna nativa e aos demais ecossistemas aquáticos da região. |
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