Diatomáceas (Bacillariophyta) marinhas e estuarinas do Paraná, Sul do Brasil: lista de espécies com ênfase em espécies nocivas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Procopiak,Leticia Knechtel
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Fernandes,Luciano Felício, Moreira-Filho,Hermes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biota Neotropica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032006000300013
Resumo: As listagens de espécies são importantes para conhecer a biodiversidade local. Se as espécies são nocivas e/ou exóticas, elas podem causar danos ambientais. O levantamento da biota aquática de regiões portuárias é valioso para informar quais as espécies de alto risco estão presentes na água (espécies exóticas e/ou nocivas). As espécies podem ser capturadas quando os navios estão atracados nos portos do Paraná durante a tomada de lastro. Então, estas espécies podem ser transferidas para o próximo porto onde será realizado o deslastro, iniciando-se o processo de invasão biológica. Neste artigo as diatomáceas marinhas e estuarinas do Paraná foram listadas com base em trabalhos publicados desde 1918 e nos resultados do projeto ALARME (Água de Lastro: Análise de Risco, Plano de Manejo Ambiental e Monitoramento de Espécies Exóticas no Porto de Paranaguá, Paraná) no Complexo Estuarino de Paranaguá. Um total de 789 táxons específicos foram registrados, distribuídos em 167 gêneros. Destes, 575 táxons específicos, distribuídos em 152 gêneros, foram registrados para o Complexo Estuarino de Paranaguá. Algumas destas espécies são consideradas potencialmente nocivas, por sua produção de toxinas, como Amphora coffaeformis e Pseudo-nitzschia spp. Outras possuem efeitos nocivos por causarem anoxia devido ao excesso de biomassa que é decomposta por bactérias em períodos de florações. Além disso, pode ocorrer consumo excessivo de oxigênio pelas algas durante a respiração. Estas espécies são Asterionellopsis glacialis, Cerataulina pelagica, Coscinodiscus spp., Cylindrotheca closterium, Leptocylindrus spp. e Skeletonema costatum. Além destas, Chaetoceros spp. possuem setas que danificam as brânquias de peixes, causando massiva mortandade destes em algumas regiões. Algumas espécies encontradas nas amostras do projeto ALARME são novos registros para a costa do Paraná como Bellerochea horologicales, Biremis circumtexta, Gyrosigma macrum, Licmophora remulus, Nitzschia behrei Pseudo-nitzschia calliantha, P. multisseries e Thalassiosira subtilis var. máxima.
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