Checklist da classe appendicularia (Chordata: Tunicata) do Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vega-Pérez,Luz Amelia
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Campos,Meiri Aparecida Gurgel de, Schinke,Katya Patrícia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biota Neotropica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032011000500037
Resumo: Os tunicados da classe Appendicularia são organismos pelágicos, exclusivamente marinhos, caracterizados pela ausência da cavidade branquial e da cloaca, bem como pela retenção de notocorda e cauda muscular no estágio adulto. O corpo, delicado e transparente, é formado pelo tronco que raramente excede os 5 mm e pela cauda, várias vezes mais longa que o tronco. São hermafroditas protândricos, exceção feita à espécie Oikopleura dioica, que na época da reprodução lançam os gametas na água onde ocorre a fecundação. Os apendiculários se alimentam basicamente de pico-nanoplâncton, bem como de pequenas diatomáceas, vírus, bactérias e material coloidal. Durante a alimentação utilizam a casa ou "house", secretada pelo epitélio glandular do tronco, que possui filtros internos para concentrar as partículas antes de serem selecionadas e ingeridas. Na teia alimentar marina, são elo importante entre o pico-nanoplâncton e os níveis tróficos superiores já que servem de alimento para os outros componentes do zooplâncton, incluindo peixes de interesse comercial. Sua elevada taxa de fecundidade e de crescimento, aliada à capacidade de produzir quantidades significativas de matéria orgânica representada pela casas descartadas e pelotas fecais, os tornam peça fundamental no fluxo de energia. A neve marinha produzida por estes organismos, representa uma importante fonte de carbono para as camadas mais profundas. Os apendiculários são encontrados em todas as regiões neríticas e oceânicas do mundo, sendo mais abundantes na camada dos 100 a 200 m, embora algumas espécies habitem as regiões meso e batipelágicas. A maior diversidade de espécies foi registrada em águas quentes. Das 82 espécies identificadas até o momento em todo o mundo, 43 foram citadas para o Oceano Atlântico Sul, 29 para as águas brasileiras e 20 espéies para o Estado de São Paulo.
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