Construção da fronteira da intimidade: a humilhação e a vergonha na educação moral
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Data de Publicação: | 1992 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
Texto Completo: | https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/982 |
Resumo: | O presente artigo busca definir um campo de pesquisa sobre a "fronteira moral da intimidade", na interseção do estudo das condutas humanas a respeito do falar-de-si ou calar-sobre-si com o do juízo moral que regula essas condutas. O texto apóia-se em pesquisa sobre o tema da confissão do delito, uma das formas normatizadas do falar-de-si. Foram feitas entrevistas clínicas com 70 crianças, de 6 a 14 anos, sobre um dilema envolvendo punição em situação escolar. Os dados mostram que, a partir dos 8 anos de idade, a confissão pública polariza os juízos das crianças, que a consideram a punição mais penosa; as opiniões se dividem no que tange à correção moral desta forma de castigo. Discutem-se também decorrências pedagógicas, mostrando que causar vergonha é um efeito inevitável em toda punição, mas que sua prática, através de humilhação explícita ou pública, pode trazer efeitos danosos ao desenvolvimento das crianças menores. |
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