Concepções sobre o papel da mulher no trabalho, na política e na família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1975 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas. Online) |
Texto Completo: | https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/1815 |
Resumo: | A pesquisa se propôs a analisar o conteúdo discriminativo ou não das concepções descritivas e normativas acerca do papel da mulher na família, na política e no trabalho, bem como alguns de seus determinantes. Os sujeitos constituíram uma amostra de 582 vestibulandos de ambos os sexos que,em 1968, se preparavam para ingressar na Universidade. Eles representavam 6% da totalidade dos alunos de 31 "cursinhos vestibulares" em funcionamento na cidade de São Paulo. O instrumento aplicado foi um questionário com 59 itens. As estatísticas empregadas para análise e interpretação dos dados incluíram o teste de qui-quadrado, além de "cluster analysis". Os resultados permitiram afirmar que: a) as concepções descritivas acerca do papel de mulher, mantidas por nossos vestibulandos são predominantemente tradicionais ("aprioristas"); b) as concepções normativas são predominantemente tradicionais no que respeita ao papel profissional da mulher e modernas (não discriminativas) no que respeita ao papel familiar e político; c) há uma relação entre concepções normativas acerca do papel profissional e político da mulher; d) sexo e origem socioeconômica foram as variáveis mais significativamente associadas às concepções do papel social da mulher. As mulheres mostraram-se consistentemente mais "modernas" que os homens. À medida que se passou do nível socioeconômico alto ao baixo, diminuiu a proporção de respostas "modernas", na amostra global. Tais resultados apontam a necessidade de programas educacionais capazes de modificar e impedir a reprodução de concepções discriminativas do papel feminino já que estas podem funcionar como obstáculos ideológicos a uma política de desmarginalização sócio-econômica e cultural da mulher brasileira. |
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