Sintomas do trato urinário inferior e sexualidade: uma revisão
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (Online) |
Texto Completo: | http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/339 |
Resumo: | Introdução: A disfunção sexual pode ser entendida como síndrome clínica, transitória ou permanente, caracterizada por queixas ou sintomas sexuais que resultam em insatisfação sexual. Apresenta elevada taxa de prevalência na população, tendendo a aumentar conforme a idade, sendo considerada importante problema de saúde da mulher. Seu diagnóstico é de suma relevância, uma vez que interfere na qualidade de vida, muitas vezes associada a questões de saúde geral, como a incontinência urinária (IU). O quanto esta interfere na saúde sexual é assunto que ainda merece a atenção dos pesquisadores, o que nos motivou ao desenvolvimento dessa revisão científica. Objetivo: Revisamos a literatura a respeito do impacto da IU sobre a sexualidade feminina por meio de pesquisa na base de dados PubMed, sem restrição de data, incluindo todos os artigos nas línguas inglês, português e espanhol. As palavras-chave utilizadas foram urinary incontinece, sexual dysfunction, quality of life, coital incontinence e sexuality. Resultados e Discussão: A perda urinária durante o ato sexual tem grande influência na qualidade de vida sexual das mulheres. A prevalência desse problema é considerável, variando entre 10,6% e 36,2% das pacientes incontinentes. A presença de incontinência coital foi associada com pior escore de qualidade de vida em relação í s mulheres incontinentes que não apresentam perda í relação sexual. As disfunções sexuais, nessa situação, podem ocorrer devido ao efeito psicológico sobre a paciente, que passa a adotar estratégias diversas para lidar com o problema. As principais medidas são a tentativa de omitir o problema e a diminuição da frequência da atividade sexual. A relação entre a perda urinária no ato sexual e o tipo de incontinência da paciente ainda é assunto controverso. Alguns estudos afirmam que a perda é mais comum entre as pacientes com incontinência por bexiga hiperativa e outros entre aquelas com incontinência urinária de esforço (IUE). Com relação ao tratamento, há autores que encontraram piora significativa da função sexual após o procedimento cirúrgico enquanto outros evidenciam piora em apenas 14% das pacientes. Ao comparar os tipos de procedimentos cirúrgicos, constatou-se que a cirurgia de Burch resulta em piora mais importante na função sexual do que as cirurgias de "Sling" e faixas sub-uretrais. Conclusões: Estudos sobre o impacto da IU na sexualidade feminina são escassos na literatura e importantes contribuições para o desenvolvimento de conhecimento e pesquisa. Pudemos nesta revisão concluir que a IU prejudica a sexualidade feminina em diversos aspectos, principalmente psicossociais, que culminam com a piora na qualidade do ato sexual e menor frequência de relações sexuais nas mulheres afetadas.Descritores: Sexualidade, Incontinência urinária, Disfunção sexual fisiológica, Disfunções sexuais psicogênicas, Qualidade de vida |
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