Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves,Aline Valadão Britto
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Thuler,Luiz Claudio Santos, Kestelman,Fabíola Procaci, Carmo,Pedro Aurélio Ormonde do, Lima,Carlos Frederico de Freitas, Cipolotti,Rosana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011000700002
Resumo: OBJETIVO: Determinar o grau de subestimação de core biopsy, guiada por imagem, de lesões impalpáveis da mama subsequentemente submetidas à exérese cirúrgica. MÉTODOS: Foram revisados retrospectivamente 352 casos com biópsias de fragmento que foram submetidos à cirurgia entre fevereiro de 2000 e dezembro de 2005, cujo laudo histopatológico estava registrado no sistema interno de informação. Os resultados foram comparados com os da cirurgia e a taxa de subestimação foi calculada dividindo-se o número de carcinoma in situ e/ou invasivo à cirurgia pelo número de lesões de alto risco ou carcinoma in situ que foram submetidas à cirurgia. O grau de concordância entre os resultados foi obtido pelo percentual de concordância e pelo coeficiente kappa de Cohen. A associação das variáveis estudadas com a subestimação do diagnóstico foi verificada pelos testes do c2 exato de Fisher, ANOVA e Mann-Whitney U. O risco de subestimação foi medido por meio do risco relativo acompanhado dos respectivos intervalos com 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: Core biopsy foi inconclusiva em 15,6%. O laudo histopatológico foi benigno em 26,4%, sugestivo de lesão de alto risco em 12,8% e maligno em 45,2%. A concordância entre a core biopsy e a cirurgia foi de 82,1% (kappa=0,75). A taxa de falso negativo foi de 5,4% e a lesão foi completamente removida em 3,4%. A taxa de subestimação foi de 9,1% e esteve associada com BI-RADS® categoria 5 (p=0,01), microcalcificações (p < 0,001) e estereotaxia (p= 0,002). Todos os casos subestimados apresentavam diâmetro menor que 20 mm e em todos foram retirados pelo menos cinco fragmentos. A taxa de subestimação para lesões de alto risco foi de 31,1%, 41,2%, para hiperplasia ductal atípica, 31,2% para lesões papilíferas, 16,7% para tumor filóides e 41,9% para carcinoma ductal in situ. CONCLUSÕES: Core biopsy guiada por imagem é um procedimento confiável, contudo permanece a recomendação de ressecção cirúrgica de lesões de alto risco detectadas à biópsia de fragmento já que não foi possível estabelecer características clínicas, imaginológicas, do procedimento e patológicas que pudessem predizer subestimação e evitar a cirurgia. Amostras representativas da lesão são mais importantes que o número de fragmentos.
id FEBRASGO-1_0a2820c9d291dd4e6da5e30cfdcfb522
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032011000700002
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mamaNeoplasias da mama/cirurgiaNeoplasias da mama/patologiaNeoplasias da mama/ultrassonografiaNeoplasias da mama/radiografiaBiopsia por agulha/métodosOBJETIVO: Determinar o grau de subestimação de core biopsy, guiada por imagem, de lesões impalpáveis da mama subsequentemente submetidas à exérese cirúrgica. MÉTODOS: Foram revisados retrospectivamente 352 casos com biópsias de fragmento que foram submetidos à cirurgia entre fevereiro de 2000 e dezembro de 2005, cujo laudo histopatológico estava registrado no sistema interno de informação. Os resultados foram comparados com os da cirurgia e a taxa de subestimação foi calculada dividindo-se o número de carcinoma in situ e/ou invasivo à cirurgia pelo número de lesões de alto risco ou carcinoma in situ que foram submetidas à cirurgia. O grau de concordância entre os resultados foi obtido pelo percentual de concordância e pelo coeficiente kappa de Cohen. A associação das variáveis estudadas com a subestimação do diagnóstico foi verificada pelos testes do c2 exato de Fisher, ANOVA e Mann-Whitney U. O risco de subestimação foi medido por meio do risco relativo acompanhado dos respectivos intervalos com 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: Core biopsy foi inconclusiva em 15,6%. O laudo histopatológico foi benigno em 26,4%, sugestivo de lesão de alto risco em 12,8% e maligno em 45,2%. A concordância entre a core biopsy e a cirurgia foi de 82,1% (kappa=0,75). A taxa de falso negativo foi de 5,4% e a lesão foi completamente removida em 3,4%. A taxa de subestimação foi de 9,1% e esteve associada com BI-RADS® categoria 5 (p=0,01), microcalcificações (p < 0,001) e estereotaxia (p= 0,002). Todos os casos subestimados apresentavam diâmetro menor que 20 mm e em todos foram retirados pelo menos cinco fragmentos. A taxa de subestimação para lesões de alto risco foi de 31,1%, 41,2%, para hiperplasia ductal atípica, 31,2% para lesões papilíferas, 16,7% para tumor filóides e 41,9% para carcinoma ductal in situ. CONCLUSÕES: Core biopsy guiada por imagem é um procedimento confiável, contudo permanece a recomendação de ressecção cirúrgica de lesões de alto risco detectadas à biópsia de fragmento já que não foi possível estabelecer características clínicas, imaginológicas, do procedimento e patológicas que pudessem predizer subestimação e evitar a cirurgia. Amostras representativas da lesão são mais importantes que o número de fragmentos.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2011-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011000700002Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.33 n.7 2011reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032011000700002info:eu-repo/semantics/openAccessGonçalves,Aline Valadão BrittoThuler,Luiz Claudio SantosKestelman,Fabíola ProcaciCarmo,Pedro Aurélio Ormonde doLima,Carlos Frederico de FreitasCipolotti,Rosanapor2011-10-11T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032011000700002Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2011-10-11T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
title Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
spellingShingle Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
Gonçalves,Aline Valadão Britto
Neoplasias da mama/cirurgia
Neoplasias da mama/patologia
Neoplasias da mama/ultrassonografia
Neoplasias da mama/radiografia
Biopsia por agulha/métodos
title_short Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
title_full Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
title_fullStr Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
title_full_unstemmed Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
title_sort Grau de subestimação histopatológica por core biopsy de lesões não palpáveis da mama
author Gonçalves,Aline Valadão Britto
author_facet Gonçalves,Aline Valadão Britto
Thuler,Luiz Claudio Santos
Kestelman,Fabíola Procaci
Carmo,Pedro Aurélio Ormonde do
Lima,Carlos Frederico de Freitas
Cipolotti,Rosana
author_role author
author2 Thuler,Luiz Claudio Santos
Kestelman,Fabíola Procaci
Carmo,Pedro Aurélio Ormonde do
Lima,Carlos Frederico de Freitas
Cipolotti,Rosana
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves,Aline Valadão Britto
Thuler,Luiz Claudio Santos
Kestelman,Fabíola Procaci
Carmo,Pedro Aurélio Ormonde do
Lima,Carlos Frederico de Freitas
Cipolotti,Rosana
dc.subject.por.fl_str_mv Neoplasias da mama/cirurgia
Neoplasias da mama/patologia
Neoplasias da mama/ultrassonografia
Neoplasias da mama/radiografia
Biopsia por agulha/métodos
topic Neoplasias da mama/cirurgia
Neoplasias da mama/patologia
Neoplasias da mama/ultrassonografia
Neoplasias da mama/radiografia
Biopsia por agulha/métodos
description OBJETIVO: Determinar o grau de subestimação de core biopsy, guiada por imagem, de lesões impalpáveis da mama subsequentemente submetidas à exérese cirúrgica. MÉTODOS: Foram revisados retrospectivamente 352 casos com biópsias de fragmento que foram submetidos à cirurgia entre fevereiro de 2000 e dezembro de 2005, cujo laudo histopatológico estava registrado no sistema interno de informação. Os resultados foram comparados com os da cirurgia e a taxa de subestimação foi calculada dividindo-se o número de carcinoma in situ e/ou invasivo à cirurgia pelo número de lesões de alto risco ou carcinoma in situ que foram submetidas à cirurgia. O grau de concordância entre os resultados foi obtido pelo percentual de concordância e pelo coeficiente kappa de Cohen. A associação das variáveis estudadas com a subestimação do diagnóstico foi verificada pelos testes do c2 exato de Fisher, ANOVA e Mann-Whitney U. O risco de subestimação foi medido por meio do risco relativo acompanhado dos respectivos intervalos com 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: Core biopsy foi inconclusiva em 15,6%. O laudo histopatológico foi benigno em 26,4%, sugestivo de lesão de alto risco em 12,8% e maligno em 45,2%. A concordância entre a core biopsy e a cirurgia foi de 82,1% (kappa=0,75). A taxa de falso negativo foi de 5,4% e a lesão foi completamente removida em 3,4%. A taxa de subestimação foi de 9,1% e esteve associada com BI-RADS® categoria 5 (p=0,01), microcalcificações (p < 0,001) e estereotaxia (p= 0,002). Todos os casos subestimados apresentavam diâmetro menor que 20 mm e em todos foram retirados pelo menos cinco fragmentos. A taxa de subestimação para lesões de alto risco foi de 31,1%, 41,2%, para hiperplasia ductal atípica, 31,2% para lesões papilíferas, 16,7% para tumor filóides e 41,9% para carcinoma ductal in situ. CONCLUSÕES: Core biopsy guiada por imagem é um procedimento confiável, contudo permanece a recomendação de ressecção cirúrgica de lesões de alto risco detectadas à biópsia de fragmento já que não foi possível estabelecer características clínicas, imaginológicas, do procedimento e patológicas que pudessem predizer subestimação e evitar a cirurgia. Amostras representativas da lesão são mais importantes que o número de fragmentos.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-07-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011000700002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011000700002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032011000700002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.33 n.7 2011
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115941319311360