Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Joana Palmira Martins
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Pinelo,Sueli, Serra,Helena, Barbosa,António, Felgueira,Eduarda, Pires,Ilda, Tavares,Angelina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011001100004
Resumo: OBJETIVO: Analisar a taxa de gravidez na inseminação intrauterina (IIU), aferindo eventuais fatores prognósticos de sucesso. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de ciclos de IIU ocorridos de janeiro de 2007 a julho de 2010 em uma Unidade de Medicina da Reprodução do Hospital Vila Nova de Gaia. Os ciclos foram precedidos por estimulação ovárica controlada e monitorizada por ecografia endovaginal. Avaliou-se a taxa de gravidez em função da idade da mulher, tipo e duração da infertilidade, motilidade no espermograma, número de folículos e fármaco usado na estimulação ovárica. A análise estatística foi efetuada com o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 17), com um nível de significância 5% (p<0,05). RESULTADOS: O estudo integrou 139 casais submetidos a 220 ciclos de IIU. A taxa global de gravidez por ciclo foi de 18,6% e, das 41 grávidas, 5 foram gemelares (12,1%). Ocorreu maior taxa de gravidez abaixo dos 30 anos (28,5 vs 15,7%; p=0,02), duração de infertilidade <3 anos (23,8 vs 13,9%; p=0.05), espermograma sem alterações da motilidade (23,2 vs 10,3%; p=0,01) e na presença de dois folículos no momento da ovulação face ao desenvolvimento monofolicular (27,7 vs 14,2%; p=0,030). As taxas gravídicas com citrato de clomifeno, gonadotrofinas e a sua associação foram de 13,0, 26,1 e 28,6%, respectivamente, com diferença significativa na taxa de gravidez clínica entre citrato de clomifeno e gonadotrofinas. CONCLUSÕES: A IIU mantém-se como um natural ponto de partida para casais convenientemente selecionados. Idades mais jovens, menor duração da infertilidade e espermograma sem alterações na motilidade constituem fatores de bom prognóstico e a estimulação com gonadotrofinas contribui para melhoria da taxa de gravidez.
id FEBRASGO-1_33b237e6d0089f306e4374d13436e9e5
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032011001100004
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?ClomifenoGonadotropina coriônicaFertilizantes femininosIndução da ovulação/métodosGravidezPrognósticoInseminaçãoOBJETIVO: Analisar a taxa de gravidez na inseminação intrauterina (IIU), aferindo eventuais fatores prognósticos de sucesso. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de ciclos de IIU ocorridos de janeiro de 2007 a julho de 2010 em uma Unidade de Medicina da Reprodução do Hospital Vila Nova de Gaia. Os ciclos foram precedidos por estimulação ovárica controlada e monitorizada por ecografia endovaginal. Avaliou-se a taxa de gravidez em função da idade da mulher, tipo e duração da infertilidade, motilidade no espermograma, número de folículos e fármaco usado na estimulação ovárica. A análise estatística foi efetuada com o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 17), com um nível de significância 5% (p<0,05). RESULTADOS: O estudo integrou 139 casais submetidos a 220 ciclos de IIU. A taxa global de gravidez por ciclo foi de 18,6% e, das 41 grávidas, 5 foram gemelares (12,1%). Ocorreu maior taxa de gravidez abaixo dos 30 anos (28,5 vs 15,7%; p=0,02), duração de infertilidade <3 anos (23,8 vs 13,9%; p=0.05), espermograma sem alterações da motilidade (23,2 vs 10,3%; p=0,01) e na presença de dois folículos no momento da ovulação face ao desenvolvimento monofolicular (27,7 vs 14,2%; p=0,030). As taxas gravídicas com citrato de clomifeno, gonadotrofinas e a sua associação foram de 13,0, 26,1 e 28,6%, respectivamente, com diferença significativa na taxa de gravidez clínica entre citrato de clomifeno e gonadotrofinas. CONCLUSÕES: A IIU mantém-se como um natural ponto de partida para casais convenientemente selecionados. Idades mais jovens, menor duração da infertilidade e espermograma sem alterações na motilidade constituem fatores de bom prognóstico e a estimulação com gonadotrofinas contribui para melhoria da taxa de gravidez.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2011-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011001100004Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.33 n.11 2011reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032011001100004info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida,Joana Palmira MartinsPinelo,SueliSerra,HelenaBarbosa,AntónioFelgueira,EduardaPires,IldaTavares,Angelinapor2012-01-23T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032011001100004Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2012-01-23T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
title Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
spellingShingle Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
Almeida,Joana Palmira Martins
Clomifeno
Gonadotropina coriônica
Fertilizantes femininos
Indução da ovulação/métodos
Gravidez
Prognóstico
Inseminação
title_short Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
title_full Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
title_fullStr Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
title_full_unstemmed Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
title_sort Estimulação ovariana controlada e inseminação intrauterina: uma terapia atual?
author Almeida,Joana Palmira Martins
author_facet Almeida,Joana Palmira Martins
Pinelo,Sueli
Serra,Helena
Barbosa,António
Felgueira,Eduarda
Pires,Ilda
Tavares,Angelina
author_role author
author2 Pinelo,Sueli
Serra,Helena
Barbosa,António
Felgueira,Eduarda
Pires,Ilda
Tavares,Angelina
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida,Joana Palmira Martins
Pinelo,Sueli
Serra,Helena
Barbosa,António
Felgueira,Eduarda
Pires,Ilda
Tavares,Angelina
dc.subject.por.fl_str_mv Clomifeno
Gonadotropina coriônica
Fertilizantes femininos
Indução da ovulação/métodos
Gravidez
Prognóstico
Inseminação
topic Clomifeno
Gonadotropina coriônica
Fertilizantes femininos
Indução da ovulação/métodos
Gravidez
Prognóstico
Inseminação
description OBJETIVO: Analisar a taxa de gravidez na inseminação intrauterina (IIU), aferindo eventuais fatores prognósticos de sucesso. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de ciclos de IIU ocorridos de janeiro de 2007 a julho de 2010 em uma Unidade de Medicina da Reprodução do Hospital Vila Nova de Gaia. Os ciclos foram precedidos por estimulação ovárica controlada e monitorizada por ecografia endovaginal. Avaliou-se a taxa de gravidez em função da idade da mulher, tipo e duração da infertilidade, motilidade no espermograma, número de folículos e fármaco usado na estimulação ovárica. A análise estatística foi efetuada com o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 17), com um nível de significância 5% (p<0,05). RESULTADOS: O estudo integrou 139 casais submetidos a 220 ciclos de IIU. A taxa global de gravidez por ciclo foi de 18,6% e, das 41 grávidas, 5 foram gemelares (12,1%). Ocorreu maior taxa de gravidez abaixo dos 30 anos (28,5 vs 15,7%; p=0,02), duração de infertilidade <3 anos (23,8 vs 13,9%; p=0.05), espermograma sem alterações da motilidade (23,2 vs 10,3%; p=0,01) e na presença de dois folículos no momento da ovulação face ao desenvolvimento monofolicular (27,7 vs 14,2%; p=0,030). As taxas gravídicas com citrato de clomifeno, gonadotrofinas e a sua associação foram de 13,0, 26,1 e 28,6%, respectivamente, com diferença significativa na taxa de gravidez clínica entre citrato de clomifeno e gonadotrofinas. CONCLUSÕES: A IIU mantém-se como um natural ponto de partida para casais convenientemente selecionados. Idades mais jovens, menor duração da infertilidade e espermograma sem alterações na motilidade constituem fatores de bom prognóstico e a estimulação com gonadotrofinas contribui para melhoria da taxa de gravidez.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-11-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011001100004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032011001100004
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032011001100004
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.33 n.11 2011
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115941385371648