Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Mário Henrique Burlacchini de
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Bittar,Roberto Eduardo, Maganha,Patrícia Ponte de Andrade e Silva, Pereira,Sylvia Vianna, Zugaib,Marcelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032001000800008
Resumo: Objetivo: relacionar a presença de vaginose bacteriana em gestantes com a ocorrência de parto prematuro espontâneo. Método: foram estudadas 611 gestantes do serviço pré-natal da Clínica Obstétrica do HCFMUSP. Foram incluídas gestantes com idade gestacional confirmada por ultra-sonografia no primeiro trimestre de gestação ou duas ultra-sonografias até a 20ª semana quando havia discordância da idade gestacional no primeiro exame. Os partos prematuros eletivos foram excluídos. A pesquisa da vaginose foi realizada na 23ª ou 24ª semana de gestação por meio da técnica de coloração de Gram. O pH vaginal foi pesquisado utilizando-se fita de pH Universal 0-14 produzida pela Merck. O conteúdo vaginal foi coletado com a paciente em posição ginecológica, utilizando-se espéculo não-lubrificado. O pH foi medido na parede lateral da vagina e o conteúdo para Gram foi coletado do fundo de saco vaginal utilizando-se de cotonete estéril. Resultado: das 611 gestantes envolvidas inicialmente no estudo, foram obtidos os resultados do parto em 541. A vaginose bacteriana foi diagnosticada por bacterioscopia em 19% dos casos. No grupo de gestantes com vaginose, 9,7% (10/103) evoluíram com parto prematuro, contra apenas 3,2% (14/438) no grupo negativo (p=0,008). A sensibilidade da bacterioscopia positiva para vaginose bacteriana para predição do parto prematuro foi de 41,7%, a especificidade de 82%, a acurácia de 80,2%, com taxa de falso-positivos de 18% e risco relativo de 1,8. Conclusão: a vaginose bacteriana diagnosticada pelo Gram do conteúdo vaginal representa fator de risco para o parto prematuro, com risco relativo de 1,8.
id FEBRASGO-1_3a16ab50f0e509eeb1f652eafa241fe3
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032001000800008
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro EspontâneoVaginose bacterianaParto prematuroDiagnóstico pré-natalObjetivo: relacionar a presença de vaginose bacteriana em gestantes com a ocorrência de parto prematuro espontâneo. Método: foram estudadas 611 gestantes do serviço pré-natal da Clínica Obstétrica do HCFMUSP. Foram incluídas gestantes com idade gestacional confirmada por ultra-sonografia no primeiro trimestre de gestação ou duas ultra-sonografias até a 20ª semana quando havia discordância da idade gestacional no primeiro exame. Os partos prematuros eletivos foram excluídos. A pesquisa da vaginose foi realizada na 23ª ou 24ª semana de gestação por meio da técnica de coloração de Gram. O pH vaginal foi pesquisado utilizando-se fita de pH Universal 0-14 produzida pela Merck. O conteúdo vaginal foi coletado com a paciente em posição ginecológica, utilizando-se espéculo não-lubrificado. O pH foi medido na parede lateral da vagina e o conteúdo para Gram foi coletado do fundo de saco vaginal utilizando-se de cotonete estéril. Resultado: das 611 gestantes envolvidas inicialmente no estudo, foram obtidos os resultados do parto em 541. A vaginose bacteriana foi diagnosticada por bacterioscopia em 19% dos casos. No grupo de gestantes com vaginose, 9,7% (10/103) evoluíram com parto prematuro, contra apenas 3,2% (14/438) no grupo negativo (p=0,008). A sensibilidade da bacterioscopia positiva para vaginose bacteriana para predição do parto prematuro foi de 41,7%, a especificidade de 82%, a acurácia de 80,2%, com taxa de falso-positivos de 18% e risco relativo de 1,8. Conclusão: a vaginose bacteriana diagnosticada pelo Gram do conteúdo vaginal representa fator de risco para o parto prematuro, com risco relativo de 1,8.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2001-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032001000800008Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.23 n.8 2001reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032001000800008info:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho,Mário Henrique Burlacchini deBittar,Roberto EduardoMaganha,Patrícia Ponte de Andrade e SilvaPereira,Sylvia ViannaZugaib,Marcelopor2003-06-24T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032001000800008Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2003-06-24T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
title Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
spellingShingle Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
Carvalho,Mário Henrique Burlacchini de
Vaginose bacteriana
Parto prematuro
Diagnóstico pré-natal
title_short Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
title_full Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
title_fullStr Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
title_full_unstemmed Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
title_sort Associação da Vaginose Bacteriana com o Parto Prematuro Espontâneo
author Carvalho,Mário Henrique Burlacchini de
author_facet Carvalho,Mário Henrique Burlacchini de
Bittar,Roberto Eduardo
Maganha,Patrícia Ponte de Andrade e Silva
Pereira,Sylvia Vianna
Zugaib,Marcelo
author_role author
author2 Bittar,Roberto Eduardo
Maganha,Patrícia Ponte de Andrade e Silva
Pereira,Sylvia Vianna
Zugaib,Marcelo
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho,Mário Henrique Burlacchini de
Bittar,Roberto Eduardo
Maganha,Patrícia Ponte de Andrade e Silva
Pereira,Sylvia Vianna
Zugaib,Marcelo
dc.subject.por.fl_str_mv Vaginose bacteriana
Parto prematuro
Diagnóstico pré-natal
topic Vaginose bacteriana
Parto prematuro
Diagnóstico pré-natal
description Objetivo: relacionar a presença de vaginose bacteriana em gestantes com a ocorrência de parto prematuro espontâneo. Método: foram estudadas 611 gestantes do serviço pré-natal da Clínica Obstétrica do HCFMUSP. Foram incluídas gestantes com idade gestacional confirmada por ultra-sonografia no primeiro trimestre de gestação ou duas ultra-sonografias até a 20ª semana quando havia discordância da idade gestacional no primeiro exame. Os partos prematuros eletivos foram excluídos. A pesquisa da vaginose foi realizada na 23ª ou 24ª semana de gestação por meio da técnica de coloração de Gram. O pH vaginal foi pesquisado utilizando-se fita de pH Universal 0-14 produzida pela Merck. O conteúdo vaginal foi coletado com a paciente em posição ginecológica, utilizando-se espéculo não-lubrificado. O pH foi medido na parede lateral da vagina e o conteúdo para Gram foi coletado do fundo de saco vaginal utilizando-se de cotonete estéril. Resultado: das 611 gestantes envolvidas inicialmente no estudo, foram obtidos os resultados do parto em 541. A vaginose bacteriana foi diagnosticada por bacterioscopia em 19% dos casos. No grupo de gestantes com vaginose, 9,7% (10/103) evoluíram com parto prematuro, contra apenas 3,2% (14/438) no grupo negativo (p=0,008). A sensibilidade da bacterioscopia positiva para vaginose bacteriana para predição do parto prematuro foi de 41,7%, a especificidade de 82%, a acurácia de 80,2%, com taxa de falso-positivos de 18% e risco relativo de 1,8. Conclusão: a vaginose bacteriana diagnosticada pelo Gram do conteúdo vaginal representa fator de risco para o parto prematuro, com risco relativo de 1,8.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032001000800008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032001000800008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032001000800008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.23 n.8 2001
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115937215184896