Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Sandra Regina Marques
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Marcolin,Alessandra Cristina, Cavalli,Ricardo Carvalho, Crott,Gerson Cláudio, Mendes,Maria Célia, Duarte,Geraldo, Berezowski,Aderson Tadeu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000400002
Resumo: OBJETIVO: analisar o diagnóstico, evolução e conduta terapêutica em cinco casos de tumores cardíacos primários diagnosticados no período pré-natal. MÉTODOS: no período de Janeiro 1997 a Dezembro 2008, 7.989 gestantes foram submetidas à avaliação ultrassonográfica morfológica fetal devido à presença de fatores de risco para malformações fetais. Foram selecionados os casos com massas hipercogênicas intracardíaca maiores que 1 mm diagnosticados na avaliação ultrassonográfica do coração fetal. O diagnóstico diferencial dos tumores foi realizado segundo as características ultrassonográficas das massas. RESULTADOS: em cinco fetos foram diagnosticadas massas hiperecogênicas intracardíaca correspondendo a uma taxa de prevalência de 0,06%. A idade gestacional variou entre a 28ª e a 36ª semanas (média=31) e a idade materna variou de 23 a 45 anos (média=34,2). A localização mais frequente das massas foi o ventrículo esquerdo (100%). Ecograficamente, todas as massas eram hipercogênicas, homogêneas, únicas ou múltiplas e bem delimitadas, compatíveis com diagnóstico de um rabdomioma. Nos casos em que os diâmetros das massas foram menores que 20 mm, a conduta foi expectante e não houve complicações no período pré-natal. Um caso com tumor de grande volume apresentou arritmia e insuficiência cardíaca na 35ª semana de gestação, sendo indicada a interrupção da gestação. Em 80% dos casos foi observada associação com esclerose tuberosa no seguimento pós-natal. A regressão dos tumores cardíacos ocorreu em três casos (60%) durante um seguimento médio de três anos. Todos os recém-nascidos eram do sexo masculino e sem antecedentes familiares de esclerose tuberosa. CONCLUSÕES: a avaliação ultrassonográfica morfológica fetal é a principal forma de detecção precoce dos tumores cardíacos primários. A avaliação cardíaca fetal é fundamental para a caracterização morfológica diferencial das massas cardíacas e para avaliação funcional cardíaca. Os rabdomiomas são o tipo mais comum de tumor no feto. A conduta pré e pós-natal são expectantes, com baixo risco de complicações, havendo possibilidade de regressão espontânea na maioria dos casos. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa.
id FEBRASGO-1_a6073d3f02e2331fb835509c8785e628
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032010000400002
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casosRabdomioma/diagnósticoRabdomioma/ultrassonografiaNeoplasias cardíacas/ultrassonografiaDiagnóstico precoceEcocardiografia/métodosDoenças fetaisUltrassonografia prenata/métodosDiagnóstico diferencialEsclerose tuberosa/diagnósticoOBJETIVO: analisar o diagnóstico, evolução e conduta terapêutica em cinco casos de tumores cardíacos primários diagnosticados no período pré-natal. MÉTODOS: no período de Janeiro 1997 a Dezembro 2008, 7.989 gestantes foram submetidas à avaliação ultrassonográfica morfológica fetal devido à presença de fatores de risco para malformações fetais. Foram selecionados os casos com massas hipercogênicas intracardíaca maiores que 1 mm diagnosticados na avaliação ultrassonográfica do coração fetal. O diagnóstico diferencial dos tumores foi realizado segundo as características ultrassonográficas das massas. RESULTADOS: em cinco fetos foram diagnosticadas massas hiperecogênicas intracardíaca correspondendo a uma taxa de prevalência de 0,06%. A idade gestacional variou entre a 28ª e a 36ª semanas (média=31) e a idade materna variou de 23 a 45 anos (média=34,2). A localização mais frequente das massas foi o ventrículo esquerdo (100%). Ecograficamente, todas as massas eram hipercogênicas, homogêneas, únicas ou múltiplas e bem delimitadas, compatíveis com diagnóstico de um rabdomioma. Nos casos em que os diâmetros das massas foram menores que 20 mm, a conduta foi expectante e não houve complicações no período pré-natal. Um caso com tumor de grande volume apresentou arritmia e insuficiência cardíaca na 35ª semana de gestação, sendo indicada a interrupção da gestação. Em 80% dos casos foi observada associação com esclerose tuberosa no seguimento pós-natal. A regressão dos tumores cardíacos ocorreu em três casos (60%) durante um seguimento médio de três anos. Todos os recém-nascidos eram do sexo masculino e sem antecedentes familiares de esclerose tuberosa. CONCLUSÕES: a avaliação ultrassonográfica morfológica fetal é a principal forma de detecção precoce dos tumores cardíacos primários. A avaliação cardíaca fetal é fundamental para a caracterização morfológica diferencial das massas cardíacas e para avaliação funcional cardíaca. Os rabdomiomas são o tipo mais comum de tumor no feto. A conduta pré e pós-natal são expectantes, com baixo risco de complicações, havendo possibilidade de regressão espontânea na maioria dos casos. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2010-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000400002Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.32 n.4 2010reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032010000400002info:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho,Sandra Regina MarquesMarcolin,Alessandra CristinaCavalli,Ricardo CarvalhoCrott,Gerson CláudioMendes,Maria CéliaDuarte,GeraldoBerezowski,Aderson Tadeupor2010-07-02T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032010000400002Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2010-07-02T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
title Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
spellingShingle Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
Carvalho,Sandra Regina Marques
Rabdomioma/diagnóstico
Rabdomioma/ultrassonografia
Neoplasias cardíacas/ultrassonografia
Diagnóstico precoce
Ecocardiografia/métodos
Doenças fetais
Ultrassonografia prenata/métodos
Diagnóstico diferencial
Esclerose tuberosa/diagnóstico
title_short Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
title_full Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
title_fullStr Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
title_full_unstemmed Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
title_sort Rabdomiomas cardíacos fetais: análise de cinco casos
author Carvalho,Sandra Regina Marques
author_facet Carvalho,Sandra Regina Marques
Marcolin,Alessandra Cristina
Cavalli,Ricardo Carvalho
Crott,Gerson Cláudio
Mendes,Maria Célia
Duarte,Geraldo
Berezowski,Aderson Tadeu
author_role author
author2 Marcolin,Alessandra Cristina
Cavalli,Ricardo Carvalho
Crott,Gerson Cláudio
Mendes,Maria Célia
Duarte,Geraldo
Berezowski,Aderson Tadeu
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Carvalho,Sandra Regina Marques
Marcolin,Alessandra Cristina
Cavalli,Ricardo Carvalho
Crott,Gerson Cláudio
Mendes,Maria Célia
Duarte,Geraldo
Berezowski,Aderson Tadeu
dc.subject.por.fl_str_mv Rabdomioma/diagnóstico
Rabdomioma/ultrassonografia
Neoplasias cardíacas/ultrassonografia
Diagnóstico precoce
Ecocardiografia/métodos
Doenças fetais
Ultrassonografia prenata/métodos
Diagnóstico diferencial
Esclerose tuberosa/diagnóstico
topic Rabdomioma/diagnóstico
Rabdomioma/ultrassonografia
Neoplasias cardíacas/ultrassonografia
Diagnóstico precoce
Ecocardiografia/métodos
Doenças fetais
Ultrassonografia prenata/métodos
Diagnóstico diferencial
Esclerose tuberosa/diagnóstico
description OBJETIVO: analisar o diagnóstico, evolução e conduta terapêutica em cinco casos de tumores cardíacos primários diagnosticados no período pré-natal. MÉTODOS: no período de Janeiro 1997 a Dezembro 2008, 7.989 gestantes foram submetidas à avaliação ultrassonográfica morfológica fetal devido à presença de fatores de risco para malformações fetais. Foram selecionados os casos com massas hipercogênicas intracardíaca maiores que 1 mm diagnosticados na avaliação ultrassonográfica do coração fetal. O diagnóstico diferencial dos tumores foi realizado segundo as características ultrassonográficas das massas. RESULTADOS: em cinco fetos foram diagnosticadas massas hiperecogênicas intracardíaca correspondendo a uma taxa de prevalência de 0,06%. A idade gestacional variou entre a 28ª e a 36ª semanas (média=31) e a idade materna variou de 23 a 45 anos (média=34,2). A localização mais frequente das massas foi o ventrículo esquerdo (100%). Ecograficamente, todas as massas eram hipercogênicas, homogêneas, únicas ou múltiplas e bem delimitadas, compatíveis com diagnóstico de um rabdomioma. Nos casos em que os diâmetros das massas foram menores que 20 mm, a conduta foi expectante e não houve complicações no período pré-natal. Um caso com tumor de grande volume apresentou arritmia e insuficiência cardíaca na 35ª semana de gestação, sendo indicada a interrupção da gestação. Em 80% dos casos foi observada associação com esclerose tuberosa no seguimento pós-natal. A regressão dos tumores cardíacos ocorreu em três casos (60%) durante um seguimento médio de três anos. Todos os recém-nascidos eram do sexo masculino e sem antecedentes familiares de esclerose tuberosa. CONCLUSÕES: a avaliação ultrassonográfica morfológica fetal é a principal forma de detecção precoce dos tumores cardíacos primários. A avaliação cardíaca fetal é fundamental para a caracterização morfológica diferencial das massas cardíacas e para avaliação funcional cardíaca. Os rabdomiomas são o tipo mais comum de tumor no feto. A conduta pré e pós-natal são expectantes, com baixo risco de complicações, havendo possibilidade de regressão espontânea na maioria dos casos. O seguimento clínico pós-natal é obrigatório devido à frequente associação à esclerose tuberosa.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000400002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032010000400002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032010000400002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.32 n.4 2010
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115940827529216