Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72031999000500005 |
Resumo: | Objetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor. |
id |
FEBRASGO-1_b92e3ff81a4680be862df346df20c1c8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-72031999000500005 |
network_acronym_str |
FEBRASGO-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognósticoOvário/câncerEpidemiologiaTumores de malignidade limítrofeObjetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia1999-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72031999000500005Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.21 n.5 1999reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72031999000500005info:eu-repo/semantics/openAccessDerchain,Sophie F. MauricetteTorres,José Carlos CamposTeixeira,Luiz CarlosAndrade,Liliana A. Lucci de AngeloMasuko,Frederico Ken MiyaharaSantos,Marcos Antôniopor2006-08-07T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72031999000500005Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2006-08-07T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
title |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
spellingShingle |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico Derchain,Sophie F. Mauricette Ovário/câncer Epidemiologia Tumores de malignidade limítrofe |
title_short |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
title_full |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
title_fullStr |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
title_full_unstemmed |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
title_sort |
Relação entre tumores ovarianos epiteliais borderline e francamente invasores: epidemiologia, histologia e prognóstico |
author |
Derchain,Sophie F. Mauricette |
author_facet |
Derchain,Sophie F. Mauricette Torres,José Carlos Campos Teixeira,Luiz Carlos Andrade,Liliana A. Lucci de Angelo Masuko,Frederico Ken Miyahara Santos,Marcos Antônio |
author_role |
author |
author2 |
Torres,José Carlos Campos Teixeira,Luiz Carlos Andrade,Liliana A. Lucci de Angelo Masuko,Frederico Ken Miyahara Santos,Marcos Antônio |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Derchain,Sophie F. Mauricette Torres,José Carlos Campos Teixeira,Luiz Carlos Andrade,Liliana A. Lucci de Angelo Masuko,Frederico Ken Miyahara Santos,Marcos Antônio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ovário/câncer Epidemiologia Tumores de malignidade limítrofe |
topic |
Ovário/câncer Epidemiologia Tumores de malignidade limítrofe |
description |
Objetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72031999000500005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72031999000500005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-72031999000500005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.21 n.5 1999 reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) instacron:FEBRASGO |
instname_str |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
instacron_str |
FEBRASGO |
institution |
FEBRASGO |
reponame_str |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
collection |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) |
repository.mail.fl_str_mv |
publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br |
_version_ |
1754115936382615552 |