Riscos do investimento social privado (ISP): um estudo sobre a percepção das entidades jurídicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RICHTER, Priscila Alves de Melo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do FECAP
Texto Completo: http://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/1078
Resumo: O Investimento Social Privado (ISP) é o repasse voluntário de recursos de forma monitorada, sistemática e planejada através de doações, patrocínios e apoio a projetos sociais. Ele é realizado por pessoas físicas e jurídicas, sendo esta pesquisa delimitada às entidades jurídicas, abrangendo tanto empresas privadas quanto organizações do terceiro setor, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs). O terceiro setor é um importante campo de estudo desta pesquisa, pois as OSCs atuam tanto como recebedoras de recursos para implementação de ações sociais quanto como investidoras, aportando valores em outras entidades. A captação de receitas do setor foi objeto de vários estudos anteriores, no entanto pouco se publicou sobre riscos percebidos pelos investidores sociais nestas transações, denotando uma lacuna na literatura. Aplicar a gestão de riscos ao ISP se mostra importante ao investidor social, seja ele empresa ou OSC. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é investigar como as entidades jurídicas que efetuam ISP percebem os riscos associados à sua realização e explorar esta lacuna identificada. Para alcance do objetivo foi aplicado um questionário inédito, desenvolvido com base no arcabouço teórico e princípios de melhores práticas de gerenciamento de riscos do COSO 2017, da ISO 31000 e do IBGC, adaptados ao ISP. Os respondentes indicaram sua opinião em relação a tais princípios e práticas, além de sua percepção da realidade para estes temas. Foram obtidas 56 respostas válidas e realizadas análises qualitativas exploratórias e testes estatísticos não paramétricos. Dentre os principais resultados destacam-se o alto grau de concordância entre a opinião dos respondentes e os preceitos do referencial teórico, mas há discrepâncias estatisticamente significantes entre esta opinião e a realidade percebida por eles. O tema que mais destoa refere-se ao dinamismo, monitoramento e melhorias contínuas na gestão de riscos do ISP. Adicionalmente, em geral as OSCs apresentam menor pontuação no quesito realidade percebida quando comparadas às empresas. Já o tamanho da receita da entidade investidora não implica em variações significantes entre os quesitos opinião e realidade percebida. A pesquisa contribui para redução da lacuna identificada na literatura e fornece conteúdo qualitativo e um instrumento passível de ser replicado para expandir o alcance e o conhecimento acerca do tema. Palavras-chave: Investimento social privado (ISP). Gerenciamento de Riscos. Terceiro Setor. Organizações da Sociedade Civil (OSC).
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A captação de receitas do setor foi objeto de vários estudos anteriores, no entanto pouco se publicou sobre riscos percebidos pelos investidores sociais nestas transações, denotando uma lacuna na literatura. Aplicar a gestão de riscos ao ISP se mostra importante ao investidor social, seja ele empresa ou OSC. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é investigar como as entidades jurídicas que efetuam ISP percebem os riscos associados à sua realização e explorar esta lacuna identificada. Para alcance do objetivo foi aplicado um questionário inédito, desenvolvido com base no arcabouço teórico e princípios de melhores práticas de gerenciamento de riscos do COSO 2017, da ISO 31000 e do IBGC, adaptados ao ISP. Os respondentes indicaram sua opinião em relação a tais princípios e práticas, além de sua percepção da realidade para estes temas. Foram obtidas 56 respostas válidas e realizadas análises qualitativas exploratórias e testes estatísticos não paramétricos. Dentre os principais resultados destacam-se o alto grau de concordância entre a opinião dos respondentes e os preceitos do referencial teórico, mas há discrepâncias estatisticamente significantes entre esta opinião e a realidade percebida por eles. O tema que mais destoa refere-se ao dinamismo, monitoramento e melhorias contínuas na gestão de riscos do ISP. Adicionalmente, em geral as OSCs apresentam menor pontuação no quesito realidade percebida quando comparadas às empresas. Já o tamanho da receita da entidade investidora não implica em variações significantes entre os quesitos opinião e realidade percebida. A pesquisa contribui para redução da lacuna identificada na literatura e fornece conteúdo qualitativo e um instrumento passível de ser replicado para expandir o alcance e o conhecimento acerca do tema. Palavras-chave: Investimento social privado (ISP). Gerenciamento de Riscos. Terceiro Setor. Organizações da Sociedade Civil (OSC).Private Social Investment (PSI) is the voluntary transfer of resources in a monitored, systematic and planned way and performed through donations, sponsorships and support for social projects. It is made by individuals and corporate entities, being this research limited to corporate entities, including both private companies and third sector organizations, such as Nonprofit Organizations (NPOs). The third sector is an important field of study in this research, as NPOs act both as recipients of resources for the implementation of social actions and as investors, contributing to other entities. The sector's fundraising has been the subject of several previous studies, however, there are very few publications about the risks perceived by social investors in these transactions, denoting a gap in the literature. Applying risk management to the PSI is important to the social investor, regardless if it is a corporate entity or a NPO. In this context, the objective of this research is to investigate how the corporate entities that make social investments perceive the risks associated with its realization and to explore this identified gap. To reach the objective, an unprecedented questionnaire was applied, based on the literature and the principles and best practices of risk management of COSO 2017, ISO 31000 and IBGC, adapted to the PSI. Respondents indicated their opinion related to those principles and practices, as well as their perception of reality for those topics. Fifty-six valid responses were obtained. Exploratory qualitative analyzes and non-parametric statistical tests were performed. Among the main results, there is a high degree of agreement between the opinion of the respondents and the precepts of the theoretical framework, but there are statistically significant discrepancies between this opinion and the reality perceived by them. This discrepancy most refers to dynamism, monitoring and continuous improvements in PSI risk management. Additionally, in general NPOs have a lower score in terms of the perceived reality when compared to corporate entities. The size of the investor entity's revenue does not imply significant variations between opinion and the perceived reality. The research contributes to decrease the gap identified and provides qualitative content and an instrument (questionnaire) that can be replicated to expand the extent and knowledge on the subject.Fundação Escola de Comércio Álvares PenteadoCentro Universitário Álvares PenteadoBrasilFECAPPPG1WEFFORT, Elionor Farah Jreigehttp://lattes.cnpq.br/3929537799335350SILVA, Sandro BrazBARRAGAN, LucianaRICHTER, Priscila Alves de Melo2023-06-29T17:05:14Z2023-06-292023-06-29T17:05:14Z2022-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://tede.fecap.br:8080/handle/123456789/1078porRICHTER, Priscila Alves de Melo. Riscos do investimento social privado (ISP): um estudo sobre a percepção das entidades jurídicas. 2022. 130 f. 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