A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Históricos (Rio de Janeiro) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862019000300675 |
Resumo: | Resumo O objetivo deste artigo é relacionar as memórias sobre a vitória argentina na Copa do Mundo de 1978 ao contexto mais amplo de construções e disputas memorialísticas que marcaram tanto a ditadura quanto a redemocratização e a democracia da Argentina. A história recente do país é fortemente marcada pelos conflitos entre o passado autoritário e as relações da sociedade com a última ditadura, que surgem constantemente como espaço de conflito no presente por meio das disputas de narrativas sobre as muitas memórias construídas e consolidadas. A vitória de 1978 é um marco no conflito entre torcer versus resistir ao regime que vigorou entre março de 1976 e dezembro de 1983. Com o respaldo de dados consultados na sede da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e de arquivos argentinos, nossa hipótese é a de uma mudança de política governamental com a chegada da direita na figura de Maurício Macri em 2015, em oposição às políticas de memória durante os governos kirchneristas de 2003 a 2015. Com isso, as comemorações dos trinta anos da conquista, em 2008, e dos quarenta anos, em 2018, permitem analisar essas mudanças políticas e perceber uma alteração na perspectiva da Copa como evento da ditadura. |
id |
FGV-10_db080aeb55958c57754a8e6134bb7564 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0103-21862019000300675 |
network_acronym_str |
FGV-10 |
network_name_str |
Estudos Históricos (Rio de Janeiro) |
repository_id_str |
|
spelling |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978ArgentinaCopa do MundoCelebraçõesDitaduraMemóriasResumo O objetivo deste artigo é relacionar as memórias sobre a vitória argentina na Copa do Mundo de 1978 ao contexto mais amplo de construções e disputas memorialísticas que marcaram tanto a ditadura quanto a redemocratização e a democracia da Argentina. A história recente do país é fortemente marcada pelos conflitos entre o passado autoritário e as relações da sociedade com a última ditadura, que surgem constantemente como espaço de conflito no presente por meio das disputas de narrativas sobre as muitas memórias construídas e consolidadas. A vitória de 1978 é um marco no conflito entre torcer versus resistir ao regime que vigorou entre março de 1976 e dezembro de 1983. Com o respaldo de dados consultados na sede da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e de arquivos argentinos, nossa hipótese é a de uma mudança de política governamental com a chegada da direita na figura de Maurício Macri em 2015, em oposição às políticas de memória durante os governos kirchneristas de 2003 a 2015. Com isso, as comemorações dos trinta anos da conquista, em 2008, e dos quarenta anos, em 2018, permitem analisar essas mudanças políticas e perceber uma alteração na perspectiva da Copa como evento da ditadura.Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas2019-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862019000300675Estudos Históricos (Rio de Janeiro) v.32 n.68 2019reponame:Estudos Históricos (Rio de Janeiro)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGV10.1590/s2178-14942019000300007info:eu-repo/semantics/openAccessMagalhães,Lívia Gonçalvespor2020-03-31T00:00:00Zoai:scielo:S0103-21862019000300675Revistahttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rehONGhttps://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/oai||biblioteca.digital@fgv.br||eh@fgv.br2178-14940103-2186opendoar:2020-03-31T00:00Estudos Históricos (Rio de Janeiro) - Fundação Getulio Vargas (FGV)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
title |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
spellingShingle |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 Magalhães,Lívia Gonçalves Argentina Copa do Mundo Celebrações Ditadura Memórias |
title_short |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
title_full |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
title_fullStr |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
title_full_unstemmed |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
title_sort |
A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978 |
author |
Magalhães,Lívia Gonçalves |
author_facet |
Magalhães,Lívia Gonçalves |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Magalhães,Lívia Gonçalves |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Argentina Copa do Mundo Celebrações Ditadura Memórias |
topic |
Argentina Copa do Mundo Celebrações Ditadura Memórias |
description |
Resumo O objetivo deste artigo é relacionar as memórias sobre a vitória argentina na Copa do Mundo de 1978 ao contexto mais amplo de construções e disputas memorialísticas que marcaram tanto a ditadura quanto a redemocratização e a democracia da Argentina. A história recente do país é fortemente marcada pelos conflitos entre o passado autoritário e as relações da sociedade com a última ditadura, que surgem constantemente como espaço de conflito no presente por meio das disputas de narrativas sobre as muitas memórias construídas e consolidadas. A vitória de 1978 é um marco no conflito entre torcer versus resistir ao regime que vigorou entre março de 1976 e dezembro de 1983. Com o respaldo de dados consultados na sede da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e de arquivos argentinos, nossa hipótese é a de uma mudança de política governamental com a chegada da direita na figura de Maurício Macri em 2015, em oposição às políticas de memória durante os governos kirchneristas de 2003 a 2015. Com isso, as comemorações dos trinta anos da conquista, em 2008, e dos quarenta anos, em 2018, permitem analisar essas mudanças políticas e perceber uma alteração na perspectiva da Copa como evento da ditadura. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862019000300675 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862019000300675 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/s2178-14942019000300007 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Estudos Históricos (Rio de Janeiro) v.32 n.68 2019 reponame:Estudos Históricos (Rio de Janeiro) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Estudos Históricos (Rio de Janeiro) |
collection |
Estudos Históricos (Rio de Janeiro) |
repository.name.fl_str_mv |
Estudos Históricos (Rio de Janeiro) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
||biblioteca.digital@fgv.br||eh@fgv.br |
_version_ |
1754115873914748928 |