O Impacto do Comércio Internacional sobre as Condições de Saúde: uma Abordagem Estrutural
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista Brasileira de Economia (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fgv.br/rbe/article/view/83043 |
Resumo: | Este artigo investiga o impacto do comércio internacional sobre a taxa de mortalidade infantil para um painel de países entre 1980 e 2005. Para tanto, emprega-se o modelo estrutural proposto por Anderson, Larch e Yotov (2014) em dois níveis. A partir do modelo gravitacional para a equação de comércio no lower level e de técnicas econométricas de imputação com regressão quantílica na equação de saúde no upper level, é possível abordar tanto o problema da engogeneidade existente na condição de saúde, o signicativo uxo de zeros do comércio bilateral entre os países e a ausência de dados para algumas variáveis explicativas da mortalidade infantil (equação de saúde). Os resultados indicam que o comércio bilateral reduz a taxa de mortalidade infantil, sendo esse efeito maior para os países que já possuem um baixo índice de mortalidade. Por outro lado, quando se considera a taxa de mortalidade apenas para crianças de até 5 anos, o efeito passa a ser maior para os países com alto índice. Os exercícios contrafactuais sugerem que a liberalização comercial a partir de um processo de hiperglobalização reduz a taxa de mortalidade infantil, com maior impacto nos países que apresentam altas taxas de mortalidade (países pobres ou em desenvolvimento), corroborando com o benefício que os países com indicadores sociais insatisfatórios podemconseguir via comércio. |
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O Impacto do Comércio Internacional sobre as Condições de Saúde: uma Abordagem EstruturalTrade; Child Mortality; Structural Model; Quantile Regression; Imputationinternational trade and healthEste artigo investiga o impacto do comércio internacional sobre a taxa de mortalidade infantil para um painel de países entre 1980 e 2005. Para tanto, emprega-se o modelo estrutural proposto por Anderson, Larch e Yotov (2014) em dois níveis. A partir do modelo gravitacional para a equação de comércio no lower level e de técnicas econométricas de imputação com regressão quantílica na equação de saúde no upper level, é possível abordar tanto o problema da engogeneidade existente na condição de saúde, o signicativo uxo de zeros do comércio bilateral entre os países e a ausência de dados para algumas variáveis explicativas da mortalidade infantil (equação de saúde). Os resultados indicam que o comércio bilateral reduz a taxa de mortalidade infantil, sendo esse efeito maior para os países que já possuem um baixo índice de mortalidade. Por outro lado, quando se considera a taxa de mortalidade apenas para crianças de até 5 anos, o efeito passa a ser maior para os países com alto índice. Os exercícios contrafactuais sugerem que a liberalização comercial a partir de um processo de hiperglobalização reduz a taxa de mortalidade infantil, com maior impacto nos países que apresentam altas taxas de mortalidade (países pobres ou em desenvolvimento), corroborando com o benefício que os países com indicadores sociais insatisfatórios podemconseguir via comércio. Este artigo investiga o impacto do comércio internacional sobre a taxa de mortalidade infantil para um painel de países entre 1980 e 2005. Para tanto, emprega-se o modelo estrutural proposto por Anderson, Larch e Yotov (2014) em dois níveis. A partir do modelo gravitacional para a equação de comércio no lower level e de técnicas econométricas de imputação com regressão quantílica na equação de saúde no upper level, é possível abordar tanto o problema da engogeneidade existente na condição de saúde, o significativo fluxo de zeros do comércio bilateral entre os países e a ausência de dados para algumas variáveis explicativas da mortalidade infantil (equação de saúde). Os resultados indicam que o comércio bilateral reduz a taxa de mortalidade infantil, sendo esse efeito maior para os países que já possuem um baixo índice de mortalidade. Por outro lado, quando se considera a taxa de mortalidade apenas para crianças de até 5 anos, o efeito passa a ser maior para os países com alto índice. Os exercícios contrafactuais sugerem que a liberalização comercial a partir de um processo de hiperglobalização reduz a taxa de mortalidade infantil, com maior impacto nos países que apresentam altas taxas de mortalidade (países pobres ou em desenvolvimento), corroborando com o benefício que os países com indicadores sociais insatisfatórios podemconseguir via comércioEGV EPGE2023-07-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArticlesArtigosinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://periodicos.fgv.br/rbe/article/view/83043Revista Brasileira de Economia; Vol. 77 No. 2 (2023): ABR - JUNRevista Brasileira de Economia; v. 77 n. 2 (2023): ABR - JUN1806-91340034-7140reponame:Revista Brasileira de Economia (Online)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVporhttps://periodicos.fgv.br/rbe/article/view/83043/840671980-2005Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Economiainfo:eu-repo/semantics/openAccessSouza, Wallace Patrick Santos de FariasAlencar de Figueiredo, ErikAugusto Ziegelmann, Flávio2023-08-10T19:12:53Zoai:ojs.periodicos.fgv.br:article/83043Revistahttps://periodicos.fgv.br/rbe/https://periodicos.fgv.br/rbe/oai||rbe@fgv.br1806-91340034-7140opendoar:2024-03-06T13:03:52.748240Revista Brasileira de Economia (Online) - Fundação Getulio Vargas (FGV)true |
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