Desigualdades no SUS: o caso do atendimento às travestis é 'babado'!
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos EBAPE.BR |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512008000200002 |
Resumo: | Estigmatizadas por não corresponderem ao padrão hegemônico segundo o qual sexo e gênero devem necessariamente coincidir, as travestis constituem um grupo social que não tem garantido o exercício de sua cidadania. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo analisar a percepção, os sentimentos e as dificuldades enfrentadas pelas travestis para terem acesso aos serviços de saúde e serem atendidas de forma igualitária aos demais segmentos da população. Os dados aqui analisados resultam de uma pesquisa qualitativa desenvolvida com travestis freqüentadoras dos encontros organizados pelo grupo Igualdade, em Porto Alegre, com as quais foram realizadas, em primeiro momento, observações participantes e grupo focal, em outra ocasião. A análise dos dados revelou 10 elementos centrais para se compreender a percepção das travestis em relação ao atendimento que recebem nos serviços de saúde: "linguagem", "corpo", "situação de discriminação", "hospitalização", "serviços de saúde", "medicações", "HIV/aids", "preconceito", "estratégias para lidar como preconceito" e "violência simbólica e física". A partir das observações feitas e dos depoimentos colhidos, foi constatada a necessidade de se qualificar os profissionais de saúde para um adequado acolhimento e atendimento ao grupo em estudo, pois a marginalização das travestis traz sérias conseqüências para a saúde pública. |
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