Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos EBAPE.BR |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000300008 |
Resumo: | Políticas públicas envolvem a construção de significado através de discursos, que caracterizam redes semânticas complexas, articulando diferentes pressupostos, conceitos e hipóteses. O objetivo deste artigo é contribuir para o debate sobre a evolução recente da política ambiental, indagando em que medida os debates que marcaram a Rio +20 caracterizam uma ruptura com os quatro discursos predominantes na política ambiental ao longo dos últimos 40 anos. São eles: sobrevivencialismo, resolução de problemas, sustentabilidade e radicalismo verde. Esses discursos são diferentes em seus pressupostos ontológicos (mais realista ou mais nominalista); nas suposições sobre a natureza dos relacionamentos com o meio ambiente (baseados em competição ou em cooperação); na perspectiva que assumem sobre os atores (individualistas ou coletivistas; fortes ou fracos); e nas metáforas que utilizam para defender seus pontos de vista (DRYZEK, 1997). Algumas perguntas também são colocadas para avaliar o impacto e plausibilidade do discurso: que política é associada a ele; seu efeito nas políticas públicas e nas instituições; os argumentos dos críticos; e as falhas reveladas pelas evidências e argumentos. A análise do discurso da Rio +20 foi baseada no documento final da conferência "The Future We Want". Concluímos que os debates da conferência agregam dois grandes discursos: resolução de problemas e sustentabilidade. Alguns efeitos antecipados da Rio +20 são: a melhoria das estatísticas ambientais; aumento de empregos ligados à economia verde; e adoção de políticas regulatórias que modifiquem os preços relativos do uso dos recursos e internalizem os custos das externalidades ambientais. |
id |
FGV-9_524b535218e8cc68eda427de39f15dc4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1679-39512012000300008 |
network_acronym_str |
FGV-9 |
network_name_str |
Cadernos EBAPE.BR |
repository_id_str |
|
spelling |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20?Discurso ambientalRio +20Política ambientalDesenvolvimento sustentávelEconomia verdePolíticas públicas envolvem a construção de significado através de discursos, que caracterizam redes semânticas complexas, articulando diferentes pressupostos, conceitos e hipóteses. O objetivo deste artigo é contribuir para o debate sobre a evolução recente da política ambiental, indagando em que medida os debates que marcaram a Rio +20 caracterizam uma ruptura com os quatro discursos predominantes na política ambiental ao longo dos últimos 40 anos. São eles: sobrevivencialismo, resolução de problemas, sustentabilidade e radicalismo verde. Esses discursos são diferentes em seus pressupostos ontológicos (mais realista ou mais nominalista); nas suposições sobre a natureza dos relacionamentos com o meio ambiente (baseados em competição ou em cooperação); na perspectiva que assumem sobre os atores (individualistas ou coletivistas; fortes ou fracos); e nas metáforas que utilizam para defender seus pontos de vista (DRYZEK, 1997). Algumas perguntas também são colocadas para avaliar o impacto e plausibilidade do discurso: que política é associada a ele; seu efeito nas políticas públicas e nas instituições; os argumentos dos críticos; e as falhas reveladas pelas evidências e argumentos. A análise do discurso da Rio +20 foi baseada no documento final da conferência "The Future We Want". Concluímos que os debates da conferência agregam dois grandes discursos: resolução de problemas e sustentabilidade. Alguns efeitos antecipados da Rio +20 são: a melhoria das estatísticas ambientais; aumento de empregos ligados à economia verde; e adoção de políticas regulatórias que modifiquem os preços relativos do uso dos recursos e internalizem os custos das externalidades ambientais.Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas2012-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000300008Cadernos EBAPE.BR v.10 n.3 2012reponame:Cadernos EBAPE.BRinstname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGV10.1590/S1679-39512012000300008info:eu-repo/semantics/openAccessWenceslau,JulianaAntezana,Natalia LatinoCalmon,Paulo du Pinpor2012-10-23T00:00:00Zoai:scielo:S1679-39512012000300008Revistahttp://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernosebape@fgv.br||cadernosebape@fgv.br1679-39511679-3951opendoar:2012-10-23T00:00Cadernos EBAPE.BR - Fundação Getulio Vargas (FGV)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
title |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
spellingShingle |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? Wenceslau,Juliana Discurso ambiental Rio +20 Política ambiental Desenvolvimento sustentável Economia verde |
title_short |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
title_full |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
title_fullStr |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
title_full_unstemmed |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
title_sort |
Políticas da Terra: existe um novo discurso ambiental pós Rio +20? |
author |
Wenceslau,Juliana |
author_facet |
Wenceslau,Juliana Antezana,Natalia Latino Calmon,Paulo du Pin |
author_role |
author |
author2 |
Antezana,Natalia Latino Calmon,Paulo du Pin |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Wenceslau,Juliana Antezana,Natalia Latino Calmon,Paulo du Pin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Discurso ambiental Rio +20 Política ambiental Desenvolvimento sustentável Economia verde |
topic |
Discurso ambiental Rio +20 Política ambiental Desenvolvimento sustentável Economia verde |
description |
Políticas públicas envolvem a construção de significado através de discursos, que caracterizam redes semânticas complexas, articulando diferentes pressupostos, conceitos e hipóteses. O objetivo deste artigo é contribuir para o debate sobre a evolução recente da política ambiental, indagando em que medida os debates que marcaram a Rio +20 caracterizam uma ruptura com os quatro discursos predominantes na política ambiental ao longo dos últimos 40 anos. São eles: sobrevivencialismo, resolução de problemas, sustentabilidade e radicalismo verde. Esses discursos são diferentes em seus pressupostos ontológicos (mais realista ou mais nominalista); nas suposições sobre a natureza dos relacionamentos com o meio ambiente (baseados em competição ou em cooperação); na perspectiva que assumem sobre os atores (individualistas ou coletivistas; fortes ou fracos); e nas metáforas que utilizam para defender seus pontos de vista (DRYZEK, 1997). Algumas perguntas também são colocadas para avaliar o impacto e plausibilidade do discurso: que política é associada a ele; seu efeito nas políticas públicas e nas instituições; os argumentos dos críticos; e as falhas reveladas pelas evidências e argumentos. A análise do discurso da Rio +20 foi baseada no documento final da conferência "The Future We Want". Concluímos que os debates da conferência agregam dois grandes discursos: resolução de problemas e sustentabilidade. Alguns efeitos antecipados da Rio +20 são: a melhoria das estatísticas ambientais; aumento de empregos ligados à economia verde; e adoção de políticas regulatórias que modifiquem os preços relativos do uso dos recursos e internalizem os custos das externalidades ambientais. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000300008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512012000300008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1679-39512012000300008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Cadernos EBAPE.BR v.10 n.3 2012 reponame:Cadernos EBAPE.BR instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Cadernos EBAPE.BR |
collection |
Cadernos EBAPE.BR |
repository.name.fl_str_mv |
Cadernos EBAPE.BR - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
cadernosebape@fgv.br||cadernosebape@fgv.br |
_version_ |
1754115885041188864 |