O sistema hospitalar brasileiro e os hospitais de pequeno porte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa, Luciana Reis Carpanez
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/27493
Resumo: A atenção hospitalar é responsável por boa parte do aumento de custos em saúde dos últimos anos. Países europeus e do continente americano adequaram suas políticas para o setor hospitalar, concentrando a atenção em centros de maior porte, após estudos dos anos 1990 demonstrarem que hospitais menores de 200 leitos apresentam redução da eficiência. A presente tese teve por objetivo entender como está constituído o parque hospitalar brasileiro, em termos de porte dos hospitais, natureza jurídica, distribuição nacional e de leitos, produção hospitalar (indicadores média de permanência, taxa de ocupação, índice de giro de leitos, índice de intervalo de substituição, porcentagem de internações por condições sensíveis à atenção básica, taxa de mortalidade. Além disso, foi analisada ainda a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte e suas implicações no setor. Na ausência de políticas indutoras de um sistema hospitalar como parte de uma rede, privilegiando a integralidade das ações, a municipalização gerou a pulverização da atenção hospitalar. Este foi o modo encontrado pelos gestores municipais para o atendimento às necessidades de saúde. Houve aumento dos hospitais municipais, com redução de porte, chegando à média de 50 leitos/hospital. A reversão desse cenário envolve ações complexas, que passam por políticas indutoras de qualificação da atenção hospitalar até o entendimento de que as quase 5.000 unidades hospitalares de pequeno porte existentes no país configuram um amplo conjunto a ser estudado em profundidade, subdividindo-o em grupos menores, com vocações distintas. Em um sistema de saúde complexo como o brasileiro, medições da produção hospitalar nacional podem auxiliar na execução e direcionamento de políticas para a área. Os resultados evidenciam que 83,5% dos hospitais brasileiros receberam financiamento federal, sendo a maior parte deles municipais, seguidos pelos filantrópicos, privados, estaduais e federais. Os hospitais com a maior proporção de internações foram os filantrópicos, seguidos pelos estaduais, municipais, privados e federais. Os hospitais de pequeno porte correspondem a 55,6% dos hospitais, mas realizaram somente 17,6% das internações. Os hospitais de médio porte participam com 32,3% dos hospitais e 38,8% das internações. Os hospitais de grande porte correspondem a 12,1% dos hospitais e 43,6% das internações. Os indicadores analisados evidenciaram média de permanência de 5 dias, taxa média de ocupação de 40%, índice de giro de leitos de 38 pacientes/leito/ano (3 pacientes/leito/mês). O tempo médio para a ocupação do leito após a alta de um paciente foi de 135 dias (quatro meses e meio) e 10% das internações ocorreram por condições sensíveis à atenção básica. Por fim, os indicadores analisados evidenciam que quanto maior o porte hospitalar, melhores são os indicadores de desempenho e eficiência assistencial. Os dados podem subsidiar políticas para área da saúde com o objetivo de tornar o sistema hospitalar brasileiro mais eficiente e eficaz, correspondendo melhor aos anseios da população por eles atendidos.
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Além disso, foi analisada ainda a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte e suas implicações no setor. Na ausência de políticas indutoras de um sistema hospitalar como parte de uma rede, privilegiando a integralidade das ações, a municipalização gerou a pulverização da atenção hospitalar. Este foi o modo encontrado pelos gestores municipais para o atendimento às necessidades de saúde. Houve aumento dos hospitais municipais, com redução de porte, chegando à média de 50 leitos/hospital. A reversão desse cenário envolve ações complexas, que passam por políticas indutoras de qualificação da atenção hospitalar até o entendimento de que as quase 5.000 unidades hospitalares de pequeno porte existentes no país configuram um amplo conjunto a ser estudado em profundidade, subdividindo-o em grupos menores, com vocações distintas. Em um sistema de saúde complexo como o brasileiro, medições da produção hospitalar nacional podem auxiliar na execução e direcionamento de políticas para a área. Os resultados evidenciam que 83,5% dos hospitais brasileiros receberam financiamento federal, sendo a maior parte deles municipais, seguidos pelos filantrópicos, privados, estaduais e federais. Os hospitais com a maior proporção de internações foram os filantrópicos, seguidos pelos estaduais, municipais, privados e federais. Os hospitais de pequeno porte correspondem a 55,6% dos hospitais, mas realizaram somente 17,6% das internações. Os hospitais de médio porte participam com 32,3% dos hospitais e 38,8% das internações. Os hospitais de grande porte correspondem a 12,1% dos hospitais e 43,6% das internações. Os indicadores analisados evidenciaram média de permanência de 5 dias, taxa média de ocupação de 40%, índice de giro de leitos de 38 pacientes/leito/ano (3 pacientes/leito/mês). O tempo médio para a ocupação do leito após a alta de um paciente foi de 135 dias (quatro meses e meio) e 10% das internações ocorreram por condições sensíveis à atenção básica. Por fim, os indicadores analisados evidenciam que quanto maior o porte hospitalar, melhores são os indicadores de desempenho e eficiência assistencial. Os dados podem subsidiar políticas para área da saúde com o objetivo de tornar o sistema hospitalar brasileiro mais eficiente e eficaz, correspondendo melhor aos anseios da população por eles atendidos.Hospital care accounts for much of the increase in health care costs in recent years. Many countries have adapted their policies to the hospital sector, focusing attention on larger centers, after studies in the 1990s show that hospitals with less than 200 beds show reduced efficiency. The objective of this thesis was to understand how the Brazilian hospital park, in terms of size of hospitals, legal nature, national and bed distribution, hospital production (average stay indicators, occupancy rate, bed rotation rate, index the number of hospitalizations, the percentage of hospitalizations due to conditions sensitive to primary care, and the mortality rate, and the National Policy for Small Portholes Hospitals and their implications in the sector. the municipalities generated a reduction in hospital care, which was the method found by the municipal managers to meet health needs, with an increase in municipal hospitals, with a reduction in size, reaching the average of 50 beds / hospital. The reversal of this scenario involves complementary actions, that go through policies that induce hospital care qualification to the understanding that the almost 5,000 small hospital units in Brazil constitute a broad set to be studied in depth, subdividing it into smaller groups with different vocations. In a complex health system such as the Brazilian, measurements of national hospital production can help in the execution and direction of policies for the area. The results show that 83.5% of Brazilian hospitals received federal funding, most of them municipal, followed by philanthropic, private, state and federal. The hospitals with the highest proportion of hospitalizations were the philanthropic ones, followed by the state, municipal, private and federal hospitals. Small hospitals corresponded to 55.6% of hospitals but performed only 17.6% of hospitalizations. The medium-sized hospitals participate with 32.3% of the hospitals and 38.8% of the hospitalizations. Large hospitals correspond to 12.1% of hospitals and 43.6% of hospitalizations. The indicators analyzed showed a mean of 5-day stay, mean occupancy rate of 40%, bed-turning rate of 38 patients / bed / year (3 patients / bed / month). The mean time to bed occupancy after leaving a patient was 135 days (four and a half months) and 10% of hospitalizations occurred due to conditions sensitive to basic care. Finally, the analyzed indicators show that the higher the hospital size, the better the indicators of performance and efficiency. The data can subsidize policies for the health area with the objective of making the Brazilian hospital system more efficient and effective, corresponding better to the desires of the population they serve.porHospitalsHospital legislationHospital bed sizeNational health policyHospitaisLegislação hospitalarTamanho dos hospitaisPolíticas públicas de saúdeAdministração de empresasHospitais - BrasilHospitais - AdministraçãoHospitais - AvaliaçãoPolítica de saúde - BrasilServiços de saúde - BrasilO sistema hospitalar brasileiro e os hospitais de pequeno porteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALTese Luciana Reis Carpanez versão final.pdfTese Luciana Reis Carpanez versão 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Política de saúde - Brasil
Serviços de saúde - Brasil
description A atenção hospitalar é responsável por boa parte do aumento de custos em saúde dos últimos anos. Países europeus e do continente americano adequaram suas políticas para o setor hospitalar, concentrando a atenção em centros de maior porte, após estudos dos anos 1990 demonstrarem que hospitais menores de 200 leitos apresentam redução da eficiência. A presente tese teve por objetivo entender como está constituído o parque hospitalar brasileiro, em termos de porte dos hospitais, natureza jurídica, distribuição nacional e de leitos, produção hospitalar (indicadores média de permanência, taxa de ocupação, índice de giro de leitos, índice de intervalo de substituição, porcentagem de internações por condições sensíveis à atenção básica, taxa de mortalidade. Além disso, foi analisada ainda a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte e suas implicações no setor. Na ausência de políticas indutoras de um sistema hospitalar como parte de uma rede, privilegiando a integralidade das ações, a municipalização gerou a pulverização da atenção hospitalar. Este foi o modo encontrado pelos gestores municipais para o atendimento às necessidades de saúde. Houve aumento dos hospitais municipais, com redução de porte, chegando à média de 50 leitos/hospital. A reversão desse cenário envolve ações complexas, que passam por políticas indutoras de qualificação da atenção hospitalar até o entendimento de que as quase 5.000 unidades hospitalares de pequeno porte existentes no país configuram um amplo conjunto a ser estudado em profundidade, subdividindo-o em grupos menores, com vocações distintas. Em um sistema de saúde complexo como o brasileiro, medições da produção hospitalar nacional podem auxiliar na execução e direcionamento de políticas para a área. Os resultados evidenciam que 83,5% dos hospitais brasileiros receberam financiamento federal, sendo a maior parte deles municipais, seguidos pelos filantrópicos, privados, estaduais e federais. Os hospitais com a maior proporção de internações foram os filantrópicos, seguidos pelos estaduais, municipais, privados e federais. Os hospitais de pequeno porte correspondem a 55,6% dos hospitais, mas realizaram somente 17,6% das internações. Os hospitais de médio porte participam com 32,3% dos hospitais e 38,8% das internações. Os hospitais de grande porte correspondem a 12,1% dos hospitais e 43,6% das internações. Os indicadores analisados evidenciaram média de permanência de 5 dias, taxa média de ocupação de 40%, índice de giro de leitos de 38 pacientes/leito/ano (3 pacientes/leito/mês). O tempo médio para a ocupação do leito após a alta de um paciente foi de 135 dias (quatro meses e meio) e 10% das internações ocorreram por condições sensíveis à atenção básica. Por fim, os indicadores analisados evidenciam que quanto maior o porte hospitalar, melhores são os indicadores de desempenho e eficiência assistencial. Os dados podem subsidiar políticas para área da saúde com o objetivo de tornar o sistema hospitalar brasileiro mais eficiente e eficaz, correspondendo melhor aos anseios da população por eles atendidos.
publishDate 2019
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