O instituto da autorregulação no setor ferroviário brasileiro de cargas: um modelo institucional possível
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/35495 |
Resumo: | A presente pesquisa é um estudo das instituições do setor ferroviário brasileiro de cargas, em que analisa como a regulação das ferrovias foi desenvolvida desde a sua primeira estrada férrea, em 1854, até a criação da Lei nº. 14.273/2021, conhecida como o Marco Legal das Ferrovias. A investigação examina as principais mudanças políticas e econômicas que impactaram na criação dos instrumentos regulatórios e, consequentemente, seus impactos no desempenho econômico da infraestrutura ferroviária do país. Essas mudanças institucionais refletiram diretamente no modelo regulatório adotado para o setor ferroviário no Brasil e apresenta alguns gargalos que dificultam o desempenho do modal como o esperado. A pesquisa nos mostra que um dos maiores empecilhos são as escolhas regulatórias adotadas para o mercado, pois, há grande assimetria entre os órgãos reguladores e os regulados. E, com a criação do instituto da autorregulação, no qual os agentes do mercado passam a ter legitimidade, junto com o Estado, para desenvolverem instrumentos jurídicos mais eficientes. Com isso, buscamos na literatura os pressupostos que estruturam o instituto da autorregulação. Percorremos os pontos mais significativos da regulação para que pudéssemos compreender de que forma a autorregulação poderá ser uma nova ferramenta jurídica para corrigir as falhas institucionais. Ao final, analisamos a nova legislação das ferrovias, de uma forma geral, e direcionamos para entender as dimensões da autorregulação nas ferrovias brasileiras. É um instituto novo, há raríssimos referenciais para este segmento específico, o que nos levou a construir boa parte do entendimento de como a autorregulação poderá contribuir para corrigir as falhas institucionais. Destacamos que a escolha pela autorregulação nas ferrovias brasileiras foi influenciada pelo modelo americano, que passou pela reforma regulatória e criou o Staggers Rail Act, que trouxe melhores resultados no desenvolvimento do modal. Entretanto, não podemos comparar substancialmente os resultados, pois exigem esforços maiores, que não são o escopo da pesquisa. Mas, o que podemos dizer é que o Brasil vem tentando criar avanços no plano jurídico e econômico e a autorregulação possa ser o tão esperado modelo possível. |
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Souza, Márcia Cristina Theodoro Rodrigues deEscolas::DIREITO RIOGuerra, Sérgio Antônio SilvaPeixoto, Vitor de MoraesRibeiro, Leandro MolhanoPorto, Antônio José Maristrello2024-07-01T12:26:43Z2024-07-01T12:26:43Z2024-05-22https://hdl.handle.net/10438/35495A presente pesquisa é um estudo das instituições do setor ferroviário brasileiro de cargas, em que analisa como a regulação das ferrovias foi desenvolvida desde a sua primeira estrada férrea, em 1854, até a criação da Lei nº. 14.273/2021, conhecida como o Marco Legal das Ferrovias. A investigação examina as principais mudanças políticas e econômicas que impactaram na criação dos instrumentos regulatórios e, consequentemente, seus impactos no desempenho econômico da infraestrutura ferroviária do país. Essas mudanças institucionais refletiram diretamente no modelo regulatório adotado para o setor ferroviário no Brasil e apresenta alguns gargalos que dificultam o desempenho do modal como o esperado. A pesquisa nos mostra que um dos maiores empecilhos são as escolhas regulatórias adotadas para o mercado, pois, há grande assimetria entre os órgãos reguladores e os regulados. E, com a criação do instituto da autorregulação, no qual os agentes do mercado passam a ter legitimidade, junto com o Estado, para desenvolverem instrumentos jurídicos mais eficientes. Com isso, buscamos na literatura os pressupostos que estruturam o instituto da autorregulação. Percorremos os pontos mais significativos da regulação para que pudéssemos compreender de que forma a autorregulação poderá ser uma nova ferramenta jurídica para corrigir as falhas institucionais. Ao final, analisamos a nova legislação das ferrovias, de uma forma geral, e direcionamos para entender as dimensões da autorregulação nas ferrovias brasileiras. É um instituto novo, há raríssimos referenciais para este segmento específico, o que nos levou a construir boa parte do entendimento de como a autorregulação poderá contribuir para corrigir as falhas institucionais. Destacamos que a escolha pela autorregulação nas ferrovias brasileiras foi influenciada pelo modelo americano, que passou pela reforma regulatória e criou o Staggers Rail Act, que trouxe melhores resultados no desenvolvimento do modal. Entretanto, não podemos comparar substancialmente os resultados, pois exigem esforços maiores, que não são o escopo da pesquisa. Mas, o que podemos dizer é que o Brasil vem tentando criar avanços no plano jurídico e econômico e a autorregulação possa ser o tão esperado modelo possível.The present research is a study of the institutions of the Brazilian railway freight sector, in which it analyzes how the regulation of railways was developed since its first railway in 1854 until the creation of Law no. 14.273/2021, known as the Legal Framework for Railways. The investigation examines the main political and economic changes that impacted the creation of regulatory instruments and, consequently, their impacts on the economic performance of the country's railway infrastructure. These institutional changes directly reflected the regulatory model adopted for the railway sector in Brazil and presented some bottlenecks that made it difficult for the mode to perform as expected. The research shows us that one of the biggest obstacles is the regulatory choices adopted for the market, as there is great asymmetry between regulatory bodies and those regulated. Furthermore, with the creation of the Railways Legal Framework and the institute of self-regulation, market agents now have legitimacy, together with the State, to develop more efficient legal instruments. With this, we searched the literature for the assumptions that structure the institute of self-regulation. We covered the most significant points of regulation so that we could understand how self-regulation could be a new legal tool to correct institutional failures. Ultimately, we analyze the new railway legislation, in general, and aim to understand the dimensions of self-regulation in Brazilian railways. It is a new institute; there are very few references for this specific segment, which led us to build a large part of the understanding of how self-regulation can contribute to correcting institutional failures. We highlight that the choice for self-regulation on Brazilian railways was influenced by the American model, which underwent regulatory reform and created the Staggers Rail Act, which brought better results in the development of the model. However, we cannot substantially compare the results, as they require more significant effort, which is not the scope of the research. However, we can say that Brazil has been trying to create advances in legal and economic terms, and self-regulation could be the long-awaited model.porEconomiaIntervençãoEstratégias regulatóriasEconomyInterventionRegulatory strategiesDireitoDireito regulatórioTransporte ferroviárioCargasFerrovias - Legislação - BrasilO instituto da autorregulação no setor ferroviário brasileiro de cargas: um modelo institucional possívelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ddd26eab-1416-435f-817b-d23a94b8b948/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD51ORIGINALDISSERTAÇÃO submissão.pdfDISSERTAÇÃO 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A presente pesquisa é um estudo das instituições do setor ferroviário brasileiro de cargas, em que analisa como a regulação das ferrovias foi desenvolvida desde a sua primeira estrada férrea, em 1854, até a criação da Lei nº. 14.273/2021, conhecida como o Marco Legal das Ferrovias. A investigação examina as principais mudanças políticas e econômicas que impactaram na criação dos instrumentos regulatórios e, consequentemente, seus impactos no desempenho econômico da infraestrutura ferroviária do país. Essas mudanças institucionais refletiram diretamente no modelo regulatório adotado para o setor ferroviário no Brasil e apresenta alguns gargalos que dificultam o desempenho do modal como o esperado. A pesquisa nos mostra que um dos maiores empecilhos são as escolhas regulatórias adotadas para o mercado, pois, há grande assimetria entre os órgãos reguladores e os regulados. E, com a criação do instituto da autorregulação, no qual os agentes do mercado passam a ter legitimidade, junto com o Estado, para desenvolverem instrumentos jurídicos mais eficientes. Com isso, buscamos na literatura os pressupostos que estruturam o instituto da autorregulação. Percorremos os pontos mais significativos da regulação para que pudéssemos compreender de que forma a autorregulação poderá ser uma nova ferramenta jurídica para corrigir as falhas institucionais. Ao final, analisamos a nova legislação das ferrovias, de uma forma geral, e direcionamos para entender as dimensões da autorregulação nas ferrovias brasileiras. É um instituto novo, há raríssimos referenciais para este segmento específico, o que nos levou a construir boa parte do entendimento de como a autorregulação poderá contribuir para corrigir as falhas institucionais. Destacamos que a escolha pela autorregulação nas ferrovias brasileiras foi influenciada pelo modelo americano, que passou pela reforma regulatória e criou o Staggers Rail Act, que trouxe melhores resultados no desenvolvimento do modal. Entretanto, não podemos comparar substancialmente os resultados, pois exigem esforços maiores, que não são o escopo da pesquisa. Mas, o que podemos dizer é que o Brasil vem tentando criar avanços no plano jurídico e econômico e a autorregulação possa ser o tão esperado modelo possível. |
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