Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Jorge Leal da
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/35405
Resumo: Embora toda corporação seja movida pela luta das suas vantagens funcionais (salários, benefícios financeiros, ausência do controle de ponto etc), conhecemos pouco sobre como as articulações da vantagem funcional do auxílio-moradia foram construídas e operadas pelos juízes. A minha tese teve por objetivo analisar o comportamento dos juízes enquanto corporações profissionais. E isto a partir da variável dos discursos interessados em articular o auxílio-moradia como uma das proxy para compreender o funcionamento das corporações dos juízes. Teoricamente lanço mão das literaturas clássicas da gestão, dos Estudos Críticos dos Discursos (CDS), do profissionalismo e do corporativismo para oferecer uma explanatória guiada pelo realismo crítico transcendental de Roy Bhaskar. A análise documental, a lexicometria e a análise dos discursos sob a perspectiva crítica ofereceram em conjunto a triangulação metodológica ao trabalho de linguística de corpus com banco de dados da jurisprudência da suprema corte entre 2010 e 2023. O total de 644 documentos processados pelo software AntConc. equivale a um corpus de 1.122.316 (um milhão cento e vinte dois mil e trezentos e dezesseis) palavras, cujo tratamento estatístico fundamenta minhas análises quantitativas. De posse de 8 documentos selecionados pela medida de dispersão Juillan'D, fiz a extração de 26 excertos a dar cabo da análise discursiva sob o viés qualitativo complementar ao quantitativo. Meus resultados apontam para o ambiente geral das corporações dos juízes constituído por 13 organismos, entre Conselhos, Associações e a Procuradoria Geral da República, para além do Conselho Nacional de Justiça e do STF, que desempenharam papel central na compreensão do comportamento dos juízes. O contraste da alta judicialização do auxílio-moradia em 2022 com os anos anteriores sugere a revisão dos trabalhos do administrador público em função da insatisfação dos juízes com o trabalho de controle administrativo operado pelo CNJ e pelas administrações dos tribunais locais. Para rever os modos de comportamentos que levam a essa insatisfação, minha tese valoriza a necessária virada espiritual (spiritual turn) a partir de sete elementos da ontologia humana constituinte das corporações dos juízes.
id FGV_305d83cbf7c496a159688067bda27b7e
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/35405
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Silva, Jorge Leal daEscolas::EAESPCouto, Cláudio GonçalvesChaves, Luciano AthaydePaschoalotto, Marco Antonio CatussiAlves, Mário Aquino2024-06-05T14:46:37Z2024-06-05T14:46:37Z2024-05-24https://hdl.handle.net/10438/35405Embora toda corporação seja movida pela luta das suas vantagens funcionais (salários, benefícios financeiros, ausência do controle de ponto etc), conhecemos pouco sobre como as articulações da vantagem funcional do auxílio-moradia foram construídas e operadas pelos juízes. A minha tese teve por objetivo analisar o comportamento dos juízes enquanto corporações profissionais. E isto a partir da variável dos discursos interessados em articular o auxílio-moradia como uma das proxy para compreender o funcionamento das corporações dos juízes. Teoricamente lanço mão das literaturas clássicas da gestão, dos Estudos Críticos dos Discursos (CDS), do profissionalismo e do corporativismo para oferecer uma explanatória guiada pelo realismo crítico transcendental de Roy Bhaskar. A análise documental, a lexicometria e a análise dos discursos sob a perspectiva crítica ofereceram em conjunto a triangulação metodológica ao trabalho de linguística de corpus com banco de dados da jurisprudência da suprema corte entre 2010 e 2023. O total de 644 documentos processados pelo software AntConc. equivale a um corpus de 1.122.316 (um milhão cento e vinte dois mil e trezentos e dezesseis) palavras, cujo tratamento estatístico fundamenta minhas análises quantitativas. De posse de 8 documentos selecionados pela medida de dispersão Juillan'D, fiz a extração de 26 excertos a dar cabo da análise discursiva sob o viés qualitativo complementar ao quantitativo. Meus resultados apontam para o ambiente geral das corporações dos juízes constituído por 13 organismos, entre Conselhos, Associações e a Procuradoria Geral da República, para além do Conselho Nacional de Justiça e do STF, que desempenharam papel central na compreensão do comportamento dos juízes. O contraste da alta judicialização do auxílio-moradia em 2022 com os anos anteriores sugere a revisão dos trabalhos do administrador público em função da insatisfação dos juízes com o trabalho de controle administrativo operado pelo CNJ e pelas administrações dos tribunais locais. Para rever os modos de comportamentos que levam a essa insatisfação, minha tese valoriza a necessária virada espiritual (spiritual turn) a partir de sete elementos da ontologia humana constituinte das corporações dos juízes.Although every corporation is driven by the fight for its functional advantages (salaries, financial benefits, absence of time control, etc.), we know little about how the articulations of the functional advantage of housing assistance were constructed and operated by judges. My thesis aimed to analyze the behavior of judges as professional corporations. This is based on the variable of discourses interested in articulating housing assistance as one of the proxies for understanding the functioning of judges' corporations. Theoretically, I draw on classic management literature, Critical Discourse Studies (CDS), professionalism, and corporatism to offer an explanation guided by Roy Bhaskar's transcendental critical realism. Document analysis, lexicometrics, and discourse analysis from a critical perspective jointly offered methodological triangulation to the work of corpus linguistics with a database of supreme court jurisprudence between 2010 and 2023. A total of 644 documents were processed by the AntConc software. It is equivalent to a corpus of 1,122,316 (one million, one hundred and twenty-two thousand, three hundred and sixteen) words, whose statistical treatment supports my quantitative analyses. With 8 documents selected by the Juillan'D dispersion measure, I extracted 26 excerpts to complete the discursive analysis under the qualitative bias complementary to the quantitative. My results point to the general environment of the judges' corporations made up of 13 bodies, including Councils, Associations, and the Attorney General's Office, in addition to the National Council of Justice and the STF, which played a central role in understanding the behavior of judges. The contrast of the high judicialization of housing assistance in 2022 with previous years suggests a review of the work of the public administrator due to the dissatisfaction of judges with the administrative control work carried out by the CNJ and the administrations of local courts. To review the modes of behavior that lead to this dissatisfaction, my thesis values the necessary spiritual turn based on seven elements of the human ontology that constitute the judges' corporations.porComportamentoJuízesCorporativismoProfissionalismoDiscursosBehaviorJudgesCorporativismProfessionalismDiscoursesAdministração públicaJuízes - CondutaCorporativismoAnálise crítica do discursoRealismo críticoRemunerações extra-salariaisDiscursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/c7691b29-3694-45b3-89d9-5ff653d87c4f/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD52ORIGINALTexto da Tese (Defesa) (6).pdfTexto da Tese (Defesa) (6).pdfPDFapplication/pdf14272957https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0acb04db-7327-4c82-a963-71d877e973ad/downloadbaaa258726bcf42465316d42fdcb2c40MD53TEXTTexto da Tese (Defesa) (6).pdf.txtTexto da Tese (Defesa) (6).pdf.txtExtracted texttext/plain103037https://repositorio.fgv.br/bitstreams/8a3efc4c-7b05-451d-92c4-3fe864096471/download9aa9df366b7efc4689545538e3cbc407MD54THUMBNAILTexto da Tese (Defesa) (6).pdf.jpgTexto da Tese (Defesa) (6).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2335https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ac148a19-9af7-4bfa-9713-fe3b98cae96f/downloada4fc7afa56d3681c8ceca6472a1ff12bMD5510438/354052024-06-05 17:44:21.068open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/35405https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-06-05T17:44:21Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50bwpIw6EgdW0gw7psdGltbyBwYXNzbzogcGFyYSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciBlIGRpc3RyaWJ1aXIgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gZW0gdG9kbyBvIG11bmRvLCB2b2PDqiBkZXZlIGNvbmNvcmRhciBjb20gb3MgdGVybW9zIGEgc2VndWlyLgoKQ29uY29yZGFyIGNvbSBvIFRlcm1vIGRlIExpY2VuY2lhbWVudG8sIHNlbGVjaW9uYW5kbyAiRXUgY29uY29yZG8gY29tIG8gVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50byIgZSBjbGlxdWUgZW0gIkZpbmFsaXphciBzdWJtaXNzw6NvIi4KClRFUk1PUyBMSUNFTkNJQU1FTlRPIFBBUkEgQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIMOAIEJJQkxJT1RFQ0EgVklSVFVBTCBGR1YgKHZlcnPDo28gMS4yKQoKMS4gVm9jw6osIHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgVmlydHVhbCBGR1YsIGFzc2VndXJhLCBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8sIHF1ZSDDqSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCB2b2PDqiBhc3NlZ3VyYSB0ZXIgb2J0aWRvLCBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMsIGF1dG9yaXphw6fDo28gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIHNpc3RlbWFzIGluZm9ybWF0aXphZG9zLgoKMi4gQSBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIHRlbSBjb21vIGNvbnNlccO8w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCByZXByb2R1emlyIGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MsIG5vIHNpdGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjQuIEVzdGEgbGljZW7Dp2EgYWJyYW5nZSwgYWluZGEsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyBkZSBhcnRpc3RhcyBpbnTDqXJwcmV0ZXMgb3UgZXhlY3V0YW50ZXMsIHByb2R1dG9yZXMgZm9ub2dyw6FmaWNvcyBvdSBlbXByZXNhcyBkZSByYWRpb2RpZnVzw6NvIHF1ZSBldmVudHVhbG1lbnRlIHNlamFtIGFwbGljw6F2ZWlzIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBvYnJhIGRlcG9zaXRhZGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gbyByZWdpbWUgZml4YWRvIG5vIFTDrXR1bG8gViBkYSBMZWkgOS42MTAvOTguCgo1LiBTZSBhIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBmb2kgb3Ugw6kgb2JqZXRvIGRlIGZpbmFuY2lhbWVudG8gcG9yIGluc3RpdHVpw6fDtWVzIGRlIGZvbWVudG8gw6AgcGVzcXVpc2Egb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgc2VtZWxoYW50ZSwgdm9jw6ogb3UgbyB0aXR1bGFyIGFzc2VndXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHRvZGFzIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBxdWUgbGhlIGZvcmFtIGltcG9zdGFzIHBlbGEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBmaW5hbmNpYWRvcmEgZW0gcmF6w6NvIGRvIGZpbmFuY2lhbWVudG8sIGUgcXVlIG7Do28gZXN0w6EgY29udHJhcmlhbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc3Bvc2nDp8OjbyBjb250cmF0dWFsIHJlZmVyZW50ZSDDoCBwdWJsaWNhw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIG9yYSBzdWJtZXRpZG8gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjYuIENhc28gYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVuY29udHJlLXNlIGxpY2VuY2lhZGEgc29iIHVtYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgc29iIGEgbGljZW7Dp2EgR05VIEZyZWUgRG9jdW1lbnRhdGlvbiBMaWNlbnNlIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgb3Ugb3V0cmEgbGljZW7Dp2EgcXVhbGlmaWNhZGEgY29tbyBsaXZyZSBzZWd1bmRvIG9zIGNyaXTDqXJpb3MgZGEgRGVmaW5pdGlvbiBvZiBGcmVlIEN1bHR1cmFsIFdvcmtzIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL2ZyZWVkb21kZWZpbmVkLm9yZy9EZWZpbml0aW9uKSBvdSBGcmVlIFNvZnR3YXJlIERlZmluaXRpb24gKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vd3d3LmdudS5vcmcvcGhpbG9zb3BoeS9mcmVlLXN3Lmh0bWwpLCBvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbSBjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcyBsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIgYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEgaW50ZWdyYWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhIHByZXNlbnRlIGV0YXBhIGUgYXMgZXRhcGFzIHN1YnNlccO8ZW50ZXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCB2b2PDqiBhdGVzdGEgcXVlIGxldSBlIGNvbmNvcmRhIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgYXNzaW5hbmRvLW9zIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcmUgb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYSwgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXHDvMOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgY2xpcXVlIG5vIGxpbmsgIkZhbGUgY29ub3NjbyIuCgpTZSB2b2PDqiB0aXZlciBkw7p2aWRhcyBzb2JyZSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBwb3IgZmF2b3IgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gb3MgYWRtaW5pc3RyYWRvcmVzIGRvIFJlcG9zaXTDs3Jpby4K
dc.title.por.fl_str_mv Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
title Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
spellingShingle Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
Silva, Jorge Leal da
Comportamento
Juízes
Corporativismo
Profissionalismo
Discursos
Behavior
Judges
Corporativism
Professionalism
Discourses
Administração pública
Juízes - Conduta
Corporativismo
Análise crítica do discurso
Realismo crítico
Remunerações extra-salariais
title_short Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
title_full Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
title_fullStr Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
title_full_unstemmed Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
title_sort Discursos dos juízes: justificativas do auxílio-moradia na Suprema Corte
author Silva, Jorge Leal da
author_facet Silva, Jorge Leal da
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Couto, Cláudio Gonçalves
Chaves, Luciano Athayde
Paschoalotto, Marco Antonio Catussi
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Jorge Leal da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alves, Mário Aquino
contributor_str_mv Alves, Mário Aquino
dc.subject.por.fl_str_mv Comportamento
Juízes
Corporativismo
Profissionalismo
Discursos
topic Comportamento
Juízes
Corporativismo
Profissionalismo
Discursos
Behavior
Judges
Corporativism
Professionalism
Discourses
Administração pública
Juízes - Conduta
Corporativismo
Análise crítica do discurso
Realismo crítico
Remunerações extra-salariais
dc.subject.eng.fl_str_mv Behavior
Judges
Corporativism
Professionalism
Discourses
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração pública
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Juízes - Conduta
Corporativismo
Análise crítica do discurso
Realismo crítico
Remunerações extra-salariais
description Embora toda corporação seja movida pela luta das suas vantagens funcionais (salários, benefícios financeiros, ausência do controle de ponto etc), conhecemos pouco sobre como as articulações da vantagem funcional do auxílio-moradia foram construídas e operadas pelos juízes. A minha tese teve por objetivo analisar o comportamento dos juízes enquanto corporações profissionais. E isto a partir da variável dos discursos interessados em articular o auxílio-moradia como uma das proxy para compreender o funcionamento das corporações dos juízes. Teoricamente lanço mão das literaturas clássicas da gestão, dos Estudos Críticos dos Discursos (CDS), do profissionalismo e do corporativismo para oferecer uma explanatória guiada pelo realismo crítico transcendental de Roy Bhaskar. A análise documental, a lexicometria e a análise dos discursos sob a perspectiva crítica ofereceram em conjunto a triangulação metodológica ao trabalho de linguística de corpus com banco de dados da jurisprudência da suprema corte entre 2010 e 2023. O total de 644 documentos processados pelo software AntConc. equivale a um corpus de 1.122.316 (um milhão cento e vinte dois mil e trezentos e dezesseis) palavras, cujo tratamento estatístico fundamenta minhas análises quantitativas. De posse de 8 documentos selecionados pela medida de dispersão Juillan'D, fiz a extração de 26 excertos a dar cabo da análise discursiva sob o viés qualitativo complementar ao quantitativo. Meus resultados apontam para o ambiente geral das corporações dos juízes constituído por 13 organismos, entre Conselhos, Associações e a Procuradoria Geral da República, para além do Conselho Nacional de Justiça e do STF, que desempenharam papel central na compreensão do comportamento dos juízes. O contraste da alta judicialização do auxílio-moradia em 2022 com os anos anteriores sugere a revisão dos trabalhos do administrador público em função da insatisfação dos juízes com o trabalho de controle administrativo operado pelo CNJ e pelas administrações dos tribunais locais. Para rever os modos de comportamentos que levam a essa insatisfação, minha tese valoriza a necessária virada espiritual (spiritual turn) a partir de sete elementos da ontologia humana constituinte das corporações dos juízes.
publishDate 2024
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-06-05T14:46:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-06-05T14:46:37Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2024-05-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/35405
url https://hdl.handle.net/10438/35405
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/c7691b29-3694-45b3-89d9-5ff653d87c4f/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0acb04db-7327-4c82-a963-71d877e973ad/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/8a3efc4c-7b05-451d-92c4-3fe864096471/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ac148a19-9af7-4bfa-9713-fe3b98cae96f/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 2a4b67231f701c416a809246e7a10077
baaa258726bcf42465316d42fdcb2c40
9aa9df366b7efc4689545538e3cbc407
a4fc7afa56d3681c8ceca6472a1ff12b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802749852995551232