Inovações na gestão do sistema de saúde brasileiro: desafios e oportunidades da interface público e privada a partir da atenção primária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/32772 |
Resumo: | A estratégica articulação entre os setores público e privado em sistemas de saúde é um desafio para o avanço da cobertura universal à saúde. Relevantes contribuições sobre o tema tem destacado os efeitos danosos, porém pouca atenção tem sido dada a criação de mecanismos regulatórios e de coordenação entre os dois setores visando aumentar eficiência, mitigar inequidades e ampliar a cobertura assistencial. O Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) é composto por um mix público-privado, com problemas de financiamento, sustentabilidade e pouca sinergia. A reconhecida implantação de Atenção Primária à Saúde pelo SUS e o recente olhar para melhores modelos de cuidado pela Saúde Suplementar provocaram migração de gestores entre os sistemas e abriram novas conformações. O estudo procura responder se esta nova situação trouxe experiências do SUS passíveis de serem incorporados na Saúde Suplementar e se inovações desenvolvidas na Saúde Suplementar poderiam ser exemplos para responder a problemas do SUS, além de avaliar oportunidades de avanço em ações coordenadas. Utilizou-se de método qualitativo através de entrevistas de 13 gestores com o critério de terem realizado gestão no SUS e na Saúde Suplementar. Para a análise foi necessário categorizar as experiências e aspectos levantados através de uma matriz analítica embasada em funções e objetivos do sistema de saúde da OMS. Foram levantados 296 aspectos e experiências categorizados como positivos ou fragilidades de cada subsistema. Constatou-se que características apontadas como fragilidades da Saúde Suplementar são, em grande parte, aspectos e experiências positivas do SUS, principalmente na governança, cultura institucional e aspectos da coordenação do cuidado e rede. Destes houve grande relevância na governança com insuficiente regulamentação atribuída principalmente à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e falta de alinhamento de modelo desta com o ministério da saúde. Da mesma forma que há uma similaridade entre as fragilidades do SUS e os e aspectos e experiências positivas da Saúde Suplementar, principalmente em flexibilidade e inovações de financiamento e pagamento; na gestão e governança; na alocação de recursos e em experiências de ampliação digital de acesso e coordenação do cuidado. Foram levantadas experiências e oportunidades de ações coordenadas entre os sistemas públicos e saúde suplementar através da ampliação estatal do financiamento e inovações em formas de pagamento, melhoria nos processos de governança, ações conjuntas de alocação de recursos incluindo centros formadores e também através de alinhamentos na coordenação de cuidado e rede assistencial. Trazem como desafios aspectos estruturais como a dificuldade de interoperabilidade, além de aspectos culturais, políticos e ideológicos. |
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O estudo procura responder se esta nova situação trouxe experiências do SUS passíveis de serem incorporados na Saúde Suplementar e se inovações desenvolvidas na Saúde Suplementar poderiam ser exemplos para responder a problemas do SUS, além de avaliar oportunidades de avanço em ações coordenadas. Utilizou-se de método qualitativo através de entrevistas de 13 gestores com o critério de terem realizado gestão no SUS e na Saúde Suplementar. Para a análise foi necessário categorizar as experiências e aspectos levantados através de uma matriz analítica embasada em funções e objetivos do sistema de saúde da OMS. Foram levantados 296 aspectos e experiências categorizados como positivos ou fragilidades de cada subsistema. Constatou-se que características apontadas como fragilidades da Saúde Suplementar são, em grande parte, aspectos e experiências positivas do SUS, principalmente na governança, cultura institucional e aspectos da coordenação do cuidado e rede. Destes houve grande relevância na governança com insuficiente regulamentação atribuída principalmente à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e falta de alinhamento de modelo desta com o ministério da saúde. Da mesma forma que há uma similaridade entre as fragilidades do SUS e os e aspectos e experiências positivas da Saúde Suplementar, principalmente em flexibilidade e inovações de financiamento e pagamento; na gestão e governança; na alocação de recursos e em experiências de ampliação digital de acesso e coordenação do cuidado. Foram levantadas experiências e oportunidades de ações coordenadas entre os sistemas públicos e saúde suplementar através da ampliação estatal do financiamento e inovações em formas de pagamento, melhoria nos processos de governança, ações conjuntas de alocação de recursos incluindo centros formadores e também através de alinhamentos na coordenação de cuidado e rede assistencial. Trazem como desafios aspectos estruturais como a dificuldade de interoperabilidade, além de aspectos culturais, políticos e ideológicos.The strategic articulation between the public and private sectors in health systems is a challenge for advancing universal health coverage. Relevant contributions on the subject have highlighted the harmful effects, but little attention has been given to the creation of regulatory and coordination mechanisms between the two sectors to increase efficiency, mitigate inequities and expand care coverage. The Brazilian Unified Health System (SUS) is composed of a publicprivate mix, with financing, sustainability and little synergy problems. The recognized implementation of Primary Health Care by the SUS and the recent look at better models of care for Supplementary Health caused the migration of managers between the systems and opened new conformations. The study seeks to answer whether this new situation has brought SUS experiences that could be incorporated into Supplementary Health and whether innovations developed in Supplementary Health could be examples to respond to SUS problems, in addition to evaluating opportunities for advancement in coordinated actions. A qualitative method was used through interviews with 13 managers with the criterion of having performed management in the SUS and in Supplementary Health. For the analysis, it was necessary to categorize the experiences and aspects raised through an analytical matrix based on the functions and objectives of the WHO health system. A total of 296 aspects and experiences were raised, categorized as positives or weaknesses of each subsystem. It was found that characteristics identified as weaknesses of Supplementary Health are, to a large extent, positive aspects and experiences of the SUS, especially in governance, institutional culture and aspects of care and network coordination. Of these, there was great relevance in governance with insufficient regulation attributed mainly to the National Supplementary Health Agency (ANS) and lack of alignment of its model with the ministry of health. In the same way that there is a similarity between the weaknesses of the SUS and the positive aspects and experiences of Supplementary Health, mainly in terms of flexibility and innovations in financing and payment; in management and governance; in the allocation of resources and in experiences of digital expansion of access and coordination of care. Experiences and opportunities for coordinated actions between public systems and supplementary health were raised through the expansion of state funding and innovations in payment methods, improvement in governance processes, joint actions of resource allocation including training centers and also through alignments in coordination of care and assistance network. They bring as challenges structural aspects such as the difficulty of interoperability, in addition to cultural, political and ideological aspects.porHealth policyPrimary health carePublic-private mixDuplicated coveragePolíticas de saúdeAtenção primária à saúdeMix público-privadoCobertura duplicadaSaúdeAdministração públicaAdministração de empresasPolítica de saúde - BrasilCuidados primários de saúdeParceria público-privadaSistema Único de Saúde (Brasil)Saúde suplementarInovações na gestão do sistema de saúde brasileiro: desafios e oportunidades da interface público e privada a partir da atenção primáriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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A estratégica articulação entre os setores público e privado em sistemas de saúde é um desafio para o avanço da cobertura universal à saúde. Relevantes contribuições sobre o tema tem destacado os efeitos danosos, porém pouca atenção tem sido dada a criação de mecanismos regulatórios e de coordenação entre os dois setores visando aumentar eficiência, mitigar inequidades e ampliar a cobertura assistencial. O Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) é composto por um mix público-privado, com problemas de financiamento, sustentabilidade e pouca sinergia. A reconhecida implantação de Atenção Primária à Saúde pelo SUS e o recente olhar para melhores modelos de cuidado pela Saúde Suplementar provocaram migração de gestores entre os sistemas e abriram novas conformações. O estudo procura responder se esta nova situação trouxe experiências do SUS passíveis de serem incorporados na Saúde Suplementar e se inovações desenvolvidas na Saúde Suplementar poderiam ser exemplos para responder a problemas do SUS, além de avaliar oportunidades de avanço em ações coordenadas. Utilizou-se de método qualitativo através de entrevistas de 13 gestores com o critério de terem realizado gestão no SUS e na Saúde Suplementar. Para a análise foi necessário categorizar as experiências e aspectos levantados através de uma matriz analítica embasada em funções e objetivos do sistema de saúde da OMS. Foram levantados 296 aspectos e experiências categorizados como positivos ou fragilidades de cada subsistema. Constatou-se que características apontadas como fragilidades da Saúde Suplementar são, em grande parte, aspectos e experiências positivas do SUS, principalmente na governança, cultura institucional e aspectos da coordenação do cuidado e rede. Destes houve grande relevância na governança com insuficiente regulamentação atribuída principalmente à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e falta de alinhamento de modelo desta com o ministério da saúde. Da mesma forma que há uma similaridade entre as fragilidades do SUS e os e aspectos e experiências positivas da Saúde Suplementar, principalmente em flexibilidade e inovações de financiamento e pagamento; na gestão e governança; na alocação de recursos e em experiências de ampliação digital de acesso e coordenação do cuidado. Foram levantadas experiências e oportunidades de ações coordenadas entre os sistemas públicos e saúde suplementar através da ampliação estatal do financiamento e inovações em formas de pagamento, melhoria nos processos de governança, ações conjuntas de alocação de recursos incluindo centros formadores e também através de alinhamentos na coordenação de cuidado e rede assistencial. Trazem como desafios aspectos estruturais como a dificuldade de interoperabilidade, além de aspectos culturais, políticos e ideológicos. |
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