Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Eliane Ferreira dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/27715
Resumo: Este estudo examina de que forma o coworking pode ser compreendido como uma construção discursiva sobre o trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico. Observamos poucos estudos, na literatura internacional, que se propuseram a apresentar uma articulação entre os mecanismos de poder biopolítico (FOUCAULT, 2008b) com o campo do trabalho e das organizações (FLEMING, 2012; 2014; MUNRO, 2012), não havendo estudos sobre tal temática em âmbito nacional. Partindo dessa lacuna, a presente pesquisa pretende identificar e analisar os discursos sobre os espaços de coworking que evidenciam um determinado ethos neoliberal (HAMANN, 2009; ROSE e MILLER, 2012; ROSE, 2011) que se impõe sobre a vida dos indivíduos, conduzindo-os conforme preceitos de uma nova razão governamental, de indivíduo como empresa de si e portador de um capital humano. Para demonstrar como esse processo é construído, por meio de análise documental de três fontes (site de coworking, site da Associação Brasileira de Coworking e revista Exame) e análise de discurso, adotamos dois aspectos da arte de governar (MILLER e ROSE, 2012; ROSE, 2011): as racionalidades (relacionadas ao modo de representar o objeto de análise, tornando-o cognoscível, calculável e administrável) e os mecanismos (relacionados aos aspectos que modelam, normalizam e instrumentalizam a conduta, o pensamento, as decisões e as aspirações das pessoas). A análise revelou, por meio de categorias e formações discursivas, os aspectos subjetivos intrínsecos ao conceito de coworking e à construção do sujeito “coworker”, um indivíduo autônomo, empresário de si mesmo, sujeito a um ethos neoliberal que coloca a sua subjetividade a serviço de uma racionalidade econômica.
id FGV_504be6db2647e2dd21be69726f6d3f47
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/27715
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Santos, Eliane Ferreira dosEscolas::EAESPAndrade, Daniel PereiraHeloani, José RobertoMeneghetti, Francis KanashiroFontenelle, Isleide Arruda2019-07-22T14:58:48Z2019-07-22T14:58:48Z2019-05-30https://hdl.handle.net/10438/27715Este estudo examina de que forma o coworking pode ser compreendido como uma construção discursiva sobre o trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico. Observamos poucos estudos, na literatura internacional, que se propuseram a apresentar uma articulação entre os mecanismos de poder biopolítico (FOUCAULT, 2008b) com o campo do trabalho e das organizações (FLEMING, 2012; 2014; MUNRO, 2012), não havendo estudos sobre tal temática em âmbito nacional. Partindo dessa lacuna, a presente pesquisa pretende identificar e analisar os discursos sobre os espaços de coworking que evidenciam um determinado ethos neoliberal (HAMANN, 2009; ROSE e MILLER, 2012; ROSE, 2011) que se impõe sobre a vida dos indivíduos, conduzindo-os conforme preceitos de uma nova razão governamental, de indivíduo como empresa de si e portador de um capital humano. Para demonstrar como esse processo é construído, por meio de análise documental de três fontes (site de coworking, site da Associação Brasileira de Coworking e revista Exame) e análise de discurso, adotamos dois aspectos da arte de governar (MILLER e ROSE, 2012; ROSE, 2011): as racionalidades (relacionadas ao modo de representar o objeto de análise, tornando-o cognoscível, calculável e administrável) e os mecanismos (relacionados aos aspectos que modelam, normalizam e instrumentalizam a conduta, o pensamento, as decisões e as aspirações das pessoas). A análise revelou, por meio de categorias e formações discursivas, os aspectos subjetivos intrínsecos ao conceito de coworking e à construção do sujeito “coworker”, um indivíduo autônomo, empresário de si mesmo, sujeito a um ethos neoliberal que coloca a sua subjetividade a serviço de uma racionalidade econômica.This study examines how coworking can be understood as a discursive construction of work around mechanisms of biopolitcal power. We have observed few studies in the international literature that have proposed to articulate the mechanisms of biopolitical power (FOUCAULT, 2008b) with the field of work and organizations (FLEMING, 2012; 2014; MUNRO, 2012), such theme at the national level. The present research aims at identifying and analyzing the discourse on the coworking spaces that show a certain neoliberal ethos (HANNANN, 2009; MILLER e ROSE, 2012; ROSE, 2011) that imposes on the life of individuals, according to the precepts of a new governmental reason, of individual as company of self and human capital. To demonstrate how this process is constructed through documental analysis of three sources (Impact Hub coworking site, Brazilian Coworking Association and Exame Magazine) and discourse analysis. We adopta two aspects of the art of governing (MILLER e ROSE, 2012; ROSE 2011): the rationalities (related to the way of representing the object of analysis, making it knowable, calculate and manageable) and mechanisms (related to the aspects that shape, standardize and instrumentalize behavior, thinking, decisions and people’s aspirations). The analysis revelead, by means of discursive categories and formations, the subjective aspects intrinsic to the concept of coworking and to the construction of the “coworker” subject, an autonomous individual, an entrepreuner of himself, subject to a neoliberal ethos that palces his subjectivity at service of an economic rationality.porCoworkingRationalityGovernmentatlityBiopoliticsSubjectivityRacionalidadeGovernamentalidadeBiopolíticaSubjetividadeAdministração de empresasAmbiente de trabalhoCompartilhamentoRazãoBiopoliticaSubjetividadePoder (Ciências sociais)Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolíticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/26c03e6d-5472-41cf-9ab0-f864b9e62b20/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52TEXTTese - Coworking_2019.pdf.txtTese - Coworking_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain470082https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2f404103-54b9-489e-ab77-739647e72ece/download71c620ce055bea9994502f9b7788c5e6MD53Tese - Coworking_2019. alteração.pdf.txtTese - Coworking_2019. alteração.pdf.txtExtracted texttext/plain102701https://repositorio.fgv.br/bitstreams/b0837831-74c0-4d12-9d8e-95f0205823e6/download22cb2c26cd055d1daa610e1ef241f06dMD58THUMBNAILTese - Coworking_2019.pdf.jpgTese - Coworking_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1376https://repositorio.fgv.br/bitstreams/243c509f-cc58-48ef-98d2-397e95b2aa01/download7444534f2c89983db34e0811fdfef6e2MD54Tese - Coworking_2019. alteração.pdf.jpgTese - Coworking_2019. alteração.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2490https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7d5f1390-2664-4a0f-b328-1431d3f5ea99/download1813f319a3fad2ba127c5d700bae7320MD59ORIGINALTese - Coworking_2019. alteração.pdfTese - Coworking_2019. alteração.pdfPDFapplication/pdf4122302https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ca2c0666-0fe7-4923-b34b-cc24f16d8983/download27966e3d432c9b09eed1bc56b7f5a99dMD5510438/277152023-11-25 02:39:30.753open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/27715https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T02:39:30Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
title Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
spellingShingle Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
Santos, Eliane Ferreira dos
Coworking
Rationality
Governmentatlity
Biopolitics
Subjectivity
Racionalidade
Governamentalidade
Biopolítica
Subjetividade
Administração de empresas
Ambiente de trabalho
Compartilhamento
Razão
Biopolitica
Subjetividade
Poder (Ciências sociais)
title_short Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
title_full Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
title_fullStr Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
title_full_unstemmed Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
title_sort Coworking: uma construção discursiva do trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico
author Santos, Eliane Ferreira dos
author_facet Santos, Eliane Ferreira dos
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Andrade, Daniel Pereira
Heloani, José Roberto
Meneghetti, Francis Kanashiro
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Eliane Ferreira dos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fontenelle, Isleide Arruda
contributor_str_mv Fontenelle, Isleide Arruda
dc.subject.eng.fl_str_mv Coworking
Rationality
Governmentatlity
Biopolitics
Subjectivity
topic Coworking
Rationality
Governmentatlity
Biopolitics
Subjectivity
Racionalidade
Governamentalidade
Biopolítica
Subjetividade
Administração de empresas
Ambiente de trabalho
Compartilhamento
Razão
Biopolitica
Subjetividade
Poder (Ciências sociais)
dc.subject.por.fl_str_mv Racionalidade
Governamentalidade
Biopolítica
Subjetividade
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração de empresas
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Ambiente de trabalho
Compartilhamento
Razão
Biopolitica
Subjetividade
Poder (Ciências sociais)
description Este estudo examina de que forma o coworking pode ser compreendido como uma construção discursiva sobre o trabalho em torno de mecanismos de poder biopolítico. Observamos poucos estudos, na literatura internacional, que se propuseram a apresentar uma articulação entre os mecanismos de poder biopolítico (FOUCAULT, 2008b) com o campo do trabalho e das organizações (FLEMING, 2012; 2014; MUNRO, 2012), não havendo estudos sobre tal temática em âmbito nacional. Partindo dessa lacuna, a presente pesquisa pretende identificar e analisar os discursos sobre os espaços de coworking que evidenciam um determinado ethos neoliberal (HAMANN, 2009; ROSE e MILLER, 2012; ROSE, 2011) que se impõe sobre a vida dos indivíduos, conduzindo-os conforme preceitos de uma nova razão governamental, de indivíduo como empresa de si e portador de um capital humano. Para demonstrar como esse processo é construído, por meio de análise documental de três fontes (site de coworking, site da Associação Brasileira de Coworking e revista Exame) e análise de discurso, adotamos dois aspectos da arte de governar (MILLER e ROSE, 2012; ROSE, 2011): as racionalidades (relacionadas ao modo de representar o objeto de análise, tornando-o cognoscível, calculável e administrável) e os mecanismos (relacionados aos aspectos que modelam, normalizam e instrumentalizam a conduta, o pensamento, as decisões e as aspirações das pessoas). A análise revelou, por meio de categorias e formações discursivas, os aspectos subjetivos intrínsecos ao conceito de coworking e à construção do sujeito “coworker”, um indivíduo autônomo, empresário de si mesmo, sujeito a um ethos neoliberal que coloca a sua subjetividade a serviço de uma racionalidade econômica.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-22T14:58:48Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-07-22T14:58:48Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-05-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/27715
url https://hdl.handle.net/10438/27715
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/26c03e6d-5472-41cf-9ab0-f864b9e62b20/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2f404103-54b9-489e-ab77-739647e72ece/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/b0837831-74c0-4d12-9d8e-95f0205823e6/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/243c509f-cc58-48ef-98d2-397e95b2aa01/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/7d5f1390-2664-4a0f-b328-1431d3f5ea99/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ca2c0666-0fe7-4923-b34b-cc24f16d8983/download
bitstream.checksum.fl_str_mv dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
71c620ce055bea9994502f9b7788c5e6
22cb2c26cd055d1daa610e1ef241f06d
7444534f2c89983db34e0811fdfef6e2
1813f319a3fad2ba127c5d700bae7320
27966e3d432c9b09eed1bc56b7f5a99d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1810023967613779968