Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, João Paulo Cavalcante
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10438/18988
Resumo: A indústria do sexo, sem sombra de dúvidas, movimenta milhões de reais anualmente no Brasil e bilhões de dólares no mundo todo. Diante das diversas possibilidades de negócios existentes na indústria do sexo brasileira, para esta tese delimitou-se o estudo da prostituição masculina, tendo em vista que o tabu e os estigmas acerca dela ainda são muitos o que torna essa temática pouco estudada e completamente negligenciada pelas pesquisas científicas realizadas em nosso país. Ademais, não existem pesquisas na área dos Estudos Organizacionais no Brasil que tratem do trabalho sexual masculino, o que justifica a originalidade deste trabalho. Dessa forma, esta pesquisa tem por objetivo conhecer como está organizado o comércio do sexo masculino na cidade de São Paulo na percepção dos garotos de programa e identificar quais são os fatores que impactam na atuação desses profissionais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com inspiração etnográfica, visto que esta parte da noção da construção social da realidade do mundo do trabalho dos prostitutos. Para reunir material empírico, a coleta dos dados da pesquisa de campo se utilizou de múltiplas técnicas, tais como: entrevista semiestruturada, observação direta e análise de casos em profundidade. Ao todo, foram realizadas 30 entrevistas que possuíam em média 50 minutos de duração e 6 meses de observação direta em locais onde a prostituição masculina ocorre na cidade de São Paulo. Após as transcrições, as entrevistas foram submetidas à análise com o auxílio do software WEFT-QDA®. Para elaboração da teoria substantiva, optei pela aplicação da Grounded Theory como método. Durante o processo de análise dos dados, eles foram agrupados em 4 categorias e 33 subcategorias. Por meio da análise dos dados, identifiquei uma categoria central da teoria, com a qual todas as outras estão relacionadas, que foi denominada de 'Trabalho sexual masculino: a falácia social de uma vida fácil e transitória'. Os principais resultados desta pesquisa revelam que a forma como o mercado sexual masculino está organizado na atual sociedade paulistana rompe com a concepção de territorialidade, pois atualmente, os profissionais do sexo podem prospectar seus clientes por meio de espaços físicos e/ou virtuais de prostituição, surgindo uma nova concepção de organização do trabalho sexual, que foi denominada nesta teoria substantiva de ambientes interacionais para fins sexuais. Outro importante resultado é que o perfil dos profissionais que atuam no ramo do trabalho sexual masculino sofreu grandes modificações nas últimas décadas, principalmente em função das ferramentas da tecnologia da informação e da comunicação, que impulsionaram sobremaneira a entrada de mais indivíduos nesse mercado, e também por causa do surgimento e popularização dos medicamentos para tratamento da disfunção erétil, que acabou por aumentar o tempo de vida útil desses profissionais no mercado do sexo. A teoria substantiva aqui proposta é provisória e contingente e reflete a interpretação de um pesquisador em particular. Espera-se que ela amplie o campo de estudos na área dos Estudos Organizacionais e estimule pesquisadores na continuidade da investigação acerca do trabalho sexual masculino.
id FGV_52c6f0cd6859feea6972ff583d6141ec
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/18988
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Lima, João Paulo CavalcanteEscolas::EAESPIrigaray, Hélio ArthurReis, José Marcelo Dantas dosFreitas, Maria Ester deTonelli, Maria JoséSilveira, Rafael Alcadipani da2017-10-23T11:40:39Z2017-10-23T11:40:39Z2017-10-04http://hdl.handle.net/10438/18988A indústria do sexo, sem sombra de dúvidas, movimenta milhões de reais anualmente no Brasil e bilhões de dólares no mundo todo. Diante das diversas possibilidades de negócios existentes na indústria do sexo brasileira, para esta tese delimitou-se o estudo da prostituição masculina, tendo em vista que o tabu e os estigmas acerca dela ainda são muitos o que torna essa temática pouco estudada e completamente negligenciada pelas pesquisas científicas realizadas em nosso país. Ademais, não existem pesquisas na área dos Estudos Organizacionais no Brasil que tratem do trabalho sexual masculino, o que justifica a originalidade deste trabalho. Dessa forma, esta pesquisa tem por objetivo conhecer como está organizado o comércio do sexo masculino na cidade de São Paulo na percepção dos garotos de programa e identificar quais são os fatores que impactam na atuação desses profissionais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com inspiração etnográfica, visto que esta parte da noção da construção social da realidade do mundo do trabalho dos prostitutos. Para reunir material empírico, a coleta dos dados da pesquisa de campo se utilizou de múltiplas técnicas, tais como: entrevista semiestruturada, observação direta e análise de casos em profundidade. Ao todo, foram realizadas 30 entrevistas que possuíam em média 50 minutos de duração e 6 meses de observação direta em locais onde a prostituição masculina ocorre na cidade de São Paulo. Após as transcrições, as entrevistas foram submetidas à análise com o auxílio do software WEFT-QDA®. Para elaboração da teoria substantiva, optei pela aplicação da Grounded Theory como método. Durante o processo de análise dos dados, eles foram agrupados em 4 categorias e 33 subcategorias. Por meio da análise dos dados, identifiquei uma categoria central da teoria, com a qual todas as outras estão relacionadas, que foi denominada de 'Trabalho sexual masculino: a falácia social de uma vida fácil e transitória'. Os principais resultados desta pesquisa revelam que a forma como o mercado sexual masculino está organizado na atual sociedade paulistana rompe com a concepção de territorialidade, pois atualmente, os profissionais do sexo podem prospectar seus clientes por meio de espaços físicos e/ou virtuais de prostituição, surgindo uma nova concepção de organização do trabalho sexual, que foi denominada nesta teoria substantiva de ambientes interacionais para fins sexuais. Outro importante resultado é que o perfil dos profissionais que atuam no ramo do trabalho sexual masculino sofreu grandes modificações nas últimas décadas, principalmente em função das ferramentas da tecnologia da informação e da comunicação, que impulsionaram sobremaneira a entrada de mais indivíduos nesse mercado, e também por causa do surgimento e popularização dos medicamentos para tratamento da disfunção erétil, que acabou por aumentar o tempo de vida útil desses profissionais no mercado do sexo. A teoria substantiva aqui proposta é provisória e contingente e reflete a interpretação de um pesquisador em particular. Espera-se que ela amplie o campo de estudos na área dos Estudos Organizacionais e estimule pesquisadores na continuidade da investigação acerca do trabalho sexual masculino.The sex industry undoubtedly moves millions of dollars annually in Brazil and billions of dollars worldwide. In view of the various possibilities of business existing in the Brazilian sex industry, for this thesis, our study will be limited to male prostitution, in view of the fact that the taboo and the stigmas about it are still many, which makes this subject scarcely studied and completely neglected by the scientific researches carried out in our country. In addition, there is no research in the area of Organizational Studies in Brazil that deals with male sex work, what justifies the originality of this work. Thus, this research has as the objective to present how the male sex commerce in the city of São Paulo is organized, through male prostitutes' perception, and to identify what are the factors that impact on the professionals' performance. For this, a qualitative research with ethnographic inspiration was done, considering this part of the notion of the social construction of the world of the prostitutes' work. To collect empirical material, a collection of field survey data was utilized by the use multiple techniques, such as: semi-structured interview, direct observation and in-depth case analysis. In all, 30 interviews were conducted, with an average of 50-minute records, and 6 months of direct observation in places where male prostitution in the city of São Paulo takes place. After transcriptions, interviews were submitted to analysis with the help of software WEFT-QDA®. For the substantive theory elaboration, I´ve selected the application of the Grounded Theory as methodology. During the data analysis process, information was grouped into 4 categories and 33 subcategories. By analyzing the data, I have identified a central theory category, with which all others are related, which has been named 'Male Sex Work: A Social Fallacy of an Easy and Transient Life'. The main results of this research reveal that the way the male sex market is organized in the current society of São Paulo breaks with the conception of territoriality, since currently, sex workers can prospect their clients through physical and / or virtual spaces of prostitution, thus arising a new conception of the organization of sex work, which has been termed in this substantive theory as interactional environments for sexual purposes. Another important result is that the profile of professionals working in the field of male sex work has undergone major changes in the last decades, mainly due to the tools of information technology and communication, which have greatly stimulated the entry of more individuals into this market. It is also due to the emergence and popularization of drugs for the treatment of erectile dysfunction, which eventually increased the useful life of these professionals in the sex market. The substantive theory proposed here is provisional and contingent and reflects the interpretation of a particular researcher. It is thus hoped that it will broaden the field of studies in the area of Organizational Studies and encourage researchers to continue research on male sex work.porSex industryMale sexual workSocial constructionismEthnographyGrounded theoryIndústria do sexoTrabalho sexual masculinoConstrucionismo socialEtnografiaAdministração de empresasProstituição masculinaProstituição - Aspectos sociais - São Paulo (SP)Grupos sociais - São PauloUma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Pauloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTTese Final.pdf.txtTese Final.pdf.txtExtracted texttext/plain103207https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bc807cd8-170c-45cc-9115-11fbd5eacfac/downloaddc62cd4245443da158fc18d1f7f1df5cMD55ORIGINALTese Final.pdfTese Final.pdfPDFapplication/pdf2170537https://repositorio.fgv.br/bitstreams/01e8f24e-b16d-4970-84ed-2c373e4d7132/download8a37f1cf5312130928a2d15d72581f4aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ad46828d-78e2-4600-84d4-8014ad84cabb/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD52THUMBNAILTese Final.pdf.jpgTese Final.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2433https://repositorio.fgv.br/bitstreams/e5d2ec1d-a08b-4ede-963f-c28659bde7df/download4ae5b9e658b49a8f928a269ac4c83268MD5610438/189882023-11-26 11:51:04.944open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/18988https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-26T11:51:04Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
title Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
spellingShingle Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
Lima, João Paulo Cavalcante
Sex industry
Male sexual work
Social constructionism
Ethnography
Grounded theory
Indústria do sexo
Trabalho sexual masculino
Construcionismo social
Etnografia
Administração de empresas
Prostituição masculina
Prostituição - Aspectos sociais - São Paulo (SP)
Grupos sociais - São Paulo
title_short Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
title_full Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
title_fullStr Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
title_full_unstemmed Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
title_sort Uma etnografia sobre o trabalho sexual masculino na cidade de São Paulo
author Lima, João Paulo Cavalcante
author_facet Lima, João Paulo Cavalcante
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EAESP
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Irigaray, Hélio Arthur
Reis, José Marcelo Dantas dos
Freitas, Maria Ester de
Tonelli, Maria José
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, João Paulo Cavalcante
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silveira, Rafael Alcadipani da
contributor_str_mv Silveira, Rafael Alcadipani da
dc.subject.eng.fl_str_mv Sex industry
Male sexual work
Social constructionism
Ethnography
Grounded theory
topic Sex industry
Male sexual work
Social constructionism
Ethnography
Grounded theory
Indústria do sexo
Trabalho sexual masculino
Construcionismo social
Etnografia
Administração de empresas
Prostituição masculina
Prostituição - Aspectos sociais - São Paulo (SP)
Grupos sociais - São Paulo
dc.subject.por.fl_str_mv Indústria do sexo
Trabalho sexual masculino
Construcionismo social
Etnografia
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração de empresas
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Prostituição masculina
Prostituição - Aspectos sociais - São Paulo (SP)
Grupos sociais - São Paulo
description A indústria do sexo, sem sombra de dúvidas, movimenta milhões de reais anualmente no Brasil e bilhões de dólares no mundo todo. Diante das diversas possibilidades de negócios existentes na indústria do sexo brasileira, para esta tese delimitou-se o estudo da prostituição masculina, tendo em vista que o tabu e os estigmas acerca dela ainda são muitos o que torna essa temática pouco estudada e completamente negligenciada pelas pesquisas científicas realizadas em nosso país. Ademais, não existem pesquisas na área dos Estudos Organizacionais no Brasil que tratem do trabalho sexual masculino, o que justifica a originalidade deste trabalho. Dessa forma, esta pesquisa tem por objetivo conhecer como está organizado o comércio do sexo masculino na cidade de São Paulo na percepção dos garotos de programa e identificar quais são os fatores que impactam na atuação desses profissionais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com inspiração etnográfica, visto que esta parte da noção da construção social da realidade do mundo do trabalho dos prostitutos. Para reunir material empírico, a coleta dos dados da pesquisa de campo se utilizou de múltiplas técnicas, tais como: entrevista semiestruturada, observação direta e análise de casos em profundidade. Ao todo, foram realizadas 30 entrevistas que possuíam em média 50 minutos de duração e 6 meses de observação direta em locais onde a prostituição masculina ocorre na cidade de São Paulo. Após as transcrições, as entrevistas foram submetidas à análise com o auxílio do software WEFT-QDA®. Para elaboração da teoria substantiva, optei pela aplicação da Grounded Theory como método. Durante o processo de análise dos dados, eles foram agrupados em 4 categorias e 33 subcategorias. Por meio da análise dos dados, identifiquei uma categoria central da teoria, com a qual todas as outras estão relacionadas, que foi denominada de 'Trabalho sexual masculino: a falácia social de uma vida fácil e transitória'. Os principais resultados desta pesquisa revelam que a forma como o mercado sexual masculino está organizado na atual sociedade paulistana rompe com a concepção de territorialidade, pois atualmente, os profissionais do sexo podem prospectar seus clientes por meio de espaços físicos e/ou virtuais de prostituição, surgindo uma nova concepção de organização do trabalho sexual, que foi denominada nesta teoria substantiva de ambientes interacionais para fins sexuais. Outro importante resultado é que o perfil dos profissionais que atuam no ramo do trabalho sexual masculino sofreu grandes modificações nas últimas décadas, principalmente em função das ferramentas da tecnologia da informação e da comunicação, que impulsionaram sobremaneira a entrada de mais indivíduos nesse mercado, e também por causa do surgimento e popularização dos medicamentos para tratamento da disfunção erétil, que acabou por aumentar o tempo de vida útil desses profissionais no mercado do sexo. A teoria substantiva aqui proposta é provisória e contingente e reflete a interpretação de um pesquisador em particular. Espera-se que ela amplie o campo de estudos na área dos Estudos Organizacionais e estimule pesquisadores na continuidade da investigação acerca do trabalho sexual masculino.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-10-23T11:40:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-10-23T11:40:39Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-10-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10438/18988
url http://hdl.handle.net/10438/18988
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/bc807cd8-170c-45cc-9115-11fbd5eacfac/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/01e8f24e-b16d-4970-84ed-2c373e4d7132/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/ad46828d-78e2-4600-84d4-8014ad84cabb/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/e5d2ec1d-a08b-4ede-963f-c28659bde7df/download
bitstream.checksum.fl_str_mv dc62cd4245443da158fc18d1f7f1df5c
8a37f1cf5312130928a2d15d72581f4a
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
4ae5b9e658b49a8f928a269ac4c83268
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1810023914080829440